Espírito?

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— Bom parece que o endereço é daqui mesmo — disse Tanjiro olhando para uma pequena placa em frente a uma enorme casa — Oi! Com licença? — gritou batendo a portão, ele conseguiu ouvir alguns passos no interior dos muros, até que a entrada fosse aberta por um senhor

— Ah, bom dia meus jovens? — disse sem entender muito bem, fitando os três garotos, um pouco confuso — como posso ajudar vocês?

— Bom dia! Gostaríamos de falar com o senhor Takahashi Haru. Recebemos um comunicado sobre ele e queríamos falar com ele diretamente.

— Bom, o jovem mestre esta muito cansado, mas acho que não se importaria muito de recebe-los. Por favor, entrem. — disse saindo da frente

Os três garotos seguiram o senhor a uma certa distância, até que foram pedidos para que se sentassem em uma pequena sala para esperar. Tanjiro se concentrou em observar seus arredores, a sala era relativamente bem decorada com algumas plantas em vasos azuis, assim como a mesa era bem posta com algumas flores vermelhas em cima.

— Esse cara tem dinheiro — ele ouviu Inosuke comentar, dando um peteleco em uma das plantas

Tanjiro se manteve sentado, não prestando muita atenção em Zenitsu que já censurava a atitude do amigo. O garoto de hatori verde sentiu o corpo arrepiar quando um cheiro muito familiar lhe invadiu as narinas, cortando como pequenas facas de gelo, cheiro de oni.

— Mil perdões pela demora — disse um menino franzino que entrou na sala com o olhar levemente abatido. Não aparentava ser muito mais velho do que ele, porém já se portava como um homem amadurecido — eu não esperava ter visitantes. Sou Takahashi Haru, e vocês são?

— Sou Kamado Tanjiro senhor! E esses são meus companheiros Zenitsu e Inosuke. — O olhar de Tanjiro caiu sobre  uma pequena fita vermelha que se prendia ao redor do pulso do menino que parecia ser a fonte do cheiro

Haru solicitou que o seu criado fizesse um chá para o grupo, deixando os quatro a sós.

— Como eu posso lhes ajudar? — perguntou sério

— Bom nós fomos chamados por aqui pois estão acontecendo alguns desaparecimentos suspeitos, o senhor foi raptado alguns dias atrás mas voltou sem algum ferimento. Poderia nos contar como isso aconteceu?

— Bom... — começou o menino — Eu não me lembro muito ao certo, mas na noite quem me raptou foi uma garota muito bonita, ela me arrastou para a floreta e quando me dei certo eu estava em uma enorme casa, bem maior que a minha... Lá dentro, disseram que eu seria a próxima refeição do "pai", e assim eu tive certeza que algo estava errado. — Haru mexeu na pequena pulseira, aumentando o cheiro que já estava começando a enojar Tanjiro — Naquela hora eu senti tanto medo, só consegui me lembrar de como a minha mãe ficaria sem mim. Nesse momento eu fui abandonado naquele lugar, não tenho noção de quanto tempo se passou, mas em algum momento me forçaram a trocar de roupa, para ser servido como comida, havia tanta gente... Mas antes que ele... aquela... coisa... me pegasse, eu me senti envolvido por um abraço gentil, antes mesmo que pudesse entender o que estava acontecendo estava em um quarto completamente diferente da casa, onde uma kitsune de cabelos prateados e com roupa de noiva me observava. Me deu essa pulseira e falou que ganharia tempo e que era pra eu correr para longe e não olhar para trás... Eu apenas fui... Corri e não olhei para trás...

Os meninos se entre olharam como se já soubessem do que se tratava.

— Senhor Takahashi, se importa de nos dar essa pulseira para procurarmos essa kitsune? — Perguntou Tanjiro cuidadosamente. Haru pareceu relutante, mas logo entregou a pulseira para ele

— Tenho certeza que é um oni! — Disse Tanjiro — Isso aqui tem o cheiro muito forte, o oni deveria estar guardando ele pra comer mais tarde.

— Eu sinceramente não sei o que da mais medo, um oni ou um espírito! — lamentou Zenitsu antes de tomar um soco de Inosuke — POR QUE VOCÊ FEZ ISSO SEU PORCO ESTÚPIDO!?

Demon Slayer - A Moça Atrás da Máscara de HannyaOnde histórias criam vida. Descubra agora