Capítulo 4

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- Estranho né, eles tão demorando pra caramba. – Franky passou andando pelo deque do Sunny carregando uma pilha de madeira. – Eles podiam pelo menos avisar onde tão né.

- Tenho um pressentimento ruim sobre isso. – Robin diz severamente levantando o olhar do livro que lia.

- Como é? – O carpinteiro franze o cenho. – Descobriu alguma coisa estranha sobre essa ilha?

- Ainda estou fazendo algumas pesquisas, mas o que eu estou pensando estiver correto, bom, vai querer dizer que o Luffy e os outros estão com problemas. – O tom de preocupação se intensificou.

- É melhor não esperarmos pra ver então, vou me preparar e vamos procurar o Chapéu de Palha.

--*--

Enquanto isso na mansão, o chão estremeceu, janelas se quebraram e paredes trincaram com a intensidade do golpe. Tudo que se pode ver foi o enorme suposto empregado saindo voando do segundo andar e afundando no chão do salão principal. Os outros da tripulação apenas presenciaram de bocas abertas a demonstração do quanto o capitão era super-protetor com Nami. No meio tempo entre o golpe acertar e o inimigo voar longe, Luffy já havia enrolado o outro braço em volta de Nami e a puxado para ele rapidamente, milésimos de segundo antes do golpe acertar o alvo.

Aquela ação rápida gastou muita energia dele, o fazendo cair de joelhos voltando ao normal, mas ainda com Nami em seus braços, ela parecia bem assustada, tinha agarrado a camiseta que ele usava e escondeu o rosto no ombro dele, se sentia muito mais segura assim. Logo os outros chegaram ao lado deles e observaram do parapeito da escadaria o inimigo no andar de baixo, incluindo Sanji e Usopp, que retornaram pela escadaria correndo ao ouvirem barulhos estranhos.

- Caramba, acho que exagerou um pouco com o cara. – Usopp tentou brincar com a situação do sequestrador. Porém, logo todos que observavam se assustaram e ficaram paralisados, com os olhos arregalados.

- O que houve, por que estão olhando assim? – Nami perguntou mais assustada ainda, ajudando Luffy a se levantar, apoiando um dos braços dele no ombro dela.

Mas quando ela pode observar, percebeu o motivo do espanto, o inimigo lentamente se desintegrava em partículas sombrias.

- Será que isso tudo foi por causa do golpe do Luffy? – Chopper perguntou aterrorizado.

- O Luffy não consegue apagar um inimigo da existência, até onde eu saiba. Isso não foi obra dele, tem algo estranho. – Sanji retrucou.

Subitamente, palmas solitárias podiam ser ouvidas do andar de baixo e então uma risada "Kishashasha", todos se assustaram, sabiam bem a quem a risada pertencia. Da escuridão de um dos cômodos de baixo, cascos começaram a ser escutados também, para logo ser visível o javali de estimação do conde, e ele propriamente dito, montado numa cela de couro em cima do animal, ele notavelmente estava com uma expressão diferente, perversa.

- Como esperado do poder de um Imperador dos Mares, belo golpe de fato, acabou com um dos meus servos rapidamente. Eu não esperava que você fosse se importar tanto com a garota, no entanto...

- Pra que você queria a Nami, hein cara de javali? – Luffy, mesmo fraco, se pôs a gritar com o conde lá de cima.

- O óbvio, com a tripulação dela acabada, eu apenas a acolheria como minha condessa.

- Que história é essa? Tripulação acabar e condessa? Você deve ter batido a cabeça em algum lugar. – Nami se desesperou um pouco.

O conde levantou a mão esquerda.

- Não contei para vocês pirralhos, né? – Da mão dele, uma gosma amorfa de cor escura começou a surgir e aumentar de tamanho até tocar o chão. – Não cheguei a comentar do meu poder, geralmente nem o faço, mas como vocês estão prestes a serem mortos, não vejo problema.

A massa começou a se modelar e se soltou da mão dele, tomou a forma humanoide primeiro, e logo roupas, acessórios, detalhes e características começaram a ser visíveis, ela se modelou perfeitamente depois de alguns segundos.

- Mas que merda é essa? – Sanji deu um passo para trás, mas logo tomou uma postura de batalha.

- O mesmo empregado que tentou sequestrar a Nami, mas como? – Usopp se contraiu de pavor.

- Kishashasha, é o meu poder, da TsuinTsuin-no-mi que comi, me permite criar gêmeos do que eu quiser, desde que eu tenha tocado a pessoa ou tenha o DNA dela. Além disso, aqueles que eu crio ficam mais fortes que o normal.

O empregado criado pelo poder do conde avançou para cima deles novamente, Sanji percebeu e levantou a perna flamejante, saltando e chutando o inimigo para o chão novamente, que caiu quebrando uma das pilastras que seguravam o segundo andar, o inimigo começa novamente a se desintegrar.

- Não adianta, podem o derrotar quantas vezes quiserem, só estão perdendo tempo. Logo seu capitão e os dois mais fortes da sua tripulação estarão mortos. – O conde falava zombando.

- Como assim, o que você fez com a gente, seu lixo. – Sanji se enfureceu.

- Simples de explicar, meu poder absorve a vida de cada um aos poucos, é a energia vital de cada um que me capacita criar cópias perfeitas e melhoradas. Ou seja, quando eu ativo meus poderes em alguém, esse alguém se enfraquece até morrer, mas ele continua vivo junto comigo.

- Quer dizer que o Luffy... – Nami olhou preocupada para seu capitão, que parecia mais desgastado com o pouco tempo que havia passado.

- Não podemos pensar dessa forma senhorita Nami, vamos fazer esse maldito pagar por mexer com a gente. – Sanji acendeu um cigarro e olhou para os companheiros do lado dele. – Ei, Chopper, Usopp, corram o mais rápido que puderem e avisem a Robinzita e o Franky.

- Ah, certo. – Ambos saíram em disparada pela escadaria.

- Onde pensam que vão, hein. – Hen criou outras cópias e ia ordenar que parassem os dois.

- Brook, vamos acabar com esse palhaço. – E nisso, um golpe rápido passou como um raio e congelou algumas das cópias, enquanto outras delas foram mandadas pelos ares com um chute poderoso. Isso deu a brecha para o atirador e o médico passarem pelo salão correndo e saírem da mansão.

- Tch, moleques irritantes. Bem, não importa mais, eu tenho energia o suficiente para recriar os mais fortes da sua tripulação. Acabarei com vocês fedelhos aqui mesmo, ficarei com a ruiva como minha esposa e vou ficar ainda mais famoso com um pirata tão famoso "morando" na minha ilha, Kishashasha.

- Vocês três, aguentem firme, talvez se nocautearmos esse esquisito, o poder dele se dissipe de alguma forma.

- Nami...

- Luffy?

- Toma cuidado... eu só preciso descansar um pouco. Assim que eu me recuperar, eu vou encher esse babaca de porrada.

- Esse é o meu Luffy, aguenta aí, vamos voltar para o Sunny juntos. – A ruiva o deixou sentado encostado numa parede e sacou o Clima Tact para lutar.

Almas Gêmeas [Luffy x Nami]Onde histórias criam vida. Descubra agora