ᴘʀᴏʟᴏɢᴏ

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Caminhava pela estrada lamacenta enquanto a chuva molhava seus cabelos e suas vestes nobres, a espada que carregava em suas mãos estava tendo seu sangue lavado aos poucos, mas as manchas em suas roupas provavelmente não sairiam tão cedo

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Caminhava pela estrada lamacenta enquanto a chuva molhava seus cabelos e suas vestes nobres, a espada que carregava em suas mãos estava tendo seu sangue lavado aos poucos, mas as manchas em suas roupas provavelmente não sairiam tão cedo. Se sentia tonto, sua cabeça girava e não conseguia entender como ainda conseguia estar de pé e andando, o sangue do seu ferimento aberto na barriga ensopava cada vez mais a sua roupa e o deixava sem forças para continuar.

Se ele soubesse que isso acabaria dessa forma, talvez tivesse feito tudo diferente. Talvez a mágoa que guardou por tanto tempo tenha sido o que o destruiu por dentro, talvez já estivesse morto há anos atrás quando resolveu fazer seus pensamentos de vingança virar realidade.

Ele perdeu o controle e junto com isso, toda a sua humanidade.

Os rostos de todos aqueles que definharam pela lâmina de sua espada passaram em sua cabeça um por um, todos eles não eram más pessoas, porém, a raiva o cegou e o fez perder a noção dos seus atos. Agora a última coisa que o restava era a culpa dos seus últimos momentos de vida, ele iria morrer com o peso da culpa e da amargura, nunca seria perdoado pelo que fez e o vilarejo inteiro iria comemorar a sua morte.

Ele merecia o ódio e o desprezo que todos direcionavam para ele, mas só havia percebido isso agora.

Sentiu perder suas forças das suas pernas por completo e seu corpo desabou, batendo com força no chão, com as poucas forças que ainda tinha se virou para encarar o céu noturno, sentindo a chuva bater em seu rosto e se misturar com os rastros de lágrimas impossíveis de ser rastreados no meio da tempestade. Encarando o céu nublado, imaginou se estava sendo observado nesse exato momento pelas almas das pessoas que ele matou, seu último suspiro veio junto com seu último pedido de perdão silencioso, mas sabia que não seria perdoado e tampouco esperava que o perdoassem.

...

Após vários dias e noites sem acontecer um assassinato sequer, a população do famoso vilarejo se animou com a possibilidade daquele inferno finalmente ter tido seu fim. O vilarejo voltou a funcionar normalmente, sem medo, as estradas — que antes estavam abandonadas por causa das histórias de que o assassino noturno perambulava por aquele lugar — voltaram a funcionar e carroças e carruagens voltaram a pecorrer a estrada.

Mas no primeiro dia, quando uma carroça de um rico comerciante passava pela estrada, um corpo meio decomposto foi encontrado, foi difícil dizer rapidamente quem era, mas as vestes de uma das famílias mais nobres do vilarejo não os enganou, era ele, o assassino noturno realmente estava morto, assim como o imaginado, o vilarejo se alegrou mais ainda, entrou em festa e comemoraram a morte do jovem homem que os fez ter medo de quem seria o próximo corpo a ser descoberto durante a manhã.

O corpo do jovem foi desmembrado e jogado na fogueira, fazendo todos os vestígios daquele demônio na terra desaparecer por completo, sobrevivendo apenas em suas memórias como um monstro.

O corpo do jovem foi desmembrado e jogado na fogueira, fazendo todos os vestígios daquele demônio na terra desaparecer por completo, sobrevivendo apenas em suas memórias como um monstro

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Essa é a razão das minhas atualizações terem atrasado! Mil perdões, fiquei uns quatro ou cinco dias preparando essa short para postar essa semana.

Sim, é para comemorar o Halloween.
"Mas ainda não é o dia do Halloween", não, não é, mas 'tá chegando e já deixei um presentinho para vocês.

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