Capítulo 2

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Grover Cleveland High School, ou apenas Cleveland, lar da Lontras Flamejantes, um das maiores equipes de basquete estudantil de Nova Jersey, sendo a única heptacampeã estudual e bicampeã nacional, mas nada disso me atrai nessa escola, muito pelo contrário, me faz repudia-la cada ano mais. Não que eu odeie basquete, só odeio as Lontras Flamejantes porquê se acham imbatíveis, mas enfim. Depois de umas meia hora dr caminhada cheguei na escola, e os meus dois únicos amigos estavam me esperando. -Eu acho que conheço essa camisa.

Disse Marie, ela era uma menina baixinha, ruiva, que usava óculos redondos como do Harry Potter, com lentes tão grossas quanto o fundo de uma garrafa. Ela é nerd, bem nerd mesmo, fã de ficção científica, vive falando de Star Wars, que eu detesto. -Era a sua blusa, um dia foi, do verbo não é mais.

Respondi sem nem olhar nos olhos dela, pois estava ocupada demais no twitter.

-E como sempre, além de anti social, continua delicada como coice de mula.

Disse Pietro. Pietro Augustus Hydeh, mais conhecido como "manezão" , um cara que tinha tudo para ser descolado, beleza, cabelo, voz, mas optou por se tornar um nerd magricelo que usa a blusa por dentro das calças. - Acho que já podemos ir pra sala, lá tem wi fi. 

Eu disse porque as líderes de torcida e os jogadores já estavam chegando, e eu não os suporto. Então, eu, Marie e Pietro fomos para dentro da escola, para vermos os horários, e como em todos os anos, nós caímos nas mesmas turmas de todas as matérias. Parecia até brincadeira, mas sempre ficamos juntos. Então fomos para a aula de biologia. E como sempre, sentamos nas primeiras carteiras, Marie e Pietro ficaram falando sobre livros e filmes, jogos e essas coisas. Nada disso me interessa, então coloquei meus fones, e fiquei ouvindo música. Os alunos começaram a entrar na sala, os populares, os nerds, os burros, os desinteressados... Cerca de uns 25 alunos depois, entrou uma menina, com os cabelos castanhos e lisos, branca como a neve, um olhar que penetrava dentro de mim e arrancava um pedaço do meu coração. Eu não consegui nem piscar, ela olhou pra mim por uns 15 segundos (ou menos, quando se fixa o olhar em uma pessoa assim, parece que o tempo para, é bem bizarro) e sorriu para mim, mas que sorriso lindo ela tinha.

Ela sentou bem no fundo da sala, meu coração acelerou, e quando retomei a consciência, Marie estava me chamando. -Voltou a si?

Ela disse olhando para mim, eu achava engraçado quando ela olhava fixamente pra mim, os olhos dela ficavam enormes atrás daqueles óculos. -O que foi? Uma pessoa não pode mais se concentrar em uma música?

Não tinha a menor condição de falar que fiquei levemente fissurada por aquela garota. -O professor já está na sala não reparou? Tira esse fone.

Marie disse. Aquilo me irritava profundamente. Ela achava que todos deveriam ser tão estudiosos quanto ela, o que no meu caso, nunca vai acontecer, eu odeio estudar. Eu resolvi tirar os fones do ouvido e tentar prestar atenção na aula, afinal  ainda era o primeiro dia de aula, e eu não conhecia boa parte dos professores.

Bem na frente do quadro negro, havia um homenzinho, ele era pequeno, parecia ter uns 1,50 de altura, usava um jaleco branco, era careca e tinha uma barba por fazer. Ele ficou parado ali, olhando pra turma, pensei que tinha dado um "piripaque". Foi aí que ele resolveu falar. -Bom dia senhores.

Aquela pequena frase, foi o suficiente, a voz dele ecoou como um trovão na sala. Era uma voz grossa e potente. - Vader é você?

Eu susurrei para Marie que quase não conteve a risada. A turma ficou em silêncio, parecia que alguém acabara de morrer ali.

-Meu nome é Francis Palpatine, serei seu professor de biologia...

E enquanto ele falava, eu não conseguia parar de pensar naquela garota, o que é bem estranho. Ela é tão linda. Eu fiquei olhando fixamente pela janela, e fiquei pensando em tantas coisas, que acabei me esquecendo da aula, mas o professor não. -Senhorita Miles?

Ele me chamou, e eu logo voltei a mim.

-Poderia repetir o que eu acabei de dizer?

Eu não fazia a menor ideia do que ele tinha dito. -Me desculpe Senhor Palpatine, eu me destraí um pouco. Eu disse.

-Então, por quê a senhorita  não aproveita e dá um passeio lá fora?

Nunca, em toda a história da minha, eu tinha sido colocada para fora de sala, mas infelizmente, tudo tem a primeira vez. Peguei minha mochila e saí, não foi uma sensação boa, mas pelo menos posso mexer no celular sem me preocupar com nada. Depois de procurar um bom lugar, sentei em um banco de madeira de frente para uma janela, que por coincidência, era a janela da minha sala. Tentei prestar atenção na aula, mas era bem difícil. Minha mente estava a mil, pensando em um monte de coisa, e principalmente naquela menina, fiquei sentada lá por uns quarenta e cinco minutos, pensando e imaginando coisas, e minha bunda já estava doendo. Olhei para o professor, e ele estava sentado, mandei uma mensagem para Pietro.

"O que o professor está fazendo?"

"Ele vai fazer chamada. Por que?"

Ele respondeu. Levantei do banco e fui agachada até a janela, tentando ouvir a chamada.

"Alex."

"Presente!"

"Alice"

"Aqui!"

E assim foi, passaram quase todos os nomes, e minhas pernas já estavam dormentes.

"Marie Annie"

"Presente!"

"Marcus"

"Eu!"

"Noah Grace"

"Presente!"

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⏰ Última atualização: May 12, 2015 ⏰

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