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☪︎.*˚ ❝not a: yes sir, not a follower fit the box, fit the mold I was lightning before the thunder❞
130 a.C
O vento rasgou a pele de Rhaenys com violência. A roupa azul como uma água balançava com ferocidade e os cabelos brancos sentiam a autonomia que fluia em suas veias. Havia um mínimo sorriso sinalizado nos lábios carnudos da Targaryen, transmitidos sobre suas safiras um sentimento prazeroso.
A liberdade era uma sensação incompreendida até o instante que Canibal tivesse premiado-a como sua mãe. Sempre houve a necessidade de explicar-se caso desejasse qualquer feito em sua vida. O título que seu irmão carregava exigia tal desavença.
Contudo, naquela fração de instantes, quando seu frágil corpo montava as costas do dragão selvagem, a jovem era de si mesma. Suas ações não precisavam ser explicadas e a imensidão azulada do céu poderia lhe pertencer ao chocar as asas do animal contra as nuvens.
Rhaenys puxou com força o ar, preenchendo seus pulmões e prendendo-o como se analisasse suas ações. O sorriso iluminou uma feição desafiadora, deixando seu corpo inerte as sensações que eram dominantes. Suas orbes claras desviaram para o lado, acompanhando a pequena ave acelerar em um voo desdenhoso. Seu bico virou-se para a jovem, deixando o pequeno amarelado ao redor chamar atenção sobre a cor neutra do falcão peregrino, enquanto seus olhos não pareciam possuir um foco determinado, como se a mente dele trabalhasse em uma isca.
Era a ave mais rápida, ouvia os murmúrios. Talvez, por esse fardo, houve uma chama crescente na ambição da jovem em ultrapassá-la ferozmente. Seus dentes brancos como pérolas surgiram em seu rosto ao transmitir um sorriso vitorioso e as asas escuras como um céu noturno do dragão bateram com ainda mais urgência.
Seus braços esticaram na lateral das suas curvas, como duas barras de ferro, soltando-se do dragão ao permitir que suas pernas estivessem mais firmes sobre o tronco do mesmo. Os movimentos tornaram-se intuitivos, memórias cravadas sobre músculos bem treinados para aquele tipo de ação, enquanto seus seios grudam nas costas do dragão para que deixasse-o mais ágil. As asas do Canibal esticaram e comprimiam em determinado momentos. Direcionou-se a nuvem, atravessando-a ao sentir sua pele arrepiar com o feito.
Suas safiras desceram para suas pernas, observando a ave próxima de si, quase acompanhando suas ações e assim, Rhaenys permitiu que sua mão apertasse a correia que segurava-a, entregando a Canibal o que faltava. Seu corpo teve um impulso maior, quando o dragão selvagem acelerou para longe do animal em fração de segundos complexos.
O sorriso era orgulhoso e determinado. Sua feição tranquila era carregada com o batimento acelerado do seu órgão principal do sistema cardiovascular. Ainda assim, foi desmanchado como pequenos grãos de areia sobre as feições coléricas que surgiam.
