𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › 𝖿𝖺𝗇𝗍𝖺𝗌𝗂𝖺
❝𝐅élix é um jovem conhecido por ser um dos melhores caçadores de seu vilarejo no meio da floresta. É ousado e destemido, tendo uma ótima relação com sua avó. Porém ataques de um enorme lobo vem tirando o son...
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FÉLIX ACORDOU com o som de sua avó preparando o almoço, tinha dormido bastante. Quando se espreguiçou, sentiu a dor nas costas e uma queimação em seu traseiro, suspirou, até sua garganta estava incomodando, o ar frio da noite não fez muito bem para ela. Estava disposto a fazer um casaco novo com a pele de Hyunjin por ter sido tão... agressivo na noite passada. Uma cortina separava seu quarto do resto da casa, por isso aproveitou para se vestir propriamente e ir encontrar a avó, tentando ao máximo não demonstrar seu desconforto ao sentar à mesa.
— Bom dia, Lix. — Bora cumprimentou, de costas para ele.
— Bom dia, vovó. — forçou um sorriso, mesmo que ela não visse.
— Acordou bem tarde hoje.
— É! E-eu fui dormir um pouco tarde ontem, perdi a noção da hora. — tentou se explicar, mas acabou gaguejando, raramente conseguia mentir para a avó sem se preparar antes.
— Hum, criança boba. — virou para o neto com um copo em mãos. — Acho que até a aldeia ouviu vocês dois. — caminhou até ele. — Beba isso, vai ajudar com a dor.
Félix sentia suas orelhas e bochechas arderem de vergonha, não gostava da ideia de sua avó tê-los escutado.
— Obrigado. — acenou, pegando o copo das mãos dela. O cheiro do conteúdo dentro era terrível, o gosto pior ainda.
— Vamos comer, você deveria convidar seu amiguinho para entrar. — Bora virou para o fogão à lenha, mexendo em uma panela com arroz de sua horta.
— Meu amigo? — falou com dificuldade após virar toda a bebida do copo na boca, que desceu amarga por sua garganta.
— Hyunjin está lá fora desde que acordei, dormiu a maior parte do tempo na varanda, vá chamá-lo para comer. — Bora continuou, dando pouco caso sobre ter um homem dormindo em sua varanda.
— Nem para colocá-lo para dentro, vovó. — ficou de pé, bufando.
Bora ainda não simpatizava muito com Hyunjin, não o trataria mal, é claro, mas também não o trataria bem se tivesse a chance.
Como dito pela avó, Hyunjin estava dormindo encostado na parede da varanda, estava vestido e usando a mesma capa da noite passada como cobertor, Félix riu com a imagem e negou com a cabeça.
— Eii, lobinho. — se agachou perto dele, suas costas realmente não doíam mais. — Acorda.
Hyunjin resmungou, virando o rosto para o outro lado, ainda com sono. Félix o chacoalhou.
— Vamos, dorminhoco, eu quero comer e você não está ajudando. — sorriu quando ele finalmente abriu os olhos. — Bom dia, flor do dia.
— Bom dia. — sorriu mostrando os dentes com a visão de Félix como o sol iluminando seu rosto. — Você é lindo.
