24/01/23

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Hoje senti sua falta de novo, fiquei estranhando não estar sendo atazanada por alguém (não que eu também não te incomode). Sabe, eu fiquei pensado no quão diferente você ficou depois daquele dia, senti falta dos seus abraços, senti falta das mordidas, de todas as suas demonstrações de carinho e amor, nossa, como eu senti falta, senti um vazio mais precisamente, e sendo bem realista acho que não fui ó eu, sua irmã sente sua falta também, ela me disse que você não é mesmo, mas eu como uma boba te defendi, falei que é normal, afinal é seu primeiro relacionamento, seu primeiro amor, mas aí eu entendi, eu realmente fui uma boba, diria que até estúpida. É compreensível, é algo novo, diferente, empolgante, mas não te dá o direito de (mesmo que aos poucos) "abandonar" sua família, no tempo em que eu pude presenciar, percebi que tu deixou tua família em segundo plano, tu já não é tão afetivo com tua mãe (não como antes) e com a sua irmã nem se fala, não estou tentando dar ela como vítima, mas é nítida a mudança, você só quer saber dela, e sabe de algo; mudar quando se está num relacionamento é normal, principalmente o primeiro, mas não lhe dá o direito de botar a família e segundo plano, quando se está numa relação se compreende que ao aceitar uma pessoa nova na sua vida os familiares venham junto, não significa que você vai namorar todos, mas significa que eles vão estar lá também, mas parece que alguém não entendeu isso, afinal você parece até que trocou de família... quando te contei aquilo achei que era o certo e vi que errei, errei que nem meu coração quando te escolheu, ainda acredito que sejamos almas gêmeas sabia? Acredito que não seja fo jeito romântico (do jeito que eu  queria) e sim num jeito que eu não consigo explicar, parece magia sendo bem sincera, o amor que eu sinto é inexplicável parece que vai me estourar o peito toda vez que eu te vejo. Sei muito bem que grande parte do que eu sinto não é recíproco, mas não é sobre essa parte que eu queria falar, e sim da parte que você abandonou, da parte que você passou a evitar depois que eu te contei meu segredo, da única parte que eu te entreguei. Sei que foi um choque, e até me arrependo de ter te contado, porque no segundo seguinte você foi correndo pra ela e eu confesso, fiquei com ciúmes, afinal tu me trocou. Agora quem recebe os abraços apertados não sou eu, quem recebe as mordidas de afeto não sou eu, quem recebe os olhares carinhosos; não sou eu. Agora o que eu recebo; principalmente com ela por perto; é um olhar de nojo, de desprezo, chega a parecer loucura, mas não fui só eu quem notou, agora percebo que talvez tenha sido seu medo de eu fazer algo ou falar, o que talvez tenha sixo estupidez da sua parte, já que além de eu nunca ter pensado em algo do tipo eu nunca iria fazer nada com alguém por ciúmes, principalmente alguém quem nem merece ou que saiba da situação, mesmo que ela tenha se esfregado em você toda vez eu que estava perto, ou que ela te chamava de amor todas as vezes que podia na minha frente; ela quem claramente me provocava, mas eu quem recebia os olhares de nojo; e quando eu finalmente me toquei, foi quando eu ouvi me coração estilhaçar, por que você claramente se cegou, cegou o suficiente pra me lançar olhares que quase me mataram, já que depois dos olhares de nojo, depois que ela não estava perto tu me olhava assim como um caçador olha o cervo mais bonito, com cautela e tensão, e ao mesmo tempo com o olhar de uma casal de filme adolescente, olhar de quem iria me jogar na parede com aquele olhar; o olhar que te disse pra não me direcionar, eu te avisei que seus olhos flertam sozinhos, mas você não me escutou, e parece que foi até de propósito, o que "me confunde pra cacete." Era isso que eu devia ter te dito pra ver se você finalmente se toca, mas eu não disse, eu deixei, porque além dos abraços (agora frouxos) era o único afeto vindo de você, o único jeito que eu podia te ter, te ter só pra mim.

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