Cap 2

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Cap 2

Lembra quando eu disse que meus irmãos poderiam ficar tristes, a Toman também, e tals.
Bom, eu não achava que isso realmente fosse acontecer. Mas aconteceu mesmo. A notícia da minha “morte” se espalhou rápido - como o esperado - só não achei que meus irmãos fossem ficar tristes. Não achava que Hanma ficaria triste. Ele parecia me odiar quando criança, não imaginei que ele fosse ficar tão mal, confesso que meu coração apertou quando soube que ele tinha chorado ao saber da notícia - soube por um dos homens que contratei.

A luta Tokyo Manji vs Valhalla foi cancelada. Hanma e Kazutora não queriam lutar. Vi o olhar de tristeza do Kazu - no dia seguinte, que tinha saído do hospital, fui ver como meus irmãos estavam, descobri o endereço deles um tempo atrás, então ficou fácil de achá-los. Quando os vi chorando, os dois, tanto Kazu quanto Hanma estavam chorando, pela minha “morte”.

Toman também estavam mal. Quando fui escondido para ver a reunião deles outro dia, Mikey estava para baixo, a maior parte no mundo da lua. Todos ficaram chocados quando souberam da notícia. Muitos dos que me conheciam estavam chorando.

Takuya, Atsushi - ou como chamamos ele, Akkun -, Yamaguishi, Makoto e Hinata ficaram muito abalados, principalmente Hina, entendo o lado dela, deve ser muito ruim descobrir de uma hora para a outra que o seu melhor amigo havia morrido, e nem pode se despedir. Eu odeio ver eles chorando, mas para conseguir salvá-los sacrifícios são necessários - e ainda tem muitos pela frente.

Eu comecei a pesquisar um pouco mais sobre o mundo da delinquência. Foi aí que me lembrei de Izana e Kakucho. Provavelmente já devem saber da minha “morte”. Mandei um dos homens que contratei para olhar eles.

E eles se lembraram de mim. Lembro de um vídeo que um deles me mostrou. Kaku chorava nos braços de Izana, o mesmo não chorava, mas dava pra ver que estava se segurando para não deixar uma lágrima cair de seus olhos. Zana - como eu e o Kaku chamamos o Izana às vezes - nunca foi de chorar, tentava ao máximo se manter firme. Isso me lembra Manjiro, ele também faz isso, só que com um sorriso, Izana quase nunca sorri - de felicidade ou para demonstrar felicidade. Eu e Kaku já tivemos o privilégio de o ouvir rir, uma risada verdadeira, de felicidade mesmo. É uma linda risada.

Me lembro das vezes que nós brincavamos na neve, era sempre tão divertido. Fazíamos guerra de bolinha de neve, pega pega. Brincadeiras típicas da infância. Era tão bom, seria bom voltar até aquela época. Tirando a parte que eu apanhava dos meus pais, era incrível ser criança.

Depois de muito vasculhar minhas coisas, que trouxe daquela merda de casa, encontro meu álbum de fotos, alguns desenhos e fotos da minha infância.

Me lembro de ter desenhado eles junto de Zana e Kaku. Tem fotos nossas quando crianças. Os pais de Kakucho tinham tirado a maioria das fotos. Eles fizeram dois álbuns com elas, um para mim e o outro para Zana. Tem algumas fotos que eu tirei. O Kaku tinha me dado uma câmera de aniversário, usei ela para tirar algumas fotos, a maioria eu consegui guardar, as outras meus pais jogaram fora.

Não sei quanto tempo passou, minutos, horas, não reparei. Só sei que quando fui perceber já tinha escurecido - ou seja, fiquei horas vendo minhas relíquias de infância -, então fui até a cozinha preparar algo para comer. Tinha miojo e água.
“Vou ter que fazer compras” falo para mim mesmo. Preparo o miojo e começo a comer.

Termino de comer meu miojo, lavo a louça, tomo meu banho e vou dormir. Uma rotina normal de uma pessoa normal. E como uma pessoa normal, me levanto no dia seguinte, fazendo tudo oq um garoto de 14 anos, japonês, faz em uma manhã - tirando que não vou à escola.

Coloco uma roupa comum. Blusa branca, um casaco preto por cima, calça preta e um AllStar preto. Pego uma máscara preta - que cobria do meu nariz para baixo - e lentes de contato roxa, coloco as lentes e a máscara, e saio de casa - estava com o cartão de crédito no bolso.

Um Novo Destino (Reescrita) Onde histórias criam vida. Descubra agora