Vozes com Razão

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Na cidade de Bailey não havia muitas     oportunidades de emprego, a família de Hannah estava começando a passar necessidades, estava difícil conseguir um emprego naquela cidade. Hanna se mudaria no próximo fim de semana junto com seu primo Steven para a cidade de Fairfield. O número de desempregados na cidade de Bailey era grande. Hannah procurava emprego há meses, iria mudar de cidade para ter melhores oportunidades de emprego. Hannah morava com sua tia Lindsay, sua avó Betty e seu primo Steven.

Hannah fazia aniversário dois dias de diferença de Steven, os dois tinham acabado de completar vinte anos, eram próximos desde criança. Os pais de Hannah desapareceram sem explicações, deixaram Hannah para dormir na casa de sua avó quando ela tinha apenas 6 anos de idade, nunca apareceram para buscar Hannah, e nunca deram notícias.

Hannah e Steven iriam se mudar para Fairfield no próximo fim de semana, era bem longe de Bailey, alugaram uma casa juntos.

No sábado a noite, Hannah e Steven estavam arrumando suas malas para irem no domingo de manhã:

- Hannah, me falaram que lá aonde a gente vai, tem uma represa bem grande precisando de funcionários. - Disse Steven.

- A gente pode tentar, mas provavelmente não vamos conseguir o mesmo cargo. - Respondeu Hannah.

Estava anoitecendo e a família de Hannah estava se preparando para irem dormir. Hannah desde criança dizia que ouvia conselhos das "vozes da sua cabeça", antes de fazer qualquer coisa ela pedia algum conselho, sua família achava que era coisa de criança, mas isso se prolongou até hoje. Hannah foi escovar seu cabelo antes de dormir e ficou se olhando no espelho enquanto os escovava, de repente alguma voz lhe disse "não vai." Hannah parou por um instante, e ficou se encarando no espelho esperando que a "voz" lhe dissesse mais alguma coisa, Hannah pela primeira vez ignorou aquela voz e continuou fazendo o'que estava fazendo, logo foi dormir pois já estava bem tarde.

Acordaram às sete da manhã, iriam cedo para arrumar as coisas em sua nova casa em Fairfield e aproveitar bem a cidade, Lindsay acordou para ajudá-los e levá-los até o aeroporto, se despediram de Betty e foram. Até o avião chegar, Lindsay ficou lá, ainda de pijama e com muito sono, Steven disse:

- Mãe, a senhora podia pelo menos pôr uma roupa decente, né?

- Meu pijama é decente- Respondeu Lindsay bufando. Steven riu.

A chamada para os passageiros foi acionada, Steven e Hannah se despediram de Lindsay e foram em direção ao embarque, Hannah enquanto abraçava Lindsay ouviu aquela mesma voz lhe dizendo em um sussurro alto "NÃO VAI!". Hannah se assustou com a voz repentina e deu um grito, Lindsay parou de abraçar Hannah e perguntou:

- O que foi, Hannah?!

- Nada … eu só …- Hannah olhou para os lados e algumas pessoas o encararam. - Eu vi um inseto voando e me assustei.

Os dois embarcaram e tomaram seus assentos, no banco do avião Steven olhou para Hannah com um olhar confuso e perguntou:

- O que foi aquilo?

- Aquilo o que?

- O grito.

- Eu já disse, eu vi um inseto e …

- Hannah, você não sabe mentir, não tinha inseto nenhum lá, o que foi? 

Hannah olhou para o chão e depois para a janela, olhou de volta para Steven e disse:

- Não quero que me ache estranha mas … eu escuto vozes as vezes, me dizendo o que devo fazer ou não, tipo conselhos.

- Tá, e … então você é esquizofrênica?- Disse Steven rindo.

Contos de Crimes: O Assassino ao Seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora