II

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Acordo e me sento bruscamente, fazendo com que me sinta tonta. Então, as minhas últimas lembranças antes de desmaiar passam pela minha cabeça e eu passo rapidamente a mão pelo meu pescoço, o qual estava com um esparadrapo. Além disso, noto que a minha mão também havia sido envolvida com um curativo.

Meu corpo estava fraco. Presumo que Laito havia me mordido e sugado meu sangue, por isso a fraqueza. Me pergunto se a Yui também está desse jeito...

Depois de me sentir física e mentalmente pronta, tentei levantar da cama. Grande erro. Assim que tentei ficar de pé, minhas pernas fraquejaram. Eu fechei os olhos, esperando a dor do impacto, mas alguém segurou o meu pulso, me impedindo de cair.

— Você está atrasada. — diz uma voz séria. Nem preciso ver para saber quem é.

Tratei de me equilibrar em meus pés e puxei meu pulso de volta. Reiji estava parado com sua postura inabalável em minha frente.

— Onde está Yui? Eles morderam ela também? — questiono, sem ligar para o que ele havia dito.

— Yui desmaiou ontem, por isso Ayato não teve a chance de mordê-la. Ela está no quarto, se arrumando, exatamente como você deveria estar fazendo agora. — reviro os olhos.

— Para onde vamos? — pergunto.

— Mas não é óbvio? Você irá para escola conosco.

Inclino a cabeça para o lado.

— Escola? Assim tão tarde? — Reiji dá um suspiro, retirando os seu óculos e massageando a região entre seus olhos.

— Você certamente é idêntica a sua irmã.  — ele murmura. — Esta é uma escola noturna. Nós não podemos tê-las vagando pelo dia apenas por serem mortais. Enquanto residirem na mansão Sagamaki, ambas devem aderir ao nosso estilo de vida. — antes que eu abrisse a boca para falar, ele levanta a mão: — Se tiver alguma reclamação, você, mais do que ninguém, está convidada a sair a qualquer momento. — dito isso, Reiji se vira e vai em direção a porta.

Assim que ele deixa o quarto, vou em direção ao uniforme que estava em cima da minha cama.

“Ele diz isso, mas no momento em que eu tentar deixar a mansão eles irão me perseguir assim como fizeram ontem.” penso, frustrada enquanto seguro o uniforme em minhas mãos.

[...]

Me arrumei em pouco tempo e saí do quarto, me encontrando com Subaru, Reiji, Kanato, Laito, Ayato e Yui na frente da mansão. Assim que avistei Yui, fui em direção à ela.

— Yui, como se sente? Machucaram você de alguma forma? — pergunto lançando alguns olhares na direção dos vampiros.

— Não, e você? O que são esses curativos? — pude ver a preocupação em seus olhos, então eu retiro o esparadrapo do pescoço torcendo para que a mordida esteja bem cicatrizada.

— Isso não é nada, viu só? — exibo meu pescoço. A expressão de Yui se torna mais suave, como se ela estivesse prendendo o fôlego.

— Ainda bem...

— Não se preocupe comigo. Você sabe, eu sou mais forte do que pareço! — exclamo fazendo-a dar um sorriso.

Nesse momento, percebo Shuu com os seus fones de ouvido caminhando despreocupadamente em nossa direção.

— Você está muito atrasado. — Reiji exclama, ajeitando os óculos de forma impaciente.

— Bem, eu já estou aqui, não é? — diz de uma forma monótona, aéreo à própria realidade.

A Irmã KomoriOnde histórias criam vida. Descubra agora