¨4¨

33 3 1
                                    

     -Pessoal, vou passar um trabalho que  vai ser em dupla -anuncia o professor - Sou eu que escolho - todos reclamam  -A primeira dupla vai ser juliano e Carla

 -Tomara que nos fique juntas - Marilía cochicha ao meu lado 

 -Marilía e Bianca - Anota o professor em seu tablet e a mesma fingi desmaio

-Calma não tem como ficar pior -falo

-Guilherme e Amanda - anuncia o professor

-Agora tem - fala a loirinha de braços cruzados

                                                                   ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

         O tema do trabalho vai ser Estresse pós-traumático, um assunto bem especifico para minha dupla, e pior que temos que nos aturar depois da briga que tivemos.

      -Se quiser a gente pode fazer o trabalho na minha  casa -oferece ele  -Se quiser

     -Pode ser, as 14 horas pode ser? -concorda com a cabeça -Certo então 

    -Então é isso -diz com tristeza ,aparentando que quer falar algo

                                                ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Estou em sua porta do apartamento, esperando de depois de bater, e sou atendida pelo mesmo que está com uma roupa casual, e cabelos sem finalizar, mas mesmo assim  ainda estão bonitos

-Bem vinda -dar um espaço para entrar 

-Eu estava pensando em você fazer a pesquisa, e eu fazer os slides e colocar as imagens -  me sento na mesa de jantar , e pego o notebook da minha bolsa mas deparo com uma pesquisa impressa pronta  -Você já fez isso?

-Eu já imaginava  que você mandaria fazer isso -olha para os papeis - então adiantei

-Você não está muito bem né?-começo a escrever no meu computador

-Como sabe? -pergunta 

-Seu comportamento está triste, olheiras  está bem marcada -encaro -quer desabafar?

-Você mesmo disse que você não tem a ver com meus ''problemas'' -faz gesto de entre aspas

-Se eu quero ser terapeuta, preciso saber dos seus problemas - continuo digitando -e me desculpe por falar isso, estava nervosa

-Me desculpe também, fui muito perturbado e me arrependi de estar conversando do que estudando -olha para o chão

-Olha eu já acabei de escrever, só precisa de imagens -fecho o notebook -Apenas desabafe

-Primeiro é a Lídia, ela as vezes não me ouve, só fala da vida perfeita dela  -suspira - E quando eu quero desabafar com ela, só me ignora -Seus olhos começam a encher de lagrimas -Não posso chorar -Respira fundo

-E por que ainda está com ela? -pergunto

-Porque de, acordo com meu pai, ela é do meu ''nível'', ou seja, Rica, bonita, inteligente -conta nos dedos - Só estou cansado disso - Suspira -E meu pai, só coloca pressão em mim para eu ser igual a ele, ao contrario dele, eu só queria ser Professor -Limpa o olho -Não posso chorar 

-Vem -puxo para meu ombro -Apenas chore, se segurar vai doer ainda mais 

   E foi isso que ele fez, seu choro era  silencioso, a dor era tão forte que não largava a minha mão de jeito nenhum, Não importava o quanto suas lagrimas molhavam minha blusa verde, apenas precisava chorar 

 -Desculpa, isso está sendo muito frágil vindo de mim -limpa as lagrimas 

-Eu te entendo, e  você não é frágil - limpo uma das suas lagrimas -Homem também sofre quanto mulher 

-Só precisava  tirar toda dor que estava dentro de mim -seus olhos estavam vermelhos

-E o melhor remédio para isso, é ficar um pouco sozinho -pego as minhas coisas -Eu vou indo, eu sei onde é a saída

-Amanda -me viro para ouvi -lo  -Obrigada

-De nada -eu saio -Até amanha










Um amor da mesma corOnde histórias criam vida. Descubra agora