Dance Of Death

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Janick, durante sua festa de 44 anos ecompletamente resfriado, acaba sozinho do lado de fora, e acaba sendo atraídopor uma estranha figura que o chamava vindo dos bosques. Mesmo com medo, ele asegue até parar numa outra festa, também feita para ele, onde o convidadoprincipal é a morte.

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Janeiro era o mês mais frio no Reino Unido, mas o frio não era nenhum empecilho para os convidados da festa que acontecia na zona mais afastada da cidade de Nottingham. Era o aniversário de 44 anos de Janick Gers, e ele decidiu dar uma grande festa no dia de seu aniversário, que por muita coincidência havia caído justamente durante a pausa da Turnê de Brave New World. Ele tinha acabado de voltar da América do Sul, havia sido incrível e o show no Rio de Janeiro foi o melhor que a banda tivera na cidade. E agora, o choque entre o calor escaldante do sul e o frio glacial do norte dava as caras, e para o azar de Janick, ele havia ficado resfriado justamente no dia de seu aniversário. Mas não seria um simples resfriado que estragaria aquele dia.

Indo contra o repouso, Janick apenas tomou os remédios para conter o resfriado e desceu para curtir àquela noite com os demais convidados. A banda também estava lá para lhe dar os devidos parabéns, Bruce fazia questão de lembra-lo a todo instante que naquele dia ele já estava ficando velho e caduco o suficiente, Janick levou na brincadeira tudo aquilo.

A festa estava ótima, mas após algumas horas Janick começou a se sentir febril e toda aquela agitação dos convidados e as altas risadas de Nicko já estavam lhe dando dor de cabeça, então ele resolveu ir para o lado de fora da casa. Do lado de fora, com um lindo céu estrelado e um pouco de neve sobre o chão, Jancik encontrou o silêncio e a tranquilidade que tanto estava almejando naquele momento específico, logo ele voltaria para aquela baderna, onde todos cantariam os parabéns e partiriam o bolo. Ele também havia perdido a noção da hora. Janick olhou para o relógio de pulso que havia acabado de ganhar de Steve e notou que estava faltando apenas dois minutos para meia noite. Era uma noite calma e fria, ele chegou à conclusão de que, do jeito que as coisas estavam dentro de sua casa e com Bruce provavelmente entretendo os demais convidados com alguma de suas anedotas, ninguém sentiria a sua falta. Ele então resolveu caminhar entre as árvores do terreno enorme que fazia parte da casa. O grosso casaco que usava era tudo o que tinha para lhe proteger do frio que doía até mesmo os ossos, mas Janick não se importara, estava com febre e dor de cabeça, talvez o frio ajudasse com o primeiro problema, e o silêncio desse passeio à meia noite resolveria o segundo.

Conforme ele andava, mais afastado da festa ficava, e o som da música de das vozes também iam sumindo gradualmente. O silêncio chegou quando Janick chegara à parte mais afastada do terreno, onde havia um descampado coberto pela relva baixa. Ele resolveu ficar ali e admirar as estrelas cintilantes que enfeitavam o céu escuro daquela noite. Ele estava tão alheio a tudo ao seu redor devido à única lata de cerveja que havia bebido a noite inteira que Janick não notou a presença de outro ser próximo a ele, lhe observando das árvores. O ser via o loiro ali, tranquilo e sentado sob a grama umedecida pela neve que derretia gradualmente, olhando para as estrelas como se estas tivessem lhe hipnotizado. O ser sabia quem ele era.

Janick. – Ele ouviu ser chamado por uma voz fria e suave. Olhou ao redor e não viu ninguém.

Ele sentiu medo, mas Janick acreditou ter apenas ouvido coisas devido ao resfriado. Olhou novamente para o relógio e percebeu que já passava da meia noite, ele se levantou enfim e iria fazer o caminho de volta para a casa.

Venha comigo Janick! – Ele ouviu novamente a voz, e gelou de medo. Não era nenhuma voz de sua cabeça.

Janick por instinto correu de onde estava, o medo lhe cegando o fez sair da trilha e ir por um caminho de mata fechada que daria sabe se lá Deus aonde. E conforme ele ia correndo, a voz ia o chamando mais alto, como se estivesse o guiando por aquele caminho. Ele correu tanto que Janick já não sabia mais onde estava, ou para que lado ficava a casa, pois nem mais o ruído fraco da música que vinha da festa ele ouvia mais. Estava escuro e ele estava perdido, justo naquele dia. Janick então se refugiou em uma árvore e se escorou ali para recuperar o fôlego perdido da corrida. Ele passou a mão sobre a franja molhada de suor, ele não sabia dizer se o suor era decorrente da árdua corrida ou da febre que havia se intensificado.

Tales From The Death (VERSÃO EM PORTUGUÊS)Onde histórias criam vida. Descubra agora