hearts melody

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       Após o show, Cherry se sentiu mal e foi levado ao hospital principal da Grécia. Quando Kissy chegou lá, havia um mar de paparazzis. As meninas ficaram no hotel todas juntas em um só quarto, muito preocupadas com seu amigo, mas não foram autorizadas a saírem até o dia seguinte porque, segundo Oliver, mesmo que fosse um momento ruim, ele queria que a atenção toda ficasse somente em Louis.

Mesmo depois de anos conhecendo Oliver, Harry ainda não conseguia acreditar como aquele cara havia se tornado tão popular entre os agentes da escola da fama. Ele era arrogante, soberbo, controlador e aproveitava o pouco de seu poder para cometer crimes como assédio e outros que Kissy mal queria imaginar.

Se pelo menos ele pudesse fazer algo não só para ajudar Cherry Louis, mas também às meninas, é claro que ele faria.

Toda aquela coisa que passava na mídia fazendo ele sair como um cara mau por culpa de sua rebeldia quando mais novo era bem pior que uma fachada. Seu caráter não era sujo apenas porque ele já cheirou cocaina uma vez e se arrependeu porque não queria dar esse tipo de exemplo a si mesmo. Ele não era ignorante só porque exigia muito mais privacidade do que o normal só para conseguir ter uma vida saudável. Ele não era um adorador de coisas ruins só porque seu estilo musical se encaixava no rock antigo.

Ele era apenas... Kissy. Ele gostava de ajudar e era por isso que gostaria de fazer algo pelas Pearls. Ele gostava de beijinhos doces, abraços calorosos, crianças e ser amigável. Ele sempre quis montar uma pequena família e esse sonho simples nunca morreu dentro dele. É que Kissy tinha um coração tão gentil que ele não conseguia pensar em como era possível se tornar alguém igual a Oliver. Mas enquanto Louis o tivesse, aquele cara não o faria mal algum - se ele pudesse impedir.

— Como está se sentindo, pérola? Me dê um dos seus sorrisos gostosos se estiver bem. — Harry pediu calmamente assim que os olhos de Cherry se abriram. E como ele quis, aquela doçura exibiu um pequeno e delicado sorriso para ele, acalmando a tempestade que havia pairado em seu coração. — Muito bom! Me deu um susto, sabia? Achei que sei lá... Brooklyn chorou. Perguntou o que havia acontecido com a paixão do papai dele.

Por que Louis precisava daquele soro na veia se a sua cura estava bem ali na sua frente, preocupado e amoroso?

— Só foi um mal estar, eu juro. Não me alimentei antes do show. — ele disse bem baixinho e fraco, quebrando Kissy em dez mil pedaços frágeis.

O cenho dele se franziu em confusão e a mão dele procurou a de Louis.

— Por que não me disse? Eu teria preparado algo para você. Quando quiser algo, me peça. Eu estou aqui para ser útil e não para deixar você sofrendo!

— Oliver não me deixou comer. Ele não me queria inchado durante a apresentação.

— Vou matá-lo. — era o que Harry queria dizer.

Ele não disse. Ele ficou em silêncio e sentiu sua garganta formar um nó doloroso e áspero.

Piscou, olhou para Louis e sorriu. — Vou mandar a enfermeira providenciar alguma coisa pra você comer. O soro não vai te sustentar por muito tempo.

— Não sei, Kis...  acho que não é uma boa ideia.

— Mas eu acho que é. Na verdade, vou pedir para você me esperar por alguns minutinhos! No máximo 20! Irei pedir para alguém te fazer companhia enquanto isso, tudo bem?

JAMES DEANOnde histórias criam vida. Descubra agora