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Duas horas para arrumar nossas coisas para o fim de semana, foi insuficiente, não me lembro se coloquei peças de roupas íntimas para mim e para Jorge, eu realmente não lembro, se colocou meu cardigan e roupas quentes para Jorge usar se caso tiver muito frio. Minha certeza é que para Ella, não faltará nada, aliás, há mais coisas que o necessário para ela usar esses dias.

Estamos agora em meio ao trânsito comigo sentada no banco traseiro do carro, ao lado oposto do motorista, Ella está em sua cadeirinha de segurança completamente distraída com as luzes noturna da cidade, estamos na direção do aeroporto para buscar minha Mãe, que não deve está a mais das felizes, por ter que nos esperar. O seu voo pousaria as sete da noite, e agora já é quase oito da noite e ainda falta pouco mais de vinte minutos para chegarmos.

MaaamaImediatamente, coloco minha atenção para a minha filha, que deixou de fazer balbucio para as luzes de fora do carro e me olha com seus redondos círculos verdes.

— Você já está com sono, não é querida? – Há pouco, dei um mingau de aveia a ela enquanto já estávamos em movimento no carro, então não é fome e se não é fome, pode ser sono.

Ella dorme sempre depois da oito da noite, em algumas noites, depois das noves, mas sempre a sua maioria é por volta das oito que meu bebê começa a esboçar que deseja dormir. Hoje foi como nos maiores dias, olho no relógio de pulso e vejo que os ponteiros indicam que faltam agora pouco mais de dez minutos para as oito.

— E ainda nem pegamos a estrada – Jorge resmunga baixo, sua chateação por eu ter nos atrasado ainda não passou.

“— Você só tinha que fazer uma coisa, Silvia, só arrumar nossas coisas.." Foi sua acusação, quando ele chegou do supermercado com Ella e me encontrou completamente enrolada em arrumar nossas. Dividimos a tarefa em ele ir ao supermercado comprar nossos mantimentos para o fim de semana, depois ir ao um posto de gasolina tanto reabastecer o carro como reequilibrar os pneus. Bom, ele fez suas tarefas com excelência, contemplando o fator que, ele levou Ella com ele e me deixou entre aspas "mais despreocupada", não surtiu efeito desejado, a única coisa que eu não fique foi despreocupada em arrumar a mala da minha pequena.

— Papai ainda está bravo com a Mamãe – toco o rosto de Ella, acarinhando-a. Jorge fica em silêncio, percebi seu olhar para mim e Ella por dois segundos no espelho retrovisor interno. — Mas a gente sabe não é filha? Que quando chegar a hora de dormir, ele vai querer fazer as pazes com a Mamãe.

Uma risadinha toma conta de todo o interior do carro, quando Ella rir do que eu digo.

— Pequena traidora – Jorge a acusa, quebrando seu silêncio e desfazendo de sua feição fechada.

Nam, Papai.. – Ei, isso é inédito. Ella já sabe se defender só? Cadê meu bebê recém nascido?

Derrumbando todos os muros de seu Pai, Ella consegue o fazer dar uma risada, quando ele também, se dar conta do que acabou de acontecer.

— Era vez um bebê, já temos em casa uma adolescente. – Meu marido diz, coisa se não estivesse nem um pouco bravo comigo há exatos 30 segundos antes.

— Não, Papai – repito corretamente, a frase de Ella para usar de negação com a fala de Jorge.Ella sorrir, como dar um gritinho olhando diretamente para mim. Meus olhos estão ao ponto de lacrimejar, meu bebê está crescendo e aprendendo muita coisa de uma vez só. — Pelo menos conseguimos fazer Papai falar.

— Não tente sua sorte, Doutora.

— Vai fazer o que para me castigar? – Arqueo uma sobrancelha, e arrastado um sorriso malicioso de canto, olhando diretamente para o retrovisor interno, para onde meu reflexo pode ser visto por Jorge.

Doctores: Antes do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora