Jogando com os campistas

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Eu e Clarisse passamos um bom tempo conversando, em muitos momentos esquecemos que Tyson também estava no chalé e nossas conversas acabavam sempre indo longe demais, mas o grandão sempre nos lembrava da sua presença ao derrubar alguma coisa que estava limpando ao escutar as coisas que nós falávamos que o deixava envergonhado. Depois que Clarisse voltou para as suas atividades diárias do acampamento fui até o pinheiro de Thalia para analisar como estava o estado dele e embora não entenda muito de medicina e menos ainda de botânica pude perceber que o espírito de  Thalia estava ficando mais fraco.

Aguenta firme prima, vou te curar de alguma forma. - Disse tocando no pinheiro e sentindo uma pequena carga elétrica percorrer o meu corpo assim como se Thalia estivesse me respondendo.

Fui até a casa grande informar a Dionísio sobre o pequeno jogo que irei realizar após o jantar e que precisaria da cooperação dele e das harpias de limpeza também. Não foi fácil convencê-lo a aceitar, mas depois de longos minutos de barganha e  insistência consegui convencê-lo a participar do jogo, depois disso fui até pontos estratégicos do acampamento e pedi a ajuda de algumas das criaturas mágicas que vivem por aqui.

Assim que a noite chegou todos se reuniram no pavilhão do refeitório para o jantar, depois de prestarmos as nossas homenagens aos deuses jogando uma pequena parte da nossa refeição no fogo cada campista se sentou na mesa do seu respectivo chalé, Tyson e eu nos sentamos juntos na mesma do chalé de Poseidon. O grandão conversava empolgado comigo sobre como o acampamento era incrível e cheio de coisas maravilhosas, mas eu não estava realmente focado no que ele estava falando e sim nos cochichos e olhares constantes vindos dos campistas, principalmente do chalé de Ares.

Assim que terminei minha refeição me levantei e fui até a frente da mesa principal e com um simples estalar de dedos os pratos de comida de todos os campistas desapareceram e um placar feito de névoa surgiu acima da mesa principal deixando os campistas confusos sobre o que estava acontecendo.

Para aqueles que não me conhecem, meu nome é Percy Jackson. - Disse me apresentando.

Fui informado no dia de hoje, que serei o responsável pela direção de entretenimento no acampamento meio-sangue. - Disse sorrindo para todos.

E como hoje é o meu primeiro dia nesse cargo, eu desenvolvi um pequeno e divertido jogo para essa noite. - Disse erguendo minha mão, em um movimento rápido de simplesmente abrir e virar a mão um pequeno sino preso a um cordão vermelho surgiu nela.

Existem outros seis sinos como esse espalhados pelo acampamento, o objetivo do jogo é simplesmente conseguirem pegar os sinos. - Disse sorrindo.

Cada sino está sendo protegido por um espírito, um monstro ou uma criatura mágica que foi domada por mim, cada guardião irá desafiá-los de uma maneira, cada sino deve ser recuperado pelo conselheiro do chalé, somente eles tem permissão de pegar o sino. - Disse olhando para os representantes dos chalés.

É claro que vocês podem ajudar o seu respectivo representante a encontrar o sino e transpassar o desafio do guardião, mas somente o conselheiro do chalé pode pegar o sino. - Disse sorrindo.

Um dos sinos vai estar na minha posse, vocês podem tentar tomar de mim, mas já adianto que não será nada fácil. - Disse prendendo o sino na minha cintura.

Espera, pelo que você disse só existem sete sinos. - Annabeth disse.

Exatamente. - Respondi acenando com a cabeça.

Mas são o total de nove chalés que irão participar, dois dos chalés vão ficar sem o sino no final disso. - Outro filho de Athena disse.

Exatamente, isso me leva ao último ponto do jogo. - Disse bastante empolgado.

Eu estou organizando o jogo, portanto o chalé de Poseidon não vai participar, o que reduz o número de chalés pra oito. - Disse olhando para o placar e o símbolo do tridente do meu pai sumiu.

Ainda assim a quantidade de chalés ainda é maior do que as de sinos disponíveis. - Disse um filho de Hermes.

Sim, pois, haverá uma punição pro chalé que não conseguir pegar um sino até o nascer do sol, esse chalé terá que passar o dia de amanhã inteiro sem comer nada. - Disse fazendo todos os campistas olharem para mim em choque.

Considerem isso um pequeno incentivo. - Disse dando uma piscada para todos.

Caminhei calmamente em direção ao lado de fora do pavilhão do refeitório e me sentei na grama com o sino ainda preso na minha cintura, os campistas saíram do refeitório e vieram para o lado de fora, eu os informei que até o nascer do sol eu iria ficar parado exatamente aonde eu estou, então todos saíram em busca de suas armas para poderem me enfrentar, embora eles não tenham nenhuma chance.

Clarisse e Annabeth tentaram convencer os irmãos e irmãs a não tentarem me enfrentar, mas eles estavam muito super confiantes de que juntos poderiam me derrotar e então ambos os chalés avançaram na minha direção enquanto os outros chalés observavam o que eu iria fazer. Um sorriso brotou no meu rosto quando mais de metade de ambos os chalés caíram inconscientes no chão enquanto eu me mantive imóvel fazendo um uso moderado do meu Haki do rei, fora Clarisse e Annabeth que tinham conhecimento do meu atual estado de superioridade, os outros chalés não conseguiram compreender o que havia acontecido.

Bem, mais alguém quer tentar? - Perguntei olhando para os campistas.

Campistas do chalé de Apolo prepararam os arcos e então dispararam várias flechas na minha direção, eu revesti os meus braços com o haki de armamento e usei o meu haki de observação para prever a trajetória das flechas e recochitei cada uma delas com as minhas mãos, a última das flechas disparadas vei na direção do meu rosto e eu simplesmente a segurei com dois dedos quando ela estava a milímetros de atingir a minha face, os campistas do chalé de Apolo ficaram de queixo caído com essa cena.

C-como você fez isso? - Will Solace perguntou de olhos esbugalhados.

Vocês podem ficar se perguntando isso ou podem fazer como o chalé de Hermes, Afrodite e Dionísio. - Disse apontando com a flecha que estava em minha mão, para os campistas dos chalés citados que corriam em direções diferentes.

Os outros chalés logo saíram correndo para poderem ter a chance de encontrar os sinos, eu simplesmente me sentei na grama e com um estalar de dedos um violão surgiu nas minhas mãos, me deitei sobre a grama e comecei a tocar o violão, enquanto tocava fiquei olhando para as nuvens e pensando na minha mãe.

Aquele que nasceu para governarOnde histórias criam vida. Descubra agora