𝑴𝒆𝒊𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒖𝒆

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Já tinham se passado algumas horas desde que Kenji tinha contado a história sobre sua crença e sua família, a cabeça de Lyra estava a mil, não consegue falar nada, era como se fosse muita informação.

      — Então quer dizer que eu sou uma Whinskys? - Kenji não responde.

       — Meu papel era contar essa história para você, alteza. As suas dúvidas quem pode tirar é a maman.

E então Kenji aponta para o outro lado, tinha uma espécie de "gruta" no meio de duas árvores grandes, na entrada era possível ver maman encarando os dois fixamente, a anciã estava no aguarde, sabia exatamente tudo que a menina queria saber e faria de tudo por ela. Kenji se despesa da jovem princesa e vai embora, sua missão ele tinha feito agora restava a maman.

A princesa caminhava pela trilha de pedras meio receosa, tentava imaginar sua ligação com os Whinskys, seria filha de um deles? Mas eles não foram extintos? Mas por que eles ficam falando que essa é sua casa? Ela nunca tinha pisado aqui.

      — Imagino que sua mente não tenha parado de funcionar. - Maman fala quando Lyra chega perto o suficiente, as duas adentram a caverna.

Lyra presta atenção em cada coisa ali, parece como nós livros de bruxas, tinha livros por toda a parte, objetos estranhos, poções e um caldeirão.

        — Não precisa ter medo.

As duas sentam um pouco mais perto da lareira.

        — A história que Kenji disse.... Sobre os Whinskys, é verdade? Então eu sou uma Whinskys?

A anciã estava preparando uma de suas porções, colocando duas gotas de seu sangue na mistura. Ela não respondia Lyra, quando termina coloca em um copo e entrega para a menina.

         — Beba- Lyra de imediato diz não, não sabia o que era isso, podia ser um veneno- Beba - ela repete - Não é veneno, sei o que as pessoas do reino falam sobre nós e o que acham de nós, mas não somos um monstro terrível e aterrorizante, os verdadeiros monstros são os que estão do nosso lado - Ela não consegue evitar de pensar em kendrick, e então bebe.

Assim que aquela coisa estranha entra no seu corpo sente uma queimação tremenda na sua garganta, ia subindo pela sua cabeça, seus olhos ficaram pretos e por 2 longos minutos ela não via nada e nem consigua falar, mas quando começou a voltar a si, percebeu que estava deitada no chão, havia desmaiado, a anciã estava rodando pela menina, cantava uma espécie de música estranha e jogava alguns ervas pelo ambiente. Lyra sentia seu corpo dolorido, sentia fraca.

       — O que você me deu?... - Fala com certa dificuldade enquanto tenta levantar, a anciã encara a menina, seus olhos que antes eram de um amarelo forte dos Atwater, agora eram vermelhos, um vermelho vivo e forte.

      — Faça suas perguntas menina.

Sua voz tinha mudado, não era uma voz de uma senhora, estava em tom mais grave, as expressões também não eram as mesmas que a senhora fazia, o ser então que estava ali começa a rir, uma risada assustadora.

        — Então você e essa velha me chamaram aqui para nada? - começa a caminhar até Lyra.

       — Ande! Me pergunte o que você quer!

Lyra tossia algumas vezes, sua voz parecia não querer sair.

      — Estamos ligados, por curto tempo, mas estamos ligados. PERGUNTE!

Aquele ser, que estava no corpo da anciã não parecia ser muito amigável, na verdade ele era totalmente assustador.

       — Q-quem eu sou? - Lyra consegue arrumar forças para se sentar, mas ainda sentia dor em seu corpo, como se algo tivesse a esmagando, a criatura rir.

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