essa minha vida é uma aventura

eu preciso sair daqui, para longe de vocês (3 de 3)

Gohan - certo, não acho isso necessário, mas já que ensistem - falou em cima do pequeno palco montado em praça pública, grande parte dos moradores estavam lá, o senhor tentava de qualquer forma segurar as suas lágrimas, estava tão magoado que nem sequer conseguia olhar nos olhos do filho ou do genro

Emi - vamos lá, qual é a grande reclamação? - ela estava na frente dos três, Daichi e Sugawara seguravam suas mãos tentando passar conforto um para o outro

- a "grande reclamação" são essas abominações aí - apontou para os dois garotos que acompanhavam a tudo aquilo calados e assustados

Emi - espera aí, do que você chamou o meu filho? - fechou ainda mais a sua cara

- de abominações, já tínhamos aceitado o Sawamura na cidade mesmo ele sendo assim - encarou o moreno de cima a baixo com nojo - pensamos que ele mudaria com o tempo, mas agora com esse daí...

Gohan - olha aqui seu filho da puta - se pronunciou assustando a todos ali, ele era um homem que parecia não ligar para nada, então o ver xingando e levantando a voz era um momento épico - você não tem o mínimo direito de chegar aqui e apontar para o meu filho de tal forma, eu queria muito enteder o que rola na mente de vocês para ter a merda desse preconceito sem sentido

- não é preconceito - disse uma senhora - é apenas o que está na bíblia

Gohan - eu sou pastor, se tem uma coisa que eu entendo bem é sobre a bíblia, me diga o versículo que eu te direi sobre o que ele fala - já não estava mais nem triste, já sentia ódio

- não me lembro agora pastor - outro cidadão de pronunciou - mas em um versículo falam sobre os afeminados

Gohan - efeminos - a corrigiu - está precisando de um óculos

- em levítico 18 22 diz ser abominação se deitar com outro homem

Gohan - assim como diz ser abominação se deitar com animais, e sinceramente, só de me lembrar de você se vangloriando por ter ensinado o seu filho que é uma criança - ressaltou - a trepar com uma cabra para "aliviar o estresse" me dá asco, vocês estão dizendo sobre versículos que nem sequer leram por completo esquecendo da parte mais importante, quem nos julgará, será Deus, não vocês, não eu, Deus. E que eu me lembre, ele mandou não apontar o dedo para o próximo em forma de julgamento, e também nos mandou amar uns aos outros, será que nem mesmo respeitar vocês conseguem?

Emi - vocês são desprezíveis - se pronunciou - sinto vergonha de dizer que já morei aqui e até mesmo os considerava como família

- você não tem direito algum de falar algo, uma ex prostifuta - a encarou de cima a baixo

Aquele era um boato antigo da cidade que a morena jurou já ter acabado, mas pelo visto não tinha, ela tinha se mudado a anos para a cidadezinha, sozinha, apenas com o bebê de colo, construiu tudo o que queria e foi atrás dos próprios sonhos, os boatos de que ela era uma prostituta ou amante de algum cara rico que não poderia assumir um filho fora do casamento apenas se espalharam. A verdade foi que, ela acabou engravidando com um ano de casada, entretanto, o cara não aceitou a criança, e a mandou escolher entre ele e o filho

Bem, Daichi agora tinha 22 anos.

Emi - verdade não é mesmo? Eu era uma prostituta, mas ao menos lá eu tinha muitas amigas, umas delas era a sua mãe - sorriu para o homem - nossa, ela pagava um boquete como ninguém - fechou a mão em punho enquanto empurrava a língua contra a bochecha - ela também chupava buceta, eu sou a prova viva que ela sabia bem como dominar com a boca, sempre me deixava molinha