Just one Night 2 temporada

F o u r t e e n

                      
                         𝐈𝐙𝐀𝐍𝐀 𝐊𝐔𝐑𝐎𝐊𝐀𝐖𝐀

Avião decolou em Tokyo e pela janela olhando a pista de voo já faz meu coração saltar. Sinto o sangue fervendo dentro de mim. Voltar para essa vida. Ao mesmo tempo que me faz me sentir vivo novamente, sinto que estou andando para trás novamente. Mas o fato de ela estar ao meu lado, me deixa mais aliviado, não queria ter que escolher entre os dois.

Apesar do que Yuzuha disse que ele não cuidou dela esses dois anos, mas esse foi o trato que fizemos. Quando eu conversei com o Mikey, ele me deu essa ideia, dizendo que seria melhor para nós dois e que ele olharia ela. Tanto que quando realmente me fingi de morto, me desliguei totalmente dela.

Descemos do avião e meu celular já começou a vibrar de mensagens. Ela estava tão linda, a última foto que vi dela na conexão. Ela estava em uma festa com a Yuzu. Tinha mensagem do Baji, me avisando que lá os caras estavam dando em cima dela.

Mas ela é minha. Nem me preocupo.

— Yuzuha acha que ela está grávida. — Kakucho fala enquanto pegamos a mala.

— Eu também acho .! — abro um sorriso — Os seios dela estão maiores. — ele concorda.

— Também reparei — fecho minha cara para ele na hora e ele da risada — É brincadeira cara, até parece.

— Eu arrebento você .! — ele revira os olhos — Ou te mato.

— Cara .! — ele da risada — Mas você não acha arriscado ter voltado e ela estar mesmo ? — nego com a cabeça.

— Embora o Mikey esteja com problemas, não acredito que é sério, Terano está preso, ela não está em perigo.

Saímos do aeroporto, não tínhamos carro ainda, mas íamos alugar um enquanto nos instalamos aqui de volta. Por sorte tinha uma agência aqui do lado. Kakucho já deixou tudo preparado e só iríamos pegar a chaves. Mikey disse que viria nos buscar, mas prefiro andar pela cidade primeiro antes que eu encontrar ele. Também queria ver um apartamento para nós. Mikey me mandou os documentos de uma cobertura. Por sorte Kakucho também ficaria comigo. Mas antes vou ver se precisa de algo e contratar seguranças. Quero resolver tudo hoje e amanhã mandar ela vir para cá.

Entramos no carro que ele alugou, e ele colocou no GPS apesar de sempre ter vivido aqui, era tudo muito novo, tinha alguns prédios novos, a cidade estava mais bonita.

— Nossa parece que não venho aqui a anos ! — Kakucho da risada.

— Muita coisa mudou aqui

— Vamos encontrar o Mikey ou primeiro vamos para a cobertura ? Yuzu está me mandando mensagem.

— O que ela quer ?

— [nome] não está muito bem — ele hesita em falar e eu sinto meu corpo gelar — Mas não é nada muito grave, apenas enjoou, é acho que realmente, parabéns papai.

Não respondo nada, apenas sorrio, Kakucho passou por uma avenida que tinha loja de bebê, olhei rápido, mas já fez meu coração disparar. Eu estava feliz. No caminho de volta para a cidade, resolvi passar no cemitério. Me surgiu uma curiosidade para ver minha lápide. Mórbido para caralho eu sei. Kakucho não discutiu, apenas dirigiu até chegar no estacionamento. Desço do carro e até o ar daqui era mais frio. Respiro fundo fechando os olhos mas abro rápido.

Entramos dentro, começamos a andar em silêncio olhando algumas lápides. Algumas crianças, outros bebês. Alguns idosos e outros adolescente. Quando paro em frente ao meu nome. Kakucho para ao meu lado. Ficamos nos dois encarando e com a mão no bolso.