• five

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Quando acordo, pelas vozes, presumo que estou na diretoria. Deitado com minha cabeça apoiada na perna de alguém enquanto um homem fala com o diretor.

Sua voz.... sua voz me era familiar.

Tentei abrir meus olhos, mas falhei, não conseguia já que a dor era imensa, então não tentei novamente, apenas continuando a fingir que estava dormindo.

- ISSO É INADMISSÍVEL! — a voz grita me deixando tenso — eu volto para o Japão, venho o visitar e o meu irmãozinho está neste estado? EU VOU PROCESSAR ESTA ESCOLA!

Irmão? Quem raios era essa pessoa? Afinal, até onde eu saiba, eu não tenho nenhum irmão.

- isso não sera necessário senhor — fala o diretor com uma voz trêmula — pode deixar que eu mesmo me certificarei que isso não acontecerá de novo e — é interrompido pelo outro ainda mais irritado.

- nada disso, eu vou agora para a polícia e você vai resolver esse caso na justiça! — fala o homem se levantando e me pegando no colo, indo em direção a saída do colégio.

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- já pode falar agora Izuku, oficialmente saímos dos territórios da escola - fala enquanto ainda me leva no colo.

- hm? Dabi? — falo espantado ao abrir meus olhos, forçando bastante para conseguir enxergar quem era a pessoa.

- por que essa surpresa toda? Não vai me dizer que você ia se deixar ser levado por alguém que você nem ao menos fazia idéia de quem era?

- não, é que...

- não precisa falar mais nada — fala indignado e solta um grande suspiro — vou te levar para o hospital e avisar a sua mãe do ocorrido, e por sorte a escola será fechada e vai ser mais fácil de treinarmos.

- sim senhor capitão — falo serio, mas logo começo a rir — a qual é dabi, você é muito sério~ 

- se você está achando tanta graça assim, não vejo o porque não treinarmos né? já que você se mostra tão bem e disposto assim — fala dando um sorriso maldoso enquanto começava a me tirar de seu colo.

- hm? você está fazendo essa sua pose de mal aí, mas porque 'cê não me explica do porque estava na minha escola hein? vai falar que você já estava com saudades?

- não começa com isso seu merdinha, agora vamos, conheci uma pessoa interessante, bom pelo menos para você — fala o mais velho me jogando no chão e começando a andar, me fazendo tirar força basicamente do cu e segui-lo.

- eu não estou nem um pouco interessado em conhecer nenhum homem ou mulher agora, afinal já viu meu estado deprimente? — falou o esverdeado irritado enquanto mancava ao lado do maior.

- não é isso Izuku, pelo amor né! Agora pare de fazer drama e vamos rápido que estamos apenas perdendo tempo. — reviro os olhos mas o sigo, ignorando a dor que cada vez aumentava mais.

Andamos para um caralho, paramos primeiramente num hospital, Dabi voltou a fingir ser meu irmão, precisando botar sua máscara e óculos para não ser reconhecido. Contou sobre o ocorrido para os médicos, que logo chamaram a polícia, os mandando direto para o colégio para tomar as devidas providências.

Botaram curativos por todo meu rosto e, com alguma individualidade de cura, uma médica curou meu nariz, apenas deixando um curativo lá para não ter mais problemas.

Voltamos a andar, passando por becos e ruas escuras, quando finalmente chegamos ao local misterioso, descemos uma escada, para o meu horror, parando em alguma espécie de bar subterrâneo.

- não entendo Dabi, o que tem de tão interessante nesse bar? se fosse para você encher a cara, que fossemos ao menos para o que eu trabalho! Eu ficaria pagando as horas que estou devendo enquanto você bebia.

- Izuku pelo amor, só cale a boca e me siga que logo você vai entender. — fala o ranzinza passando por algumas pessoas e indo para frente do balcão.

O local não estava muito cheio, mas também não era grande, tendo umas cinco pessoas no máximo, sem contar com nós dois, me sento ao lado do maior e fico esperando para conhecer a tal pessoa na qual Dabi queria tanto que eu conhecesse.

- Dabi, quando você falou volto logo não pensei que fosse duas horas depois.. — falou o homem parando em nossa frente, enquanto secava um copo.

- fazer o que, ele estava por perto, aproveitei e já o trouxe logo. — dá de ombros e pega uma garrafa de cerveja na qual ele estava oferecendo.

- oh não, obrigada. Eu não bebo. — respondo de maneira educada quando ele tenta me entregar uma também.

- oh, tudo bem. Me desculpe não ter me apresentado antes rapaz - fala se curvando levemente - me chame de Giran, sou o dono desse  humilde bar e - é interrompido

- ah sim, eu te conheço! Giran, bastante conhecido no submundo por suas negociações e informações, sempre está por dentro de tudo, faz trajes para vilões, e muitas outras coisas! - falo animado

- bom, assim me poupa tempo de vos explicar - fala rindo um pouco - quando falei com Dabi sobre você, não pensei que ele realmente conseguiria o trazer para nosso lado. Bom, de uns tempos para cá venho te observando, as coisas que você posta, sua rotina.... achei você uma pessoa interessante, com inúmeras qualidades sendo praticamente jogadas fora por uma simples questão de individualidade; Vejo um futuro extremamente brilhante para você Midoriya, um potencial no qual precisa ser despertado, e por isso mandei Dabi, quero os dois na minha equipe para acabarmos com essa sociedade, o que me dizem?

- é uma proposta extremamente interessante Sr. Giran, mas creio que muitas coisas estão de fora deste seu acordo não? como essa aliança funcionará, o que você quer de nós, muitas coisas que precisam ser vistas, discutidas e pensadas antes de lhe dar uma resposta concreta. - falo seriamente o encarando

- bom, pensei que fosse falar isso meu jovem, aqui - fala nos entregando uma pasta - leiam com calma, conversem e me falem o que acham.

Nos encaramos rapidamente, pegamos a pasta indo para um canto vazio do bar. Enquanto liamos, escrevíamos melhorias, mudanças e outras coisas nas quais gostaríamos de botar no acordo e quando finalmente acabamos entregamos a pasta para o mesmo, e com sua confirmação, saímos do bar em seguida. 

- você agiu bem Izuku, mas agora não temos tempo para moleza, são exatas 4 da tarde, acabamos de fechar uma aliança com um dos maiores negociadores do submundo e que tem um nome muito respeitado por esses meios, então temos de correr contra o tempo e fazermos o máximo para lhe botar em forma e por fim, começarmos a nossa vingança.

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