Vejo um violão, ele também me vê. Olho para ele abandonado em cima da prateleira, o brilho em seu corpo já não existe; ele está coberto pela poeira, coberto pelo tempo. Suas cordas já não produzem um som bonito e agradável.
Vejo um violão, ele também me vê. Toca-lo já não é prazeroso, não sinto a vibração poética de antes, suas notas já não fazem sentido para mim. Seu som não produz a mesma melodia, olho para ele e sinto uma tristeza exorbitante.
Vejo um violão, ele também me vê. Ele me olha e pensa exatamente o mesmo sobre mim, e ele tem toda razão.