Capítulo Um

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[Capítulo não revisado]

Palavras:1499

Andava apressada pelas ruas de Seul, eu havia acordado tão atrasada que nem sequer tive tempo de me arrumar direito, enquanto corria até o metrô, olhei para o relógio em meu pulso então só assim percebi que havia esquecido a coisa mais importante, minhas luvas!

Corria a todo vapor de volta ao meu apartamento, enquanto vasculhava minha bolsa em busca da luva reserva que eu sempre deixava lá. Eu sentia que estava esquecendo algo enquanto saia de casa, mas nem imaginava que era essas benditas luvas.

Essas luvas eram as únicas que me aliviavam do meu inferno pessoal, elas me protegiam de ver o futuro das pessoas toda vez que eu as tocava. Elas eram grossas o suficiente para que não houvesse risco de eu ver o futuro de alguém involuntariamente.

Procurei em todas as partes daquela pequena bolsa, mas nada das luvas, ainda não consigo acreditar na minha lerdeza. Apressei ainda mais o passo enquanto fechava minha bolsa, mas então era como se derrepente uma grande parede fosse colocada bem em frente ao meu caminho, me fazendo recuar de forma brusca em direção ao chão, mas antes que isso pudesse acontecer braços fortes seguraram firme minha cintura e instantaneamente minhas mãos se agarraram aos braços em volta de mim, buscando por apoio, quando percebi o que havia feito já era tarde demais.

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Minha visão me mandou diretamente para um apartamento luxuoso, olhando em direção a sacada havia um homem alto e forte de cabelos brancos virado de costas, provavelmente estava admirando a lua que brilhava no céu, foi então que uma mulher ruiva de cabelos curtos se aproximou dele e o abraçou por trás, infelizmente não conseguia ver seu rosto, mas pude ver o do homem assim que ele se virou e beijou a mulher de forma doce.

- Desculpe pequeno lírio, eu não queria lhe acordar — ele acariciava o rosto da mulher com o polegar e o brilho em seus olhos era de deixar qualquer estrela com inveja, a mulher apenas pegou o Whisky que estava na mão do homem e o bebeu de uma vez, mesmo de costas aquela mulher me parecia familiar de alguma forma.

- Não se preocupe, você sabe que não consigo dormir se não souber que está seguro —  o olhar antes brilhante logo foi substituído por um de culpa. A mulher colocou o copo em um pequena mesinha que havia ali, e segurando a mão do homem ela o guiou para fora da varanda, foi assim que pude ver seu rosto, e percebi porque ela me era tão familiar.... Aquela mulher era eu.


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Como um forte soco no estômago fui arrancada de uma vez daquela visão, um pouco desnorteada ainda olhei para o homem que ainda me segurava, aqueles olhos roxos que até um segundo atrás tinham um brilho tão intenso, agora pareciam apenas cansados e indiferente. Me toquei da situação constrangedora que estava quando um dos seguranças que estava ali perguntou se o homem a minha frente havia se machucado.

- Meu Deus, eu sinto muito, eu estava com tanta pressa que não o vi, e acabei o 'atropelando' enquanto saia do carro, eu sinto muito mesmo de verdade — as mãos dele soltaram minha cintura, e por um segundo o calor de suas mãos fez falta, seus olhos ainda me olhavam só que agora de forma mais intensa. Toda a situação era desconcertante e eu não tinha tempo para isso, eu já havia conseguido me atrasar mais do que deveria. Pedindo desculpa mais algumas vezes, pude finalmente me livrar do olhar intenso daquele homem e também dos olhares acusatórios de seus seguranças.


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Foram exatos 45 minutos de atraso, quando cheguei no café em que trabalho minha chefe me olhava com uma cara de poucos amigos, como se dissesse 'Só não te mato agora porque estamos com muitos clientes'. Corri para me organizar o mais rápido possível, já prendendo meu cabelo, amarrando meu avental e pegando meu bloquinho de notas, para atender os clientes, sob o olhar vigilante de minha chefe.

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