Fábrica de Vingança

24 0 0
                                    

Carta achada próximo a Cratera de Barringer- Arizona (remetente nunca encontrado):

                “Eu, meu pai e minha irmã trabalhávamos numa fábrica de mel, tínhamos nosso próprio ingrediente secreto, a minha mãe Anna faleceu ano passado de um câncer, depois que descobriu o câncer, a fábrica começou a falir, meu pai quis vendê-la para um empresário bem sucedido. Como pôde? Minha mãe que fundou essa fábrica, foi o legado dela, vai jogar isso tudo fora? George meu pai, o senhor é um ingrato”.

                                     [ … ] 

 No interior do Texas, Nathan, seu pai George, seus dois sobrinhos gêmeos e sua irmã Abigail com seus uniformes trabalhavam em sua fábrica de mel. Era o ano de 1930, a fábrica acabou ficando famosa e até propaganda teve, porém, depois da morte da mãe de Nathan, seu pai George resolveu vendê-la para August, o empresário: 

- Bom, já estamos quase lá, só precisa assinar, Sr.George. Preciso que compareça á esse endereço no sábado que vem. - Disse August entregando um cartão de visita. George pegou o cartão, se despediram e George acompanhou August até seu carro. 

Nathan observava tudo da janela de seu quarto, George entrou novamente para casa e voltou para seu escritório. Alguns dias depois, na sexta-feira, Abigail subiu ao quarto de Nathan e pediu para que cuidasse dos gêmeos: 

- Nathan, amanhã eu vou viajar, eu e o pai na verdade, nós vamos …

- Vender essa porra? - Completou Nathan roendo as unhas. 

- Nathan, não precisa se sentir assim, vamos mudar de casa, NOVA IORQUE, tem noção disso?

- Não quero Nova Iorque, quero Texas onde estou agora.

- Vamos ter bastante dinheiro com essa venda. 

- Só por cima de mim. Abigail saiu do quarto de Nathan e desceu ás escadas. Às três da manhã Abigail acorda Nathan e diz que irá viajar agora e que ele precisava cuidar das crianças, voltaria á tarde. Nathan fechou os olhos novamente e escutou a porta se fechando, segundos depois abriu seus olhos novamente e se sentou na cama. Levou suas mãos á cabeça deixando bagunçar seu cabelo, sussurrou baixinho dizendo “isso não pode estar acontecendo”. 

Olhou para a enorme janela de seu quarto e avistou aquela linda lua que clareava seu quarto, lembrava de sua mãe como se ela ainda estivesse ali. 

Nathan ficou tanto tempo olhando a lua que logo apareceu o sol, se levantou, desceu ás escadas e preparou um café, enquanto lia um livro, ouvira um dos meninos chorarem, foi até o quarto e disse:

- Não está cedo demais para acordar? 

- Cadê a mamãe? 

- Saiu, depois ela volta. Nathan pegou seu sobrinho no colo e o levou até a sala de estar. Pegou uma mamadeira e deu à criança. 

                                    [ … ] 

Seu outro sobrinho acordada bem tarde, Nathan teve de acordá-lo. O sol começou a ficar bem quente, já se passara das uma da tarde, Nathan tirou sua camiseta e foi se sentar em sua varanda. Fechou os olhos e ouviu as crianças brincarem, ouviu a brisa do vento e as folhas das árvores se movendo, ouviu passos mas os ignorou, em seguida ouviu a voz de Abigail: 

- Ei, Nathan, ajude com as malas. 

Nathan se assustou e abriu seus olhos imediatamente, e perguntou: 

- Por que saíram três horas da manhã? 

- Pra voltar mais cedo, e é bem longe por sinal.

- Cadê o pai?

Contos de Crimes: O Assassino ao Seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora