No Carro.

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Demorei,mas tô aqui!


"Melhor parar de pensar nisso",falei para mim mesma. Os clientes foram chegando e eu achei uma ótima oportunidade para me distrair,até que...

— Sophia? A olho.

— Aí,que ótimo! Por que viemos aqui,Samanta? Tem tantos lugares melhores. Fala me dando olhares de nojo.

— Olha,eu estou aqui como garçonete,ok? Então me trate de forma profissional. Falo para Sophia.

— O que tá rolando entre vocês duas? Samanta pergunta.

— Como assim? Eu nem conheço essa garota. Sophia fala ignorando a minha presença.

— Conhece sim,nós duas somos melhores amigas! Rebato me posicionando.

Eu iria falar mais coisas,porém,pensei que seria uma péssima ideia e isso causaria a minha demissão. Dou um suspiro pesado e volto para trás do balcão onde eu fico ,vendo a Ny atender os clientes sem problemas,já que eram poucos. A mesma me entregava os pedidos e eu preparava até que a circulação de pessoas por lá acalmou.

— Eu vi a treta lá na mesa 4. Ny fala vindo até mim.

— Sério? Eu quero esquecer isso... Suspiro. Sophia nunca foi assim,sempre priorizou nossa amizade mesmo namorando o Felipe. Agora,parece que prefere ele do que eu.

— Talvez ele tenha feito alguma macumba e jogou na coitada. Ri. Não quero debochar da sua situação,mas te dou um conselho;espera essa situação esfriar e os nervos dela se acalmarem. Se for resolver alguma coisa por agora,talvez acabe complicando ainda mais.

— Você acha? Ela afirma que sim.  Vou seguir seu conselho,espero que esteja certa.

As horas se passaram e o restaurante ficava lotado. Os clientes chegaram a pedir mesas emprestadas de outros lugares por conta da aglomeração e falta de assentos no local. Hoje foi o meu dia de sorte.

— O que acharam do lance? Pergunto ao um grupo de adolescentes.

— Tava incrível!! Vou vir aqui mais vezes. Uma garota morena,de cabelo cacheado fala com um sorriso nos lábios.

— Obrigada! Irei adorar te atender novamente. Vão com cuidado!

Observo os adolescentes saírem do restaurante e vou fechar as portas,era nosso horário de almoço. Nós almoçamos dentro do restaurante,fazendo nossa própria comida.

— Ainda me pergunto se isso realmente é legal de se fazer. Falo enquanto frito a carne.

— Aí,Jacque! Exclama Ny. Eu já fiz isso várias vezes e a chefe não brigou,fica tranquila.

— Ela deve ter descontado do seu salário e você não percebeu. Solto uma risada.

Deus me livre, não diga isso! Ri. Vai querer tomate?

A pergunta de Ny me fez lembrar do Lucas,ele não gostava de tomate. Acabo rindo dos meus pensamentos e a minha colega me olha confusa.

— Tá rindo do que? Pergunta curiosa.

— Nada não,e descarta o tomate. Não põe ele no meu lance. Respondo controlando a risada.

— Tá bom. Algo mais?

— Me surpreenda. A olho sorrindo.

— Garota ,tá tudo bem com você?

Ny se aproxima de mim me analisando enquanto fazia uma careta engraçada. Solto uma risada alta fazendo com que Ny se assustasse.

— Eita! Tá bem não,quer ir no médico? Ri.

— Desculpa. Respiro fundo. Eu comi o lance que estava na sua bolsa hoje mais cedo porque fiquei com fome,estava uma delícia. Por isso,eu disse "me surpreenda",foi o melhor lance que eu já comi.

— Então foi por isso que eu procurei e não encontrei! Sua safada descarada! Deposita um tapa fraco em meu braço.

Nós rimos e comemos,Ny era uma boa pessoa e eu me senti bem a vontade com ela,podendo esquecer da briga que tive com Sophia...

(Quebra de tempo)

Hoje era meu dia de fechar o restaurante e assim eu fiz. Quando tranquei as portas por completo ouvi som de buzina de carro,ao olhar para trás vi Lucas sorrindo me olhando. Meu coração começou a errar as batidas ficando acelerado. Não sei se foi por causa do susto que tomei,ou se foi por vê-lo.

— O que faz aqui essa hora,Lucas? Pergunto me aproximando do veículo.

— Vim te buscar. Não é bom andar sozinha e nesse horário,Jacque. Entra aí. Fala destrancando a porta do banco de passageiros.

Apenas o obedeço entrando no veículo. Fecho a porta e Lucas da a partida rumo ao prédio onde moramos.

— E a Sophia? Vai falar com ela? Pergunta sem tirar atenção da estrada.

Eu encontrei ela no restaurante. Sophia me tratou muito mal,e estava com uma garota chamada Samanta. Ela nunca me falou sobre essa tal Samanta. Comento olhando através da janela do carro.

— Será que ela não quer fazer ciúmes em você?

Estávamos parados dentro do carro,o semáforo brilhava uma luz vermelha indicando que apenas pedestres podiam passar. Lucas aproveitou para me olhar e eu fiz o mesmo.

— Ciúmes? O olho confusa.

— Sim,para você pensar que foi trocada e ir implorar por perdão. É só minha opinião.

— Pode ser que esteja certo...

Um silêncio pairou no ar deixando o clima desconfortável,mas ao mesmo tempo,bom. Eu e Lucas trocamos olhares e alguns sorrisos bobos. O sinal ainda estava vermelho e estar parada me deixou constrangida.

— Tá tudo bem? Lucas pergunta me vendo balançar a perna.

— Sim,mas tá demorando né?

— Verdade. As pessoas andam muito devagar. Fala as observando atravessar.

Respiro fundo sentindo um nervosismo grande,meu coração acelerava cada vez mais e eu senti um enorme desejo de beijar Lucas. Para afastar os pensamentos eróticos que passavam pela minha cabeça fico sem manter contato visual. A coisa só esquentou mais quando Lucas colocou sua mão na minha coxa,dando uma apertada leve como se quisesse me provocar,já sabendo o que eu sentia...

— Lucas... O chamo fazendo o mesmo olhar para mim.

— Algum problema eu tocar na sua coxa? Fala apertando mais.

Mordo os lábios suspirando fundo, eu estava criando coragem para fazer algo,mas o fogo que eu senti falou mais alto.
Aproveitei que o sinal estava vermelho e sentei no colo de Lucas ,o olho por um momento vendo o mesmo sorrir. Vou dando beijos pelo seu pescoço enquanto Olioti passava sua mão pela minha coxa indo até as nádegas.

— Vai ser aqui no carro mesmo?

𝐿𝑢𝑐𝑎𝑠 𝑂𝑙𝑖𝑜𝑡𝑖 » 𝑀𝑒𝑢 𝑉𝑖𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora