o sequestro

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Como uma pessoa que mora sozinha eu acordei tarde hoje, raramente acontece, mas tinha tudo planejado para o resto do dia, fui à academia, fiz uma limpeza no meu apartamento logo após o almoço e fui assistir algo na tv.

Mais para o final da tarde planejei ir ao parque central da cidade como eu sempre faço, tomei um banho e botei meu vestido azul curto e com mangas longas e saí. Não levei nada fora 3 libras para um sorvete e como minha fechadura do apartamento é por digital, facilita muito quando quero sair de casa sem nada.

O percurso não é tão perto então estou caminhando por um tempo, geralmente eu pego metrô para ir, porém hoje foi uma exceção.
Andando mais à frente querendo cortar caminho entrei em uma rua não muito movimentada, não tinha quase ninguém na verdade e estava quase escurecendo. Eu estava quase no fim da rua prestes a dobrar à esquina para sair na avenida quando senti alguém atrás de mim botando um pano sobre meu nariz e boca e me senti completamente entorpecida, a escuridão tomando conta dos meus olhos e minha mente se apagou.

Acordando está manhã percebo que estou em um ambiente desconhecido, deitada em uma cama que nem é minha, não lembrava daqui, minha mente está turva e uma tenho dor de cabeça inquieta.
Tudo oque lembro era que eu estava caminhando em direção ao parque ontem.

Levantei-me da cama lentamente e fiquei sentada por causa da dor e dei uma olhada em volta, é uma casa pequena de um andar só, é um espaço todo aberto.

Me assustei quando percebi um homem loiro/castanho forte de olhos azuis e cabelo meio comprido amarrado sentado diante a uma mesa bebendo algo, ele estava me observando. "Você deve estar se perguntando onde você está e o que aconteceu, não é?"

Eu olhei para meu corpo me certificando que ainda estava com as minhas roupas no corpo, agradecendo por não ter sido abusada.

Eu não respondi e o homem falou novamente "eu te dopei ontem na rua e te trouxe para a minha casa aqui no interior". Ele se levantou e começou a andar até mim. Agora percebi o quão alto ele era, diria 1,86.

Minha cabeça está confusa "quem você pensa que é e porque me sequestrou? Por favor me diga, não há razões óbvi—" ele me silenciou botando o dedo frio na minha boca e deslizando ele para o meu queixo, me fazendo olhar para ele nos olhos, os meus bem abertos.

"Cala a merda da boca, mulher, não interessa, eu tenho meus motivos, eu só quero que você se comporte porque você está em minhas mãos e sob meus cuidados a partir de agora, você é minha." Ele disse.

...o que??

O homem se levantou para pegar alguma coisa em uma gaveta. O medo de ser morta por ele subiu em mim como um raio e eu fiquei branca de medo.

"Por favor me deixe ir, eu não sei o que você quer fazer ou planeja comigo, posso te dar qualquer coisa que você quiser, só me deixe ir por favor—" minha voz ficou fraca e eu quebrei em lágrimas de desespero.

Ele ignorou.

Eu estava com medo dele fazer alguma coisa comigo se eu ousasse a me levantar da cama. Como se ele lesse meus pensamentos ele falou de costas para mim "não ouse levantar dessa cama moça, eu não te dei permissão para ficar andando pela casa ainda". Mas eu me levantei e fiquei parada, meio que desafiando-o. Ele me olhou sério "senta agora porra ou se não eu vou ter que te algemar" disse em um tom grosso.

Eu fiquei sentada e vi que ele pegou um frasco de clorofórmio e jogou um pouco do líquido sobre um pano, foi oque ele usou para me dopar, e caminhou até mim novamente dizendo "eu só vou usar isso em você mais uma vez porque tenho coisas a resolver, quando eu voltar eu te dou alguma coisa para comer e vejamos oque farei com você."

Porque você quer que eu seja sua?Onde histórias criam vida. Descubra agora