cap unico

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Desde o início Daichi sabia que era perigoso, os encontros as escondidas, os beijos na calada da noite, uma mentira aqui e outra ali para poderem se encontrarem

Daichi era filho de mãe solteira, tanto ela quanto ele frequentavam a igreja católica, e sinceramente, a mulher e sua família tinham uma certa rixa com a igreja vizinha, o dono dela? Pastor Gohan, havia se mudado a pouco tempo para a cidade e fez questão de abrir sua igreja assim que teve a oportunidade, ela ficava ao lado da igreja católica, seu horário de culto era diferente do horário das missas, então nunca tiveram problemas com isso, a mulher não gostava dele, não por sua religião, e sim por ser um homem ranzinza, quase nunca sorria e era estranhamente mau humorado

Porém, se sentia vitoriosa por saber de algo que o homem não sabia, seus filhos estavam juntos!

Assim que o filho do homem chegou a cidade, foi impossível para Daichi não se aproximar, ficava até mais tarde na igreja apenas para poder ver o garoto sorrir gentilmente para as pessoas que entravam para assistir ao culto

Praticamente a cidade inteira sabia da sexualidade de Daichi, ele era gay assumido desde seus 16 anos, quanto a Sugawara, o nome do tal anjo, não sabiam ao certo sobre, mas sabiam que hetero não era, Gohan sabia que seu filho gostava de garotos, não via problemas nisto, assim que recebeu seu filho no aeroporto, fez questão de o dizer o quanto o amava e que ele poderia namorar o garoto que quisesse na cidade, menos, Daichi Sawamura, não queria nem que seu filho respirasse o mesmo ar do que aquele ser, o achava má influência por conta de sua mãe

Mas o que Koushi poderia fazer se aquele sorriso havia o encantado? O que faria se sentia um arrepio sempre que ouvia um "bom dia" do garoto, o que faria se aquele moreno o puxava para si e gemia tão gostoso em seu ouvido? Não foi sua culpa

Nem sequer perceberam quando se envolveram mais profundamente, sempre as escondidas já que Gohan sempre fazia questão de reclamar da voz, andar, e tudo que Emi (mãe de Daichi) fazia, já tinha até mesmo questionado coisas como "mas e o que o senhor pensa sobre Daichi?" Era sempre a mesma resposta que recebia "aquele lá, deve ser igual a ela, afinal, são mãe e filho" então nem se atrevia a tentar contar sobre sua apaixonite pelo garoto

Suga - eu quero você - sussurou ao moreno que estava em cima de seu corpo, sentia seu coração acelerado enquanto o tesão crescia, seu pescoço era beijado com afinco pelo maior que precionava seu membro já duro contra sua perna, era sempre assim, bastava conseguirem alguns minutos a sós para que tudo se iniciasse, nos primeiros contatos foram os abraços demorados, em seguida os celinhos tímidos, logo após os beijos demorados e calmos, apenas preparando para quando o tesão tomava conta, quando repararam já estavam transando, aproveitavam os momentos a sós porque se Gohan soubesse o que faziam entre quatro paredes...

Daichi se sentia a própria Dora aventureira, no caso ele era o raposo e Gohan quem dizia "raposo não pegue" enquanto apontava para o filho, o mais velho ali achava que seu filho era inocente, um anjinho e exemplo a ser seguido, sequer sonhava do que seu filho era capaz, isto era um privilégio apenas de Sawamura

Sabia da verdadeira personalidade dele, conhecia cada mania e desejo oculto de seu garoto, sabia de seus medos e até mesmo a forma que era por dentro, em todos os sentidos possíveis, sabia que ele gostava de ser amado e tratado com carinho e muitos beijinhos, mas amava mais ainda quando apanhava na cama e era fodido de quatro

Daichi - temos que ser rápidos - sabia bem que o seu sogro chegaria a qualquer momento, e não seria uma cena muito agradável para o mais velho ver os dois garotos na cama gemendo o nome um do outro

Suga - é exatamente isto que eu quero - quem via o garoto na rua jamais imaginaria as expressões maliciosas que ele fazia na cama, o moreno atacou os lábios do platinado mais uma vez antes de descer sua mão diretamente para a ereção do garoto que já pulsava em busca de qualquer alívio, até teria retirado suas roupas, isto é, se não tivessem ouvido a porta da frente ser destrancada seguida da voz de Gohan chamando "Koushi?"

O desespero assolou o quarto na mesma hora

Daichi - o que eu faço? - estava tão nervoso que nem sequer se moveu

Suga - se esconde, rápido! - mandou tentando arrumar o cabelo com os dedos

Daichi - onde? - sussurava

Suga - no guarda-roupa, agora! - e empurrou o moreno de cima de si, o tacou dentro do armário tirando de lá uma blusa longa de gola alta, sabia que seu pescoço muito provavelmente estaria cheio de marcas que seu pai não acreditaria serem de mosquitos, a menos que esses mosquitos fossem canibais

O moreno se encolheu o máximo possível se escondendo atrás das roupas, ainda não acreditava que estava passando por aquilo

Gohan - filho? Posso entrar? - perguntou dando leves batidinhas na madeira da porta

Suga - claro papai, entre - autorizou quando terminou de vestir a blusa longa, por sorte ela cobria completamente a sua ereção que estava bem guardada em sua calça

Gohan - está acompanhado? - perguntou desconfiado ao entrar no cômodo

Suga - não senhor, estava apenas tentando arrumar, mas desisti - deu um leve risinho largando os lápis que fingia mexer na cômoda

Gohan - tem certeza?

Suga - tenho sim, ah, nem lhe contei - começou a mudar de assunto na cara dura, mas sabia que se trouxesse notícias boas o pai não iria ligar - o Shoyo buscou a Natsu hoje no hospital, pelo que ele me disse ela tem asma, mas eles já compraram todos os medicamentos necessários e ela já está em casa - sorria enquanto distraia o mais velho que nem percebeu que o mais novo o guiava aos poucos para fora do quarto

Gohan - que notícia maravilhosa filho - também sorriu, coisa bem rara de se ver - agora, vamos comer, eu trouxe o jantar

Suga - claro - e seguiu o mais velho fechando a porta do quarto com um pouco mais de força apenas para avisar a Sawamura

No quarto Daichi ainda encolhido no meio das roupas apenas conseguia pensar "essa minha vida é uma aventura" agora teria que pular rápido a janela do quarto de seu garoto e torcer para que não fosse visto por nenhum vizinho, céus, onde tinha se metido quando decidiu se apaixonar pelo filho do pastor!?





Fim.

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