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--- Ayana, sabe aquela outra sala que eu te mostrei? – Concordo. --- Você pode ficar lá quando não está precisando limpar nada. Não deve ser adorável ficar aqui o tempo todo no meio de tanto marmanjo.

Obrigada, meu Deus! Eu realmente não gosto. Esses homens aqui são muito medonhos.

Thomas se despede de mim, e volta a prestar atenção em suas coisas.

Já vai fazer algumas semanas que eu me encontro aqui. É bem cansativo, por ter muita coisa pra fazer, mas chego em casa todo dia feliz por saber que vou conseguir sobreviver nesse lugar.

Eu ainda não tive oportunidade de conhecer Detroit, nos meus tempos livres, eu prefiro ficar em casa. Nunca gostei muito de sair, mas pelo menos aqui, quero conhecer algum lugar que eu vejo na internet.

Depois de limpar um rio de suor e sangue que tinha no chão do ringue, eu vou para o banheiro.

Lavo meus braços e rosto antes de voltar.

Eu não usava o banheiro da academia. Uso o banheiro da salinha que ele me falou que eu poderia ficar hoje mais cedo.

Assim que retornei para meus afazeres, vejo Thomas se aproximar de mim juntamente com um homem que eu nunca tinha visto por aqui.

--- J, está é Ayana. Ayana, este é J, a pessoa que levantou esse lugar. Esse é o cara. – O sorriso feliz de Thomas era contagiante.

--- Ayana... Bonito nome. É um prazer conhecê-la, menina.

O homem, enorme, se aproxima de mim. Se não fosse sua educação, eu teria me afastado.

Negro, com cabelos raspados, um charuto em mãos e um terno, o tal "J", poderia colocar medo em qualquer um. Ele era literalmente muito grande, não só de altura. E isso que era assustador.

--- Olá. É um prazer também, J!

Agora entendo o nome do lugar.

Eu sabia que Thomas era só administrador daqui. Ele me falou que o dono estava em uma viagem de negócios.

Eles começam a conversa de algo, que eu não estava entendendo nada, então me retiro.

Já estava anoitecendo, e eu estava louca para dormir.

Só tem mais três homens aqui dentro, e graças ao bom Deus, os três estavam indo embora juntos.

Como de costume, só restou eu e o tal "Gana" aqui.

O que significa isso? Achei exótico esse apelido.

Por que será que o chamam assim? Fiquei curiosa.

--- Boa noite.

Me despeço de Gana, e fico sem respostas, como todo dia.

--- Oi, Ayana...

Me assusto com uma voz vinda atrás de mim, e me viro rapidamente.

Vejo um homem, conhecido por mim. Só não sei o nome. A única coisa que eu sei, é que ele frequenta a academia.

--- Oi?

--- Eu estava pensando aqui. Ando te observando tem uns dias. Te achei muito linda. – Não agradeço, só continuo encarando. --- Você não quer sair comigo um dia desses?

--- Na verdade não, muito obrigada. Tenha uma boa noite.

Me viro e com esperanças de sair sem problemas, sigo andando.

Mas, como nem tudo é ao meu favor. Ele tinha que aprontar alguma coisa.

--- Eu sei que você quer, gata. Não precisa ser tímida. – Fala, depois de desferir um forte tapa em minha bunda.

Me viro, simplesmente assustada, sem reação alguma enquanto ele ria, como se isso fosse a melhor coisa do mundo para se fazer.

Antes que eu possa revidar, o homem vai ferozmente no chão, fazendo um barulho horrível, parecendo que alguma coisa tinha se quebrado.

--- Meu Deus... – sussurro, em choque com a cena em minha frente.

Vejo Gana acertar múltiplos socos no rosto do homem, que já estava desacordado no chão. Foi tudo muito rápido.

Gana saiu de onde estava como uma fera, mal deu tempo de sair alguma palavra da minha boca.

--- Ei. Ele já apagou. Ele já apagou! – Grito, com medo de acontecer alguma coisa trágica aqui.

O rosto do homem estava repleto de sangue, quando Gana saiu de cima dele.

--- Jesus Cristo. Você é louco, homem? – Pergunto assustada, vendo sangue em suas mãos.

Ele olha pra mim, como se fosse me matar.

Sinto como se esse fosse seu último dia.

--- Vamos. - Segura minha mão a força.

--- Qual o seu problema? Vamos deixar ele ali, assim?

--- Só parei porque você me pediu, caso contrário. Eu já teria o levado para o inferno.

--- Você pode ser preso. – Falo, abismada.

Minha fala pareceu a coisa mais idiota dita, pois ele riu, como se eu fosse um palhaço de circo.

--- Não se preocupe com isso.

Só me dou conta agora, que até o momento, ele continua segurando minha mão.

O homem praticamente me arrasta dali, de volta a academia, deixando o homem desacordado no chão.

O homem praticamente me arrasta dali, de volta a academia, deixando o homem desacordado no chão

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Guerreiro GanaOnde histórias criam vida. Descubra agora