Capítulo - 02 - Porto

11 1 0
                                    

A manhã estava ensolarada após uma noite chuvosa, a rua ainda molhada, começava a secar lentamente, quando o sol matutino tocava o asfalto. Vincent dirigia seu Porshe ouvindo uma música clássica, após ter ido ver o treino de sua irmã, e ter tomado o café com ela, ele ainda a deixou na aula antes de seguir para a empresa que havia herdado. Trabalhar lá, não era de sua vontade, fazia isso apenas para continuar seguindo seu plano, sem que ninguém desconfiasse de nada, e por debaixo dos panos, descobrir algo de útil, pois sabia que a empresa de seu pai, tinha alguma coisa de envolvimento com os Bekha, ele só não sabia o quanto.

Vincent chega então na Tanner interprise, a empresa de comunicação e Tecnologia, pegou uma maleta, do carro, onde ele levava sua glock, e sua máscara, porém ninguém nem fazia ideia. Entrou pelas portas de vidro da frente, e sua recepcionista a recebeu com um sorriso, ele acenou de volta lhe desejando um bom dia, e seguiu andando, uma outra mulher de óculos, cabelos presos e uma prancheta na mão, o encontrou no corredor perto das escadas.

- Senhor, você recebeu ligações, de Senhor Oswel, senhor Went, senhor Ashford e tem uma reunião hoje com a Senhora Stermon.

Vincent acenou com a cabeça. - Eu retornarei as ligações, obrigado. - Ele subiu as escadarias, e pegou o elevador, apertou o número 7, e subiu até a sua sala. Quando o elevador se abriu, ele seguiu abriu a porta, e se ajeitou na cadeira, colocando sua mala, embaixo de sua mesa, perto de seus pés, abriu o notebook, e verificou seu celular, para ver se havia mensagem de Diana, e para sua infelicidade, não tinha nenhuma.

- Senhor Vincent? - A porta bateu e logo se abriu. - Tem um tempinho ? - Disse Louis, seu Gerente Financeiro .

- Sim, Claro. - Vincent colocou o celular de lado. - O que houve?

- Eu não devia falar nada, eu sei, mas sabe, achei que deveria saber, como dono da corporação, isso pode afetar muita coisa, mas a empresa, está passando por um Déficit grave, sabe, o dinheiro está... - O homem relutou em dizer.

- Está o quê? - Vincent levantou e abotoou seu paletó, e caminhou até mais perto dele. - Pode dizer...

- Está sendo desviado... - O homem disse com a cabeça baixa sem olhar nos olhos.

- Desviado? - Vincent aumentou levemente a voz. - Por quem? ...

- Sua mãe... - Louis disse com a voz vacilante. - Ela chama de Orçamento Secreto, ela tira trezentos mil  do caixa, e deposita em uma conta anônima, em algum paraíso Fiscal fora do País.

- Desde quando isso acontece?

- Desde que o senhor seu pai morreu, senhor.

Vincent apertou os dentes e seu sangue ferveu, porém ele respirou fundo. - Obrigado Louis, pela lealdade, e por ter me contado.

- Por favor senhor, não conte a ela que foi eu que te contei, não sei o que ela pode fazer, ela pode me demitir, ela pode me matar... - Ele disse apavorado.

Vincent tocou nas costas do homem. - Fica tranquilo, que enquanto eu estiver aqui, nada acontecerá a você.

- Obrigado senhor. - Louis se curvou e foi se retirando da sala rapidamente.

Vincent voltou a sua mesa e viu o celular com uma notificação, ele pegou imaginando que fosse Diana, mas para a sua surpresa era um número desconhecido, com uma mensagem estranha.

" Vá até o Porto da Cidade, hoje a partir das 20h, para ver uma coisinha".

Ele franziu o cenho, achando muito estranho, Vince respondeu a mensagem, perguntando quem era, porém a mensagem nem chegou. Ele colocou o celular na mesa de novo, sentou, entrelaçou os dedos e bateu a testa em suas próprias mãos, pensando no que havia acabado de acontecer.

Obsessão Possessiva 2 - Confissões ProibidasOnde histórias criam vida. Descubra agora