So Far Away - Drarry

But you know, you know, you know

Recomendo ler esse capítulo escutando a música Secret love song da Little mix

Boa leitura

Harry Pov:

Os dias haviam se passado rápido demais, eu estava em uma completa mistura de empolgação e ansiedade naquele momento, pois no dia anterior eu havia recebido a notícia de que a organização da exposição decidiu fazer um baile de máscaras para tornar tudo um pouco mais divertido, eu achei a ideia incrível pois como o tema era emoções, estávamos tirando a capacidade de sabermos quem somos para poder viver aquele momento e isso era completamente genial.

No momento eu me encontrava em meu apartamento, onde eu me preparava para a grande noite, eu havia dado folga para as meninas hoje pois elas trabalharam duro durante todos os dias e mereciam um momento para cuidarem delas mesmas antes do nosso grande espetáculo. Eu havia preparado um almoço mais refinado para mim, queria me mimar um pouco naquele dia, eu decidi comer na varanda pois, adorava a vista que meu apartamento tinha para um pequeno parque onde havia um lago que me trazia muitas lembranças, eu coloquei a música que escutava todos os dias sem parar, pois era o meu jeito de sentir que ele ainda estava aqui, eu sorri com esse pensamento e comecei a comer enquanto apreciava a paisagem.

Em um determinado momento, eu me peguei olhando para um casal que estava correndo em direção ao lago, onde a menina parecia fugir para que seu parceiro a pegasse e isso me causou um dejá vu, eu fiquei paralisado por um momento só assistindo a cena e quando eles caíram rindo no chão, eu não pude evitar de fechar os olhos e me recordar da noite no parque de diversões, eu conseguia lembrar de sua voz dizendo palavras doces, do seu sorriso gentil e da sua risada que soava como a melodia mais linda que eu já havia escutado, eu me lembrava de todos os seus traços, me lembrava daquela noite a todos os momentos e quando eu abri os olhos naquele momento, eu só conseguir ter uma pergunta para o universo

"Eu verei meu amor de novo?"

Eu disse olhando para o céu como se esperasse alguma resposta, eu apertei minha pulseira pois isso sempre me acalmava e respirei fundo, eu sabia que eu nunca deixaria de procura-lo, eu faria de tudo para ter meu amor de volta, claro que havia medo dele não se lembrar de mim ou ter seguido sua vida durante todo esse tempo, mas em contrapartida existia a esperança de que ele ainda me amasse daquela forma que me mostrou naquela noite, ele prometeu que iriamos nos casar de verdade algum dia e eu lutava para encontra-lo todos os dias para poder finalmente realizarmos isso.

Sabia que muitas pessoas em meu lugar já teriam perdido a esperança, mas não eu, pois o amor que eu sinto até hoje queimando dentro de mim, me diz que tudo isso irá durar até meu último suspiro. Eu me levantei para retornar para dentro de casa e suspirei mais uma vez, eu sabia onde seria a exposição, eu pensava que o destino gostava de brincar comigo, pois não bastava ser no mesmo museu, a minha exposição seria feita na mesma sala onde eu e ele supostamente nos casamos e eu sentia todo o meu ser borbulhar com essa ideia, pois eu voltaria lá depois de tantos anos para mostrar minhas obras que transmitem o amor, realmente alguém no universo gostava de se divertir as minhas custas.

Depois de arrumar a cozinha com toda bagunça que eu havia feito, decidi relaxar um pouco, pois eu precisaria estar o mais calmo para não surtar em nenhum momento, então me dirigi até meu pequeno ateliê que havia construído em meu apartamento e decidi deixar meus sentimentos saírem através de desenhos como eu sempre fiz, eu apenas relaxei o corpo e posicionei o lápis sob o papel em branco, não sabia ao certo o que sairia, mas eu não me importava no momento, eu sabia que dentro do meu ser algo precisava se libertar.

Muito tempo se passou e eu tentava reconhecer os traços que havia feito no papel, mas sabia que ainda faltava muito para terminar, eu estiquei um pouco os dedos e minha atenção foi roubada quando uma música que eu sempre cantei na adolescência começou a tocar e parece que era isso que faltava, pois os traços começaram a dar vida a algo, o lápis deslizava pelo papel como se soubesse exatamente o caminho que deveria percorrer, meu corpo todo pulsava, meu coração acelerava a cada momento que a música ficava mais intensa e quando chegou no refrão eu não pude me conter.