- Filha, escreva nessa carta o que você quer ganhar do Papai Noel. - Disse Margareth.
- Papai Noel?! É sério isso, Margareth? Nossa filha vai fazer quinze anos e você a trata como se tivesse cinco.
- Deixa eu mimar a Donna em paz, Norman! Ela ainda é uma criança.
- Hum... Pensando bem, eu nunca tive uma bicicleta. - Disse Donna com a mão direita no queixo.
- Se você quer uma bicicleta, eu te dou uma bicicleta, filha. - Disse Margareth, e Norman cruzou os braços.
- Mamãe, a bicicleta pode ser rosa com a cestinha roxa? Pode pedir adesivos para colar nela também?
- Pode sim, meu amor. - Disse Margareth dando um beijo na testa de Donna.
Donna fazia aniversário no mesmo dia do natal, e todos os anos fazia cartinhas para o "Papai Noel" pedindo algo, e sempre ganhava, pois seu pai se vestia de Papai Noel e entregava o que Donna havia pedido.
Donna era uma garota meiga, doce, e cheia de sonhos. Gostava de brincar na neve todas as manhãs. Ela tinha cabelos castanhos lisos e curtos, olhos verdes, e óculos de grau preto.
Em BigCity, sempre nevava, era uma cidade muito gelada e calma, cidade pequena e aconchegante. Sua família era rica e possuía uma empresa que Donna não sabia do que se tratava, pois sua família nunca dizia e sempre mudavam de assunto. A família Watson era muito reservada e pequena.
Além de Margareth, Donna e Norman, tinha os tios de Donna: Anna, Joseph e seu primo Tom, dois anos mais velho que Donna. Donna adorava brincar na neve com seu primo, era divertido quando faziam bonecos de neve.
A casa dos Watson's era uma cabana no meio de uma floresta, que era sua propriedade privada. Na maioria das vezes quando seus pais, seus tios e seu primo saíam para trabalhar em uma das empresas e Donna ficava sozinha em casa a maior parte do dia dela.
- Filha, você tem que ficar em casa para tomar conta da mesma, você faz seus serviços de casa tão bem, meu amor. - Disse Margareth.
- Eu sei, mãe. - Falou Donna. - Mas o que não entendo é porque vocês sempre saem escondidos, às vezes vocês não deixam eu ir junto, tem algum segredo que eu não sei? O silêncio tomou conta daquele lugar por alguns segundos, e Norman respondeu:
- Claro que não, Donna. - Falou ele. - O que poderíamos esconder? Você sabe que temos uma empresa para tomar conta, e você tem que cuidar da casa.
- Somos ricos, por que não pagamos um empregado?
- Você faz muitas perguntas, Donna.
Era dia de natal, e Donna acordou, foi tomar seu café da manhã, e ficou esperando os seus pais chegarem com sua tão esperada bicicleta. Tom havia se sentado na mesa junto de Donna, que lhe deu os parabéns assim que a viu, e em seguida fitou os olhos de Donna, ele não dizia nada, e continuou tomando seu café, olhando no fundo dos olhos de Donna, e ela esperava que Tom fosse dizer algo, mas ao terminar seu café, ele se levantou e subiu para o quarto. Donna pensou que talvez Tom tivesse brigado com seus pais, e depois de tomar o seu café, falaria com ele para saber ao certo o que aconteceu.
Anna e Joseph chegaram, lhe deram feliz aniversário e deu para Donna um lindo colar com um pingente de coração prateado.
- Obrigada tios! Ele é lindo. - Disse Donna olhando o colar.
- Você é mais, minha sobrinha linda. - Respondeu Anna apertando suas bochechas.
Donna subiu para o quarto para ver como Tom estava, ele estava cabisbaixo.
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Contos de Crimes: O Assassino ao Seu Lado
Mystery / Thriller*Todos os contos deste livro são fictícios, qualquer semelhança é coincidência*