ㅤ ㅤ 00. prologue:

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☪︎.*˚ ❝the time will come,
when you'll have to rise
above the best and prove
yoursel farewell, I've gone
to take my throne above❞  




121 d.C

Sócrates discursava que o maior dos males consistia em praticar uma injustiça e jamais sofrer tal calamidade. Caso o inevitável surgisse diante de uma preferência, assim fosse sofrê-la, jamais praticar o ato. Afinal, considerando ambos doentes, seja do corpo ou da alma, qual o mais infeliz: o que se trata e obtém a cura, ou aquele que não se trata e permanece doente?

Proferia que a cura moral disciplina e torna mais justos, também concluía-se que o primeiro, e maior, dos males seria não pagar pelos crimes cometidos. Dessa maneira, a injustiça e a desonra era vista no homem que levantava as vestes de uma mulher para violentá-la ou em um rei que, por orgulho, não abaixava a espada em uma guerra. Em uma pessoa que utilizava da violência para usufruir de um bem não pertencente a si.

Rhaenys Targaryen costumava opunha-se contra tais citações. A palavra injustiça possuía o hábito de persegui-la como um leão durante uma caça. E, mesmo que alegasse que sua mente era forte como uma armadura, o desgosto de tal pronúncia tinha a visibilidade sobre as feições de amargura.

Westeros alegava que seu destemor tornou-se sua injustiça e a Targaryen continha o desejo de mostrá-los que estavam precipitados. Seus lábios se moviam ferozmente em defesa de sua família quando ponderava que os ovos entregues por Viserys I não bastariam, assim era dito que eram pequenos comparados aqueles que os outros montavam.

Em virtude disso, a garota estudou dragões que ninguém conseguiria voltar para contar como eram de perto. Aduziria a todos que não era a jovem injusta e sim aquele que pesava a coroa ao providenciar que o melhor recaísse apenas aos próximos.

Assim, os pés rasparam sobre as pedras pouco confortáveis, soando como espinhos triturando sua pele pálida. Seus dedos magros apertaram a corrente que segurava a gaiola, deixando que o sangue da ferida aberta pingasse sobre a cabeça do pequeno dragão detento. Caso a questionasse como uma ferida profunda abriu sobre sua pele intocável da mão, Rhaenys pouco saberia informar quando ocorreu. Talvez no instante que domou o dragão para si como um prisioneiro ou quando deslizou pela madeira cortante da árvore.

Apesar disso, sua mente voltava-se apenas ao que deveria ser feito e o incômodo da lesão quase não era sentida pela mesma. Suas orbes lilás deslizaram de forma duvidosa sobre o ambiente pouco hostil, analisando cada pedra e planta que formava o covil e a escuridão contida nele.

O barulho surgiu com um eco desconcertante, as garras agarravam-se nas pedras, estilhaçando-as em incontáveis pedaços com a força despejada e, no instante que a ardência do fogo iluminava a fera, as orbes de Rhaenys se atentaram com mais detalhes no dragão. Era maior e mais antigo dos dragões selvagens, os olhos verdes ameaçadores brilhavam sobre a brasa erguida pela mão esquerda da garota e suas escamas eram pretas como carvão, enquanto os dentes afiados como lâminas recém esmeradas.

— Hoje é diferente — a jovem proferiu, deixando que sua mão soltasse a gaiola com agilidade, tal como se o dragão a sua frente pudesse entendê-la.

O rugido do dragão menor surgiu com fervor, suas asas se feriram sobre o ferro e Rhaenys fechou as orbes com piedade. Afastou-se minimamente para a direita e um pequeno barulho surgiu abaixo do seu pé esquerdo. O osso frágil e humano partiu abaixo de si e Rhaenys não ousou encará-lo.

Costumava se amaldiçoar no começo de suas ações. Não desejava roubar ovos e filhotes de dragões para alimentar um animal selvagem como aquele à sua frente. Entretanto, após o décimo primeiro ovo, sua mente passou a vislumbrar a conjuntura de outro ângulo. Era o alimento daquele que passou a chamar de Valēdrot*, assim como as crianças tinham alimento fleumático preparado por uma mãe para uma noite reconfortante.

Qualquer animal se afastaria daquele covil no instante em que os dentes afiados como lâminas do Canibal surgiram na escuridão do covil. Seu hálito quente empurrou centímetros a gaiola e a pequena chama do ardor do seu fogo iluminou o fundo da sua profunda garganta. O bradar do enorme dragão ecoou por pequenos segundos antes que sua boca se fechasse por completo, cessando o som estrondante.

A Targaryen abriu suas orbes mostrando sua feição alarmada, tombou a cabeça para lateral enquanto seu longo cabelo branco derramava sobre suas costas como uma cascata. Ele a esperava, assim ela assimilou. Suas orbes verdes assustadoras voltavam-se à jovem como se aguardassem ansiosamente a única palavra que obedeceria naquele instante.

Dracarys! — Seus lábios carnudos soltaram lentamente o ar preso em seus pulmões durante o proferido.

O selvagem moveu sua cabeça para frente da gaiola e o abrasamento do fogo cuspido de sua boca predadora derreteu o metal da gaiola antecedente aos seus dentes cravaram no animal. O último ruído de dor escapou do pequeno dragão como um lembrete vago na mente da Targaryen que o Canibal obedeceria sua voz.

O pequeno órgão principal do sistema cardiovascular da jovem disparou ferozmente em sua caixa torácica. A inspiração e expiração,  realizadas respectivamente, tornaram-se incontroláveis e um sorriso surgiu nos lábios da mais nova. Canibal banqueteava-se na carne do outro dragão e a garota de cinco anos saberia que aquele era apenas o começo.

Porém, desta vez, não sentia uma coragem abraçá-la como uma velha amiga. A sensação desconhecida preenchia seu tórax sem ceder espaço para outro sentimento.




















 A sensação desconhecida preenchia seu tórax sem ceder espaço para outro sentimento

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── ❛.-ཻུ۪۪ NOTAS;

i. nessa fanfic, Valēdrot* será 'salvador' em alto valiriano.

ii. reforço também que isso é apenas uma amostra de como Rhaenys conquistou Canibal e não domou o dragão selvagem. veremos e entenderemos mais como foram os passos dela.

iii. apenas escrevi sem parar esse capítulo e acabei não revisando de ansiedade. confesso também que caso não postasse logo e deixasse para revisar acabaria não saindo tão cedo. então, qualquer erro ou semelhante, pode avisar que vou corrigir. agradeceria muito a atenção.

OLD BLOOD, jacaerys velaryonOnde histórias criam vida. Descubra agora