Capítulo 15: Lar Doce Lar

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Não sei como, mas Beatrice consegue roupas idênticas a das enfermeiras com um crachá também e eu me visto esperando a melhor oportunidade de fuga. Quando saio do quarto, um carrinho de emergência estava logo ao lado de fora, eu pego umas máscaras e coloco uma touca, e finjo ser uma enfermeira de plantão para poder sair.
Quando alguém passava do meu lado eu abaixava a cabeça, e assim fui até a saída... com medo pois sabia que estavam atrás de mim, tentando me matar.
O hotel não era uma escolha de rota de fuga, eu precisava voltar para o Brasil, enquanto eu andava nas ruas percebi que ainda estava de uniforme do hospital, e fiz algo que não queria ter feito... eu furto roupas de um varal de uma casa e vou para um beco me trocar. Eu visto um casaco com capuz e uma calça jeans e vou em direção a um orelhão para tentar contactar Beatrice.

—"... confirme o número para a chamada a cobrar..." — Beatrice, é você? Conseguiu o que você procura? Eu consegui sair...

— Athenna? Você precisa ir para o aeroporto... presta atenção no que eu vou te falar agora: eu já sei da onde você tá me ligando, a duas quadras de você tem um SUV preto, entra nele e não faz perguntas...

Bea?? Beatrice, que porra... - a chamada cai ou é desligada mas eu resolvo fazer o que ela me disse.

Enquanto eu ando até o objetivo, não paro de pensar nos flashes na noite passada, e em como isso foi acontecer, por que estavam tentando me matar? Melhor... por que AMBER tentou me matar? Era a única teoria plausível porém eu não tinha mais provas, e se eu estivesse acusando uma inocente?
Eu avisto o carro e tem um motorista encapuzado me esperando, fico com medo porém a essa altura, Beatrice é a única pessoa em quem confio para me tirar de toda essa situação. O caminho até o aeroporto é como ela havia dito, silencioso e sem perguntas, eu apenas fico com meus pensamentos, e pensamentos também em Piers... será se ele estava bem? Será se não aconteceu algo com ele também? Eu precisava descobrir.
Assim que chego e entro no jatinho, Beatrice chega em outro SUV e troca algumas palavras com o motorista que me trouxe... eu posso ver pela janela, inclusive o momento que ela passa um envelope para ele, e minutos depois ela entra no jatinho.

— Tudo certo com você? Podemos decolar então - ela diz se sentando na minha frente.

— Beatrice... pode começar.

— Começar o que Athenna?

— A falar tudo o que você tá escondendo...

Ela fica em silêncio.

— Você não é estilista coisa nenhuma né? Isso é apenas fachada ou o que?

— Eu sou estilista Athenna, você melhor que ninguém sabe disso, porém eu também sou algo a mais...

— O que era aquele envelope que você entregou pro cara que me trouxe?

— Não é seguro eu falar pra você

— Me fala a verdade agora! - quando eu altero o tom de voz as luzes do avião piscam e ele balança e Beatrice fica surpresa

— Eu vou te contar a verdade, mas esse não é o momento nem o lugar, tudo o que você precisa saber é que eu faço parte de uma uma coisa... e que você tem "poderes".

— Como assim poderes? Isso é humanamente impossível!

— Olhe ao seu redor Athenna, nunca foi coincidência vasos quebrando, sonhos realistas e uma "morte", era pra você tá morta com aquele veneno porém não aconteceu absolutamente nada com você e no fundo você também sabe que tem algo acontecendo com você...

Eu fico em silêncio e apenas olho para o lado...

— Beatrice... o que tem de errado comigo? Por que estão fazendo isso?

As Origens da B.S.A.AOnde histórias criam vida. Descubra agora