Prólogo

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Bem vindos Abacaxis!

Estou tão feliz em estar de férias, eu estou com tempo para todas as minhas fanfics, e todas as novas atualizações.

Espero que vocês gostem dessa fanfic, ela é bem mais intensa e sentimental do que as outras, mas tão legal quanto.

Eu falo com vocês no próximo capítulo para não deixar spoiler escapar.

Um beijo, e boa leitura abacaxis! 🍍💛

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Amar o triunfo da vida é uma tarefa difícil.

Amar cada problema e questões de segundos que te corrompem, que te destroem, sempre será uma tarefa difícil. Isso exige mais do que a capacidade humana é capaz de prever, mais do que ela é capaz de realizar. 

Amar alguém, não depende unicamente do seu bem estar. Certas vezes, a emoção nem sempre é boa. Ela pode ser medrosa, ansiosa e talvez angustiante.

Nós não fomos feitos para amar. O jovem não foi feito para amar. O humano não foi criado para descobrir a paixão, para se questionar a euforia, e conhecer as divindades do amor. Somos máquinas do tempo, com alguns passatempos em torno da jornada. 

Queremos compartilhar histórias e momentos, não queremos estar sozinhos, porém não queremos ceder um pedaço de nós, um pedaço da nossa história. Por isso, a maioria do amor que acreditamos, são das fantasias, do cinema, dos livros. As coisas funcionam completamente diferentes no mundo real, e nós nos realizamos e focamos em idealizações falsas, escritas por pessoas quaisquer que também querem viver a encenação. 

Amar é complicado, além de tudo te destrói.
Amar é saber que uma parte sua será destruída, será doada a outra alma, a outro coração. Isso, infelizmente, é o amor. 

E eu não sabia viver isso até os 17 anos. Eu cresci em volta de confusão, de medo, angústia, e sem nenhuma realização. Cada desejo meu era deixado de lado por mim, eu mesmo me destruía, e quando percebi já era tarde demais. 

O que me restava era lutar, correr, gritar, e ensinar ao meu amor a amar. 

E eu tentei, eu tentei me redimir comigo mesmo, eu mandei todos se fuderem para ir atrás do motivo da minha palpitação, do motivo da minha euforia, do motivo da minha alma e coração não serem mais partes de mim. Eu me doei ao errado, a dúvida, e deixei que o futuro descobrisse o que faria comigo. 

Mesmo assim eu não desisti de lutar por ele. Eu não descansei até que o mundo inteiro soubesse quem eu amava, quem eu amei, quem eu amo, quem eu sempre, para todo sempre, vou amar, não importa quantas partes de mim eu tenha que doar. 


𝑻𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒐𝒔 𝑹𝒆𝒒𝒖𝒊𝒔𝒊𝒕𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝑨𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐
[𝑷𝒓𝒐́𝒍𝒐𝒈𝒐 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝒂𝒑𝒂𝒊𝒙𝒐𝒏𝒂𝒅𝒐]

🇧 🇪 🇫 🇴 🇷 🇪 
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Eu gosto de decorar nomes, decorar títulos, decorar histórias, mas apenas as desconhecidas, aquelas às quais as pessoas não se importam, eu gosto de ser aquele o qual lhes trará esperanças novamente. 

Aprendi a ser esperto assim ainda muito novo, eu precisei crescer rápido. Eu não reparei muito nisso quando tinha 7 anos, porém eu sei disso hoje, sei como precisei amadurecer depressa, como eu precisei tentar amar os outros primeiro do que a mim. 

Mais adiante, eu não fui triste, mas também não me tornei realizado. Tinha algo faltando, sempre teve. 

Moro apenas com a minha mãe e meu irmão, eu sou o mais velho, eu precisei doar o meu tempo para a infância dos meus irmãos, eu precisei doar de mim para que minha mãe pudesse descansar ao menos 2 horas no final de semana. Eu nunca reclamei, e não vou reclamar agora, porém sei o que passei. 

Eu ainda tenho medo, de tudo, de completamente tudo, mas nunca mostro, não tenho porque mostrar. 
Eu cresci bem, eu cresci feliz, eu cresci me apaixonando.

Os únicos momentos em que minha mãe podia sorrir mais era quando estava com sua melhor amiga, Kimberly Jeon. As duas se conheceram no colégio, enfrentaram batalhas juntas e criaram uma história. 

Agora nós estamos criando a nossa. Kimberly tem 4 filhos, Selena a mais velha, Jonghee o mais novo, Taehyung o do meio, meu melhor amigo e minha primeira paixão, e por fim Jeon Jungkook, o garoto que sempre mexeu com cada partícula e sistema meu, desde o respiratório ao cardiovascular, porém nunca me deixei notar. 

Acho que com 8 anos ainda não sabemos bem como nosso corpo reage, nem como nossa mente pensa. Quando criança ainda estamos muito preocupados com a opinião alheia, e eu não as culpo, eu não me culpo apesar de tudo. A fase da infância é quando estamos à tona de tudo, descobrindo cada novas emoções horríveis e também incríveis. 

Com 8 anos eu fui para o caminho mais fácil, para o caminho da tranquilidade, da calma, onde eu podia ter paz daquelas borboletas malditas e todo o meu mal jeito angustiado. O que Taehyung me fazia sentir era bom, era agradável, o que Jungkook me fazia sentir era tenebroso, confuso e intrigante. Me deixava com medo.  Sempre deixou. 

Eu não podia me entregar completamente com 8 anos, eu não podia renegar todo meu futuro para dar a vida para aquilo, para aquela sensação ansiosa e nervosa que me tirava a razão. Eu nunca me acostumei, mas passei meus anos lutando contra qualquer atitude imprudente que eu tivesse. 

Eu era cego, completamente. Eu me via no espelho e tinha certeza do que sentia, mas quando estávamos perto era diferente, eu ainda era muito confuso e medroso para lidar com aquilo. Por isso escolhi o caminho mais fácil.

Eu não me culpo por querer fugir da confusão, de alguma maneira eu sempre soube que a primeira vez não teria mais volta, eu seria, total, completa e inteiramente dele, e eu ainda precisava lutar contra aquilo. 

Todos os anos que se passaram são vislumbres de momentos que ressaltam na minha mente quão apaixonado eu era, quão louco eu ficava. Por tanto eu ignorava tudo, todos os sinais, todas as falas, eu ignorei até o último instante, eu ignorei ao ponto de trancar em um baú com 7 chaves esperando o momento exato em que tudo iria explodir. 

Eu esperava dia após dia para poder vê-lo, para poder ouvir mais da sua voz, mais das suas provocações, mais do meu apelido nos seus lábios, mais das suas declarações, mais dele. 

Eu não sabia o quanto lutava, mesmo em silêncio, as pessoas ao meu redor sempre notavam, mas também fingiam ignorar porque tinha Taehyung.

Sempre teve Taehyung, mas sempre foi o Jungkook. 

Olhar meu passado não me traz arrependimento, mas me faz questionar a minha confusão, me faz ver o tempo perdido, me deixa perdido, hoje não sei dizer se preferia mudar tudo ou continuar as coisas do ponto de partida. 

A partida. Quando tudo começou a desandar, quando meu cotidiano começou a me forçar para enxergar, para ir atrás. Porque tudo estava mudando, nós iríamos mudar e a ideia despedaçava meu coração, o meu senso, o meu orgulho e minha sanidade. Eu estava em tempos de guerra comigo mesmo, na hora da resposta, a qual estava evitando a 16 anos, a qual eu fingia não existir todos aqueles 16 anos, mas agora ela estava a tona e meu corpo não aguentava a pressão da dúvida, da mágoa, da tristeza e do desespero, eu precisava escolher um lado e saber qual era o certo era tão fácil, me fez chorar, chorar muito. 

Porque a vida inteira Jungkook lutou por mim gritando, berrando aos sete continentes que ficaria, que me esperaria. E eu lutei por ele em silêncio, cada dia mais, temendo que ele não entendesse, mesmo que eu mesmo não conseguisse me entender. 

Agora era a minha vez de gritar também, e eu gritaria até o fim para concluir a minha jornada, em mente que ele foi realmente o meu primeiro, completo e único amor. 


𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝐴𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜
[𝑅𝑒𝑞𝑢𝑖𝑠𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑣𝑖𝑠𝑖́𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑛𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠]

Todos Os Requisitos De "Um" ApaixonadoOnde histórias criam vida. Descubra agora