Cap 1 - Arco Valhalla

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Cap 1 - Arco Valhalla

Lá estava eu no meu quarto, olhando para o meu mural. Nele continha ideias, planos, coisas que aconteceram em diferentes futuros e formas de impedi-las. Tbm tinha fotos dos que morreram em determinado futuro, e a causa da morte, Alguns eu sabia o motivo, outros não.

Já viajei diversas vezes no tempo, já vi muitas coisas, mortes, torturas, assassinatos, assédio entre outras coisas. Muitas delas realmente marcaram minha mente e não consigo esquecer - por mais que queira muito - ver as pessoas que ama morrer a sua frente, diversas vezes e de formas diferentes realmente podem mexer muito com o psicológico dessa pessoa. Não nego, meu psicológico tá todo fudido. E até hoje não sei como ainda me mantenho sã - acho que é a minha determinação de querer salvar meus amigos, mas não tenho certeza.

Agora a pouco estava olhando meu "diário do tempo" - é como chamo o meu diário em que escrevo tudo que aconteceu em todos os futuros, quando vou ao futuro releio tudo oq aconteceu, por isso sei como agir em determinada situação - revendo todos os acontecimentos anteriores, e pensando em formas de impedir as mortes dos meus amigos.

Era início de outubro, o mês da morte do Baji e quase morte do meu irmão Kazutora. "Preciso achar um jeito de impedir a morte dele, ou que essa briga aconteça" falo olhando para o mural.

O Halloween Sangrento, uma luta que marcou todos os futuros, teve muitas lutas após essa, isso é um fato, mas com certeza a briga Tokyo Manji vs Valhalla marcou a vida de todos que conheciam o Keisuke.

Sei que tenho muitos para salvar. Tenho que impedir diversas mortes. Mas se conseguir impedir a de Baji, vai me poupar um grande esforço.

Eu vou fazer qualquer coisa para que todos tenham um futuro feliz, e que todos estejam vivos, sem nenhum na escuridão. E irei salvar o Mikey, não importa o que eu tenha que fazer. Não importa o que eu tenha que sacrificar.

Fiquei por um tempo montando estratégias, ideias, possíveis cenários, para achar um jeito de impedir que Keisuke Baji morresse dia 31 de outubro.

"Que sede" minha garganta estava seca. Tenho estado bem ocupado montando estratégias para impedir as mortes deles, às vezes esqueço de comer, beber ou até dormir. Saio do quarto e começo a andar pelos corredores da mansão Hanagaki - como eu tinha dito antes, minha família é bem rica - até a cozinha que ficava do andar de baixo.

Estava quase chegando na cozinha quando escuto o barulho da porta principal abrindo e ouvindo vozes. Provavelmente eram os meus pais chegando em casa. Corro para o meu quarto - sem pegar a água mesmo - e me tranco dentro dele. Não quero correr o risco de apanhar sem saber o motivo. Até pq, tenho que bolar um plano, não tenho tempo pra ficar apanhando deles.

Fico trancado no meu quarto pelo resto da noite, não estava com fome então não desci para comer - e mesmo se tivesse com fome não desceria -, estava achando um jeito de impedir aquela luta.

Depois de horas - eram mais ou menos 2 da madrugada - encontrei um jeito. Era bem arriscado, e corria um grande risco de dar errado, mas era o único jeito que achei. Tinha quase certeza de que se eu fizesse isso, a luta seria adiada - o que me daria mais tempo para impedir a morte dele - ou cancelada - o que me pouparia muita dor de cabeça.

As semanas foram passando. Consegui perceber que Draken estava um pouco nervoso. Kazutora tária na luta, e Mikey n tem uma relação nada boa com ele - nem consigo imaginar a reação dele se eu contar que sou irmão dele e do Hanma -, pelo oq eu me lembro, na linha do tempo original, Manjiro matou meu irmão a base do soco, por ele ter esfaqueado o Baji.

Eu consegui impedir o Kazu-nii de morrer da primeira vez que estive nesta luta. Mas não impedi a morte do Keisuke. E vou fazer diferente dessa vez. Vou impedir a morte dele nem que eu tenha que contratar alguém para impedir a luta. Mas não acho que seja necessário, só se meu plano der errado. Oq eu realmente espero que não aconteça.

24 de outubro chegou, a segunda-feira que eu colocaria meu plano em ação - um plano que eu poderia ter morrido. Não sei da onde veio essa ideia maluca, mas espero que dê tudo certo, e espero que eu não morra - sou muito jovem para morrer.

Estou indo em direção a um beco em uma das ruas mais movimentadas de Shibuya.

Era por volta das 19h da noite, já estava escuro e as ruas movimentadas. Estava sozinho dentro do beco. Logo ele deve chegar.

Quem é esse ele? A resposta é bem simples. É o cara que contratei para me dar uma facada. Isso mesmo que você leu. Contratei alguém para dar uma facada em mim. Mas relaxem. Tudo faz parte do meu plano.

Vou lhes contar meu magnífico - e arriscado - plano. O plano era contratar alguém para me dar uma facada - não tão fundo para atingir algo fatal, mas o suficiente para ir ao hospital -, daí eu vou para a multidão pedindo para chamar a ambulância, eles chamam e vou para o hospital. Antes de avisar aos outros o meu estado, eu pago uma grande quantia aos médicos para que eles falem que morri - pra falar a verdade, eu paguei uma boa quantia para boa parte dos médicos, caso fosse um deles que me atendesse.

A notícia de que eu "morri" se espalhará rapidamente - por eu ser bem conhecido no mundo dos delinquentes, mais conhecido como "o sol da Toman", "bebe chorão", ou oq eu menos gosto "putinha do comandante" -, quando meus irmãos souberam da notícia, provavelmente não irão querer lutar - pelo menos, o Kazu não -, pois ficarão abalados com minha "morte", a Toman tbm ficará assim.

Espero que no mínimo eles adiarem a luta - isso já ajudaria muito.

Logo escuto sons de passos entrando no beco. Deve ser ele. Ao me virar para vê-lo, sinto uma dor no centro do meu abdômen, alguns centímetros acima do umbigo - "Cerca de 10 centímetros abaixo da pele está a Aorta e a Vena Cava inferior, ambas as maiores no corpo. Cortar qualquer uma delas garante incapacitação rápida e efetiva" google informações, dar uma facada nesta região tem um baixo risco de morte da vítima.

O cara sai do beco, deve ter jogado a faca em algum lugar do beco pois não a vi em suas mãos. Coloco minha mão no local da facada. Essa merda doi, porra. Vou até fora do beco e vou para o meio das pessoas. "Por favor, chamem uma ambulância, por favor" implorava para as pessoas - minha atuação é perfeita, mas confesso que uma parte de mim realmente estava implorando por ajuda.

Uma pessoa perfeita, gentil, de bom coração - que não tenho a mínima ideia de como era a aparência dela - chamou a ambulância e foi comigo até o hospital.

Não me lembro de muita coisa que aconteceu depois disso, só de ter entrado em uma sala e vários médicos, isso foi antes de eu perder a consciência.

Eu acordei no hospital - obviamente -, minha cabeça doía - nada fora do comum. Depois de me acostumar com a claridade, um médico veio até mim.

"Pelo visto acordou Sr.Hanagaki, seu estado é ótimo, a facada não foi muito profunda e nem em um lugar fatal, logo levará alta." ele fala olhando os exames. Ele também me disse que Nozomo Hanagaki - minha avozinha linda - Mikey, Draken e Chifuyu estavam esperando notícias minhas. Eu paguei mais uma quantia para manter silêncio sobre eu estar vivo - ele era um dos médicos que tinha pagado antes. Ele saiu do quarto, deve ter dito que eu não tinha resistido já que deu para ouvir o choro da minha avó - isso apertou meu coração.

Não sei o que ele fez, mas conseguiu convencer o Mikey a não entrar no quarto. Ele gritava que queria ver meu corpo e se despedir. Mas o médico não permitiu e o mandou embora por gritar no hospital.

Depois disso ficou um silêncio - bem aconchegante por sinal -, mais tarde naquele mesmo dia o médico me deu alta e fui pra casa.

Mas não pensem que eu fui burro de voltar para aquela mansão - de merda -, antes de colocar meu plano em ação, eu contei a minha tia sobre ele - sem dizer sobre a viajem no tempo - ela entendeu e n fez mais perguntas, e disse que se eu quisesse um dia ir para o Brasil, ela estaria de braços abertos. Talvez eu vá algum dia para lá.

Eu pedi para ela comprar um apartamento - dois quartos, dois banheiros, uma cozinha, uma sala, o suficiente para vive de uma forma até que bem luxuosa para Tokyo -, como ainda sou menor de idade n posso comprar um apartamento/casa em meu nome - mesmo sendo um Hanagaki, digo isso pq quem tem esse sobrenome consegue tanto privilégio -, por isso pedi para minha tia - minha linda tia rica, Yuriko Hanagaki - comprar no nome dela.

Vou usar este apartamento até quando achar que for necessário. Não sei em quanto tempo, ou se realmente vou me mudar. Já que aqui não preciso me preocupar em ter alguém para me bater, é bem aconchegante. O apartamento é uma mistura de moderno e tradicional, bem aconchegante. Poderia viver aqui para sempre.

Um Novo Destino (Reescrita) Onde histórias criam vida. Descubra agora