Capítulo 2

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Deco
(Diego, 38 anos)

Eu: não vai Stefane, não vai. - falo pausadamente, e repito pela segunda vez, tô cheio de merda pra resolver e ela querendo sair pra curte noite, não tô málico de deixar ela soltar por aí não, vive reclamando de andar com segurança então não sai, não confio muito em deixar ela fora das minhas assas, a vida que eu levo não permite eu dar um vacilo se quer e ter uma segunda chance, se tu vacila no crime vem uma consequência e tu vai ter que aguenta ela e pronto, não tem tempo de conserta o erro de antes

Ste: mas pai, por favor, não é nada de mais, eu juro que volto cedo, é importante pra me tá lá hoje.

Eu: eu já te dei o papo Stefane, aí querer ir com os seguranças? - pergunto o que sempre pergunto quando ela com papo de sair

Ste: eu não quero ninguém atrás de me, me vigiando o tempo todo. - ela reclama como sempre - pai por favor é o aniversário de Mirela, Só hoje? As meninas vão estranhar eu tá de segurança lá. - não tem como eu dar um vacilo desse, eu sei que ela sente falta de ser uma jovem normal mas infelizmente a vida do pai dela não permite ela ter isso

olho para ela e balanço a cabeça falando que não de novo, ela me olha e sai batendo o pé, não gostando da minha palavra final, eu sei que às vezes pego pesado mas porra, Stefane é minha vida, eu não consigo focar no que tenho que resolver sabendo que ela tá longe, que pode acontecer qualquer parada a qualquer momento com ela

Depois de muito tempo, subir para o meu quarto, tomei um banho e deitei, tô virado tem dois dias, cheio de merda pra resolver, o corpo já tava sentindo a exaustão de não ter dormido tempo o suficiente pra tá relaxado, acabei capotando e quando acordei já era noite, levanto e desço para cozinha abro a geladeira e pego uma garrafa de água, tava voltando para sala quando ouvi Stefane falando com alguém no celular

Ste: amiga, eu sei que prometi e até já tinha confirmado, mas aconteceram umas coisa e não vou ter como ir... mi eu sei que é importe, mas não vou ter como ir, depois me fala tudo, vivi vai levar uns amigos dela... - ela faz uma pausa, dou um passo para frente e entro na sala de uma vez, chamando a atenção dela, que vira me olhando, ela passa a mão na blusa e baixa a cabeça voltando a falar - vai sim é um dia importante, amanhã a gente curte juntas.. tá Tchau.

Eu: sobe e vai se arrumar, eu vou te levar. - ela me olha com os olhos brilhando depois de perceber que mudei de ideia, e ela e já abri o maior sorriso vindo correndo me abraçar - vou levar e buscar ou nada feito, e se der alguma merda e ter que vim mais cedo é para vim e pronto. - aviso já pensando se tiver algum problema e precisar ir resolver

Ste: sério? Obrigada pai -ela se vira correndo na direção da escada, observo ela e escuto ela gritando - te amo! - dou um sorrisinho de lado percebendo o quanto ela ficou feliz com a liberação da saída e subo também para tomar um banho e ligar para Alex ir ficar de olho em Stefane, até ver se não tem nada de estranho no lugar e vê que é seguro para ela ficar lá de boa, já que ela não gosta de sair com os cara na cola dela

Alex é meu irmão do coração, sempre esteve comigo mesmo quando eu não tinha nada ele tava lá dividindo o que tinha comigo, hoje ele que é o de frente da Penha, deixei lá, mas é minha ninguém sabe, mas é, só os mais chegados que são poucos e o segredo pra se manter blindado é esse ficar no escuro para as outras pessoas, ele também é o de frete da minha contenção, Disso eu não abro mão só confio nele, quando se trata de Stefane e da minha segurança só ele.

Eu: vou precisar de tu lá na pista hoje, Stefane vai sair e tu vai ficar lá meia hora, só pra vê se tá limpo. - faço uma pausa sentindo falta da maconha e continuo - ela tá se arrumando, vou levar ela não quero contenção. - olho o horário no celular e aproximo ele de novo continuando - só preciso que tu vá primeiro, dar uma checada no lugar.

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