Prólogo

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PRÓLOGO

Eu lembro de andar a procura da minha mãe e, em volta, o mundo já não era mais o mesmo.
Eu estava sozinho.
Andei por quilômetros porque já não haviam mais automóveis circulando por Seoul ou por suas redondezas.
Estava assustado: me vi sozinho em casa à tarde e quando fui ligar a televisão, ela não funcionava em nenhum dos canais. Eu achei que pudesse ser a antena, ou algo do tipo então nem dei tanta importância. Fui tomar meu café, mas não tinha pó e eu, viciado em café, precisava de cafeína pela manhã daquela sexta-feira.
Eu andei pelos corredores do meu prédio e, no elevador, ao entrar pela porta vi o primeiro corpo, estirado. Aquilo me apavorou, mas tentei manter a calma... Me agachei e conferi o pulso daquela jovem garota que aparentava ter uns 20 anos.
Ela estava morta.
Eu não entendi. Procurei sinais de agressão, asfixia, mas não havia nada ali a não ser por uma mordida na sua perna direita. Mas aquilo era muito estranho, então, saí e fui para o ponto de ônibus onde fiquei durante horas, até me dar conta de que nada ali viria até mim.
As ruas estavam completamente vazias. Não havia ninguém levando seus cachorros para passear, lendo jornal sentado num banco ou com pressa para trabalhar.
Os carros, os veículos, alguns haviam sido queimados e outros ainda estavam intactos. Havia fumaça de restos de veículos pelo ar, mal cheiro de alguns corpos estirados nas calçadas. Aquilo parecia um pesadelo, as pessoas que estavam na rua estavam mortas, e as que estavam vivas... Onde se encontravam?
Nem sempre as coisas foram assim.

Capa

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Capa feita por: CadelinhaDaBey

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