𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎𝑠 𝐼𝑚𝑝𝑢𝑟𝑎𝑠...

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1 DE NOVEMBRO DE 1904
Estados Unidos, Califórnia. No hospital de Fresno. Quarto de número 513.

 Quarto de número 513

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“Não percebemos, mas a sujeira está mais que imagina. Não despreze meu aviso.”

          Uma voz conhecida ressoa em sua mente, fazendo a mulher que até então dormia confortavelmente acordasse em desespero. Pequenas gotas de suor caía sobre seu rosto, seu peito subia e descia. 

       — Matthew Davis! — o chamou forma involuntária. Seu berro acordou o senhor que dormia sentado perto de seu leito. Abrindo os olhos, um sorriso gentil moldou-se na face do homem. 

        — Seu namorado, filha? — perguntou. A cabeça de Miller ainda estava confusa, a impedindo de racionar uma resposta. Após longos minutos de silêncio de sua filha, o senhor julgou que ela não havia escutado. 

          Decidindo, então repetir a pergunta, porém; antes que isso pudesse ser possível a mulher murmurou algo muito rápido. Fora outros minutos de silêncio, até a atenção da mulher pousasse em seu pai. 

            — Nem nos meus piores sonhos, pai — respondeu calma, respeitando seu pai, entretanto, no fundo, ela estava com raiva. Não queria ouvir o nome daquele homem por um bom tempo. 

       O pai conhecendo ela bem, percebeu que a filha estava de mau-humor. Um suspiro baixo saiu dos lábios do mais velho, se contendo para não a bombardear de perguntas. De qualquer modo, ela não o responderia devidamente. 

      — Que bom! — ele disse simples. Após uma pausa murmurou para si mesmo —, pensei que ele fosse o motivo de você parar no hospital. 

      Por outro lado, Miller esticava o pescoço para enxergar melhor as pessoas. Não entendia como havia parado em seu quarto, sendo que, instantes atrás estava em baixo da árvore; conversando com Matthew. 

  “Estou ficando louca de vez?”, pensou desistindo de tentar entender o que havia acontecido. Isso não mudaria sua vida. 

   Ou assim pensava…

   Ou assim pensava…

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𝐄𝐏𝐈𝐒𝐎́𝐃𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐁𝐎𝐃𝐈𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora