Talvez os alienígenas sejam a solução

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Escrito por: LuhDramaLS

Notas Iniciais: Olá, xuxus! Hoje vim, depois de muito tempo, com uma fic mais curtinha. Apesar do tema que escolhi e tudo, ela é fofa, mas ainda assim um pouco reflexiva. 

As referências aos anos 70 usadas nela talvez estejam um pouco misturadas com relação à linha do tempo de acontecimentos, então levem como uma realidade alternativa, ambientada com alguns movimentos e características da época, ok? 

Espero que gostem e tenham uma boa leitura!


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A vizinhança onde Jimin vivia era muito tranquila, seus vizinhos eram simpáticos e a segurança o permitia sair tarde da noite sem se preocupar com qualquer perigo. Entretanto, não era como se o próprio não corresse algum risco.

Primeiro que seu estilo dificilmente não seria reparado. Os coturnos pesados, as calças rasgadas que eram usadas em conjunto com suas jaquetas, enfeitadas com bottons dos seus artistas do punk rock preferidos, além dos olhos sempre marcados com alguma forma preta chamativa, atraíam a atenção para ele por onde passasse.

Ele era praticamente um protesto ambulante.

Muitos deveriam estar contentes com suas vidas comuns e simples, mas Jimin sentia uma sede de revolução, porque sabia que o que viviam era uma ilusão. As propagandas diziam que o país estava vivendo um grande avanço, com a construção de estruturas faraônicas e o crescimento da industrialização, mas, por trás de tudo, algo parecia errado.

Entretanto, não era como se ele pudesse dizer algo. As ruas tinham ouvidos para todos os lados e quem contestasse, muito provavelmente sumiria de uma hora para outra.

Sem querer pensar tanto sobre isso, Jimin seguiu seu caminho de costume naquela manhã, deixando a animação vibrar por seu corpo ao se recostar na cerca que delimitava um terreno baldio, onde curiosamente uma kombi começou a ficar estacionada nos últimos meses.

No início, foi evidente a estranheza por parte de todos ao avistarem o veículo pintado com palavras e símbolos que representavam a paz, o amor e a liberdade, mas, com o tempo, tornou-se apenas um detalhe chamativo na paisagem por suas cores vibrantes e diversificadas.

Quando se aproximou pela primeira vez da kombi, Jimin reuniu coragem e deu leves batidas na porta traseira até um homem sair de lá com um estilo que nunca tinha visto pela região, apesar de reconhecer fácil pessoas que pregavam seus próprios valores e vestiam-se sem qualquer preocupação em se encaixarem no regime da época.

Mesmo que suas filosofias de vida não se entendessem por acreditarem que diferentes modos de agir traziam melhores resultados, Jimin sempre ia visitar seu vizinho com manias estranhas.

O dono do veículo mantinha os cabelos longos, na altura dos ombros, e usava um apetrecho artesanal envolvendo sua cabeça. Suas roupas tão pouco seguiam alguma moda, além das calças boca de sino, e ele estava sempre muito calmo, mesmo quando Jimin batia na porta de sua van de manhã cedo ou tarde da noite.

— Vai me fazer companhia hoje, Ji? — perguntava, por puro costume, ao abrir a porta para recebê-lo. Era óbvio que Jimin o acompanharia. — Lembra daquele vale que te falei? Acho que podem ter alienígenas por lá.

Havia muitos detalhes peculiares sobre seu vizinho. Ele era um hippie, sendo assim, pregava conceitos revolucionários que acreditavam no poder da não-violência, o que de cara parecia uma grande besteira para Jimin.

Ele também sempre cheirava a alguma fragrância natural de flores e nunca tinha sido visto bravo por ninguém, com os olhos pequenos e gateados sempre marcando as linhas dos sorrisos que oferecia a quem os quisessem. Jimin apenas os aceitava para que fosse permitido sentar no banco do carona dele e pudesse ter, por algum tempo, alguém o escutando falar sobre suas frustrações.

A revolução dos pequenos gestos | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora