Era sábado e na noite anterior Ilgaz e Ceylin decidiram que o melhor horário para irem ao supermercado seria logo pela manhã, acontece que a morena estava com muita dificuldade em acordar para essa tarefa.
— Vamos Ceylin, acorda. Já são quase 9h! Não tínhamos combinado de ir bem cedinho pra aproveitarmos o resto do dia?
— Você tem essa disposição porque não tem um ser se alimentando de toda sua energia vital. Eu não vou levantar agora, se quiser pode ir sozinho.
— Ok! Vou sozinho então e aproveito pra comer pilafe na rua, depois tomo um sorvetinho na orla e com certeza devo parar e comer um baklava.
Ceylin deu um salto e levantou de uma só vez da cama, seu ponto fraco ultimamente eram as comidas e Ilgaz sabia disso.
— Golpe baixíssimo, Sr. Promotor. — O encarou com
Olhos semi-cerrados — Haverá retaliação. — Ilgaz se limitou a rir e sentou na cama esperando que a mulher trocasse de roupa.Ceylin estava indecisa em qual roupa escolher e usava somente seu conjunto de calcinha e sutiã. A barriga já começava a aparecer de forma muito discreta. Ela e Ilgaz perdiam tempo juntos na cama, olhando para aquela pequena protuberância e conversando com aquele bebezinho ali dentro.
— As roupas estão ficando pequenas. — Ceylin bufou.
— Na verdade as roupas estão do mesmo tamanho, querida.
— Ilgaz!!!!!!!
— Mas você nunca esteve mais linda, é como se o sol estivesse dentro de você. — Ele tinha um olhar terno ao falar isso e a abraçou por trás, dando uma leve mordida em sua orelha.
— Mentiroso!
Um tempo depois estavam os dois no mercado, providenciando as compras da casa. Todo mês era a mesma coisa, Ceylin sempre queria encher o carrinho de guloseimas e Ilgaz, apesar de preferir comida de verdade, não se importava com as escolhas da advogada.
— Hummmmm! Esse chocolate é delicioso. — Já tinha colocado 5 barras no carrinho e estava esticada na ponta dos pés pegando mais 2.
— Você está pensando em distribuir chocolates esse mês?
— Claro que não.
— Pra que tudo isso, então?
— Porque eu quero! — Ceylin andava sem paciência, não queria ser controlada nos seus desejos.
— Melhor levar só 1, você já ouviu falar em diabetes gestacional? Quero que vocês fiquem bem. — O promotor explicou pacientemente.
— Você tá muito chato. — Falou enquanto devolvia uma parte dos chocolates e revirava os olhos — Nem eu, nem você. Vou levar 3.
— 2 Ceylin... — Saiu andando com o carrinho.
Depois que tinham conseguido provar a inocência de Ilgaz, Eren e Pars, finalmente parecia que a vida entrava no eixo. Era bem verdade que Ceylin andava muito sensível, todo aquele papo de alteração hormonal era vivido na pele pelo promotor. Alguns dias até seus pensamentos eram motivos pra ela chorar, ou querer tacar objetos nele, ou simplesmente querer fazer amor. Na maioria das vezes ele se divertia com a situação.
Ceylin estava procurando o marido com o carrinho, ela estava com os braços cheios de produtos que havia pegado pelo caminho. Quando chegou na sessão destinada aos produtos de limpeza, notou que havia uma loira de vinte e poucos anos praticamente grudada em Ilgaz, parece que ele explicava algo sobre um produto a ela, enquanto a mulher cravava os olhos nele. Bem lentamente foi se aproximando, nada diferente do que ela já tinha certeza, o marido falava com a jovem sem demonstrar qualquer interesse, apenas era educado e solícito. Ceylin sempre admirou o caráter do esposo, não existia uma pessoa mais honesta que ele. Não acredito que essa cara de pau não notou essa aliança enorme no dedo do Ilgaz e muito menos que ele está falando todo formal com ela. Por que essa voz melodiosa, querida?
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Pequenas Aventuras - Yargi
FanfictionPequenas historias cotidianas após o casamento e antes do tão temido "6 meses depois".