03|Não da para aprender tudo num museu.

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Ainda na sala do tempo, Barry ainda olhava a manchete do jornal paralisado, pensando quando aquilo viria a acontecer:

— Quantos anos você tinha? Quando isso aconteceu? — se virou encarando a loira e esperando uma resposta.

— Somente uns anos depois de eu nascer, não tenho memórias suas.

— Então, lá na festa... — o Flash não termina sua frase, pois Emma o corta:

— Foi literalmente a primeira vez que eu te vi. — Ela completa a frase do velocista. — As coisas nem sempre acontecem como você deseja, infelizmente.

— Você não está contaminada e nem presa aqui, não é? — ele a encarou mais profundamente.

Ela mexeu no seu bracelete, tirando de lá algo muito parecido com um chip e entrega ao homem na sua frente.

— São táquions negativos, para quando quiser e precisar. Vou ensaiar como mentir melhor, estou precisando — falou a menina enquanto cruzava os braços.

— Não precisa disso. Por que não nos contou a verdade? — questionou o Allen.

— Está brincando comigo? Quando descobriu que eu era do futuro, quis me mandar imediatamente para lá, como se eu fosse um pacote dos correios que chegou por engano para vocês! — elevou a voz, a fúria tomou conta da mesma.

— Emma — Barry tenta acalmar a jovem em sua frente.

— Aí você vem com o seu discurso de proteger a linha do tempo. Como eu te contaria a verdade? — questionou a loira. — Temos que ser responsáveis, mas eu não sou. Eu sou egoísta, egoísta por querer ver como o time Flash funcionava antes. E sou ruim em ser uma super-heroína, essa é a verdade.

— Você não é ruim, Emma! — tentou acalentar a menina com suas palavras.

— Consigo fazer coisas legais, salvar pessoas, mas não como você — suspirou a Snow. — Ninguém faz, ninguém me fala como você era, e não dá pra aprender tudo num museu.

— Mas e o time Flash? — questionou Barry.

— Eles estavam lá, mas ao mesmo tempo não. Na verdade, nunca foram os mesmos depois que você partiu — disse enquanto se encostava na parede.

Barry riu e levou sua mão direita ao rosto, não acreditava naquilo. Como poderia algo assim acontecer?

— Me desculpe, Barry, de verdade. Eu não deveria ter vindo aqui — se desculpou a garota.

— Tudo bem, Emma — encarou a garota. — Vamos, vamos encontrar os outros.

O loiro passou o braço pelos ombros da jovem e, juntos, se dirigiram para a saída do quarto. Emma não poderia estar mais feliz, não queria estar em nenhum outro lugar senão ali, com ele, e faria tudo valer a pena.

Estavam no avião, precisavam atravessá-lo. Barry e Wally não conseguiram. O Flash tinha resolvido levá-la, pois, depois daquela conversa, ele sentia a obrigação de mostrar para ela como era fazer parte do time Flash.

Emma precisa ajudá-los, mas como poderia? Não sabia vibrar, mas teria que tentar. Então se isolou, fechou os olhos e tentou sentir a vibração, mas nada veio. Então se lembrou que a vida de milhares dependia dela, a vida do Barry. Então, lentamente, começou a vibrar e, quando se deu por si, o avião estava a salvo, todos nele e a cidade também.

Todos reunidos no laboratório estavam comemorando, rindo e conversando, até que Caitlin se aproxima de sua filha e fala:

— Agora, precisamos arrumar um jeito de levá-la para seu tempo — hesitou em falar a última frase. — Filha.

— Na verdade — Barry se meteu na conversa — acho que ela pode ficar mais algumas horas, sabe?

— Ficar? — Iris repetiu a palavra, sem entender o pensamento de Barry.

— Só por algumas horas, sabe? Ela veio do futuro para nos ver agora — Barry passou o braço pelos ombros de Emma, puxando-a para si.

As caras de confusão rodaram a sala. Barry Allen, a pessoa que mais se preocupava com a linha do tempo, estava deixando isso de lado? Todos pareciam concordar com o seu líder, mas isso os fez começar a fazer certos questionamentos.

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