Trabalho fora de ordem

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Sons abafados são ouvidos pelo corredor mal iluminado do último andar do grande motel de luxo.

Se você passar por ele, verá duas portas entreabertos ladeando o corredor. Os gemidos doces e cenas depravadas vazam como água dos cômodos para o espaço aberto.

Estrategicamente no início do corredor.

Se você for uma pessoa sensata, irá recuar imediatamente, dando ao assassino, logo quatro quartos à frente, o tempo e oportunidade perfeitos para fazer seu trabalho sem ser perturbado.

O barulho de osos se partindo é inaldivel, coberto por surpitos autos de luxúria.
Sem ninguém para ouvir o pedido de socorro do homem gordo sobre a cama, o trabalho é rápido e eficiente. Sem uma única gota de sangue derramada e sem chamar atenção indesejada.

A porta do quarto 413 se abre, dando passagem para uma linda mulher sair.
Seus olhos rubis serenos, os lábios curvados em um sorriso satisfeito, suas curvas bem acentuadas por um longo vestido vermelho, com uma generosa fenda lateral, mostrando pernas torneadas e leitosas, cabelos negros alcançando a altura da cintura.

Mas algo não se encaixava.

Ela era alta. Alta de mais para uma mulher.

O corredor estava vazio. Exceto pelos casais se divertindo em seus aposentos alugados, ninguém presente para notar tal figura tão bela e intrigante.

Dois passos. Três passos. Quatro passos.
Cada segundo mais longe da cena do crime. Cada batida do salto contra o piso de madeira ficando mais fraco.

- Essa porra fica esmagando minhas bolas- A "mulher" reclama quando está a cinco quartos de distância. Enfiando a mão no vão do vestido e de forma rude puxando a calcinha, a removendo. Em seguida suas mãos voam impaciente para os cabelos, os arrancando e descartando a peruca na lata de lixo mais próxima, revelado assim cabelos cor de lavanda, levemente bagunçados.

Um som mecânico foi ouvido. O assassino olhou para cima, dando de cara com uma câmera de segurança. Mas estava fora de ficar intimidado. Soltando uma piscadela para o aparelho, ele mostrou o dedo do meio e saiu desfilando corredor a fora, em completa sintonia com os gritos da camareira que acabará de encontrar o corpo morto no quarto 413.

Ao mesmo tempo, dois homens na sala de monitoramento olhavam incrédulos para a figura.

- Eu não acredito que ele fez isso de novo. - o mais baixo dos dois bufou impaciente.

- O capitão vai ficar muito puto. Essa é a quinta vez só esse mês.

"E ele recebeu um aviso. A próxima seria afastamento."

O mais alto falava enquanto vasculhada os bolsos do segurança morto, sentado à mesa de observação.

- Fizemos nosso trabalho aqui. Apague as filmagens e queime a sala.

- Queimar. Sempre queimar as evidências. Não pode uma única vez ser diferente, Diluc?

- Ao menos que você queira queimar junto com está sala, faça logo o que eu mandei, Kaveh.

Diluc se virou para sair da sala, vagarosamente, analisando de longe se o louro iria apagar todas as gravações de maneira correta.

- Corno irritante. - murmurou Kaveh, já bastante cheio da autoridade de seu colega de trabalho.

- O que você disse?

- Oh que Caso intrigante. Ayato sempre fazendo trabalho que não é dele.

- Não interessa pra nós. Ele vai se ver com a diretoria.

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O celular do presidente da agência tocou, sendo atendido de imediato.

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