Capítulo 5: Resgate da Estrela Vermelha

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Budapest/Russia 2016

S/N acordou com sua perna formigando no banco da frente do carro enquanto Romanoff dirigia concentrada murmurando alguma música que tocava na rádio.

- Que bom que acordou, estamos quase chegando - Natasha disse calmamente, falando o mais baixo possível para não acordar Yelena que dormia profundamente no banco de trás.

- Tudo bem, a propósito, posso te fazer uma pergunta?

- Claro

- Como me reconheceu quando ataquei o apartamento em que você e Yelena estavam? - S/N perguntou antes de receber um rápido olhar de Romanoff que logo voltou a olhar para a estrada

- Eu te reconheceria mesmo depois de um milhão de anos, seu olhos não mudaram absolutamente nada. - Disse novamente Romanoff fazendo carinho no ombro de S/N que inicialmente se esquivou, entretanto rapidamente cedeu.

Pouco tempo depois Natasha parou o carro e acordou calmamente Yelena.

- Eu disse que precisava de um jato. - Natasha comunicou o homem que estava dentro do que parecia ser um helicóptero.

- É, mas sabe o que você não me deu? tempo e nem dinheiro, esse é o melhor que eu consigo sem essas duas coisas. - Rebateu o homem visivelmente ofendido.

- Tudo bem, eu vou te recompensar depois. - Disse Natasha rindo da situação

- Own, ele é sensível! Isso explica o porquê de você o manter por perto. - Disse Yelena debochando

- Não sou sensível, apenas não gosto que falem mal do meu trabalho - Protestou o homem.

- Super sensível. - Agora foi a vez de S/N debochar antes de elas entrarem no helicóptero e irem em direção ao que Mikhailova não sabia exatamente o que era.

Elas iam conversando no caminho até que chegaram em um local estranhamente familiar: uma prisão russa.

- Alexei hoje é seu dia de sorte. Vá para a porta no lado sul - Disse Natasha pelo ponto em seu ouvido que se conectava com o boneco que a mesma havia enviado para Alexei pelo correio da prisão.

S/N se concentrava na neve que caia por toda parte e o que vento estava muito forte, mas assim que ouviu o que Natasha disse se surpreendeu e gritou:

- Alexei? - Deu um suspiro pesado - Não acredito que vamos salvar ele.

- Eu sei que não é a melhor pessoa do mundo mas ajudará no objetivo. - Explicou Natasha mas rapidamente voltou a dar os comandos para Alexei.

S/N olhou para baixo e em meio a neve conseguiu distinguir Alexei saindo da prisão.

- É ele conseguiu, mas aparentemente chamou muita atenção, tem umas duzentas pessoas saindo junto com ele.

- Ele nunca vai conseguir - Disse Yelena preocupada.

- Quer saber? Abre a porta, vou descer e ajudar ele - S/N gritou para que as duas pudessem ouvir.

- Você não vai descer lá sozinha - A ruiva disse como se estivesse dando uma bronca na mais nova.

- Sim, eu vou. - S/N falou enquanto abria a porta ela mesma e se amarrava no helicóptero, assim que a porta foi aberta a garota sentiu um vento forte em sua cara que a fez querer fechar os olhos, mas ela seguiu com eles abertos, virou para Natasha e Yelena que ainda estavam no comando e deu um piscada para ambas. - Vejo vocês em um minuto.

Assim que disse isso S/N saltou do helicóptero caindo em uma ponte aproveitando a oportunidade para fazer a famosa "pose de super herói", antes de começar a lutar ela solta o comentário:

- Não é que essa pose é bem legal - Afirmou a garota antes de começar a lutar com alguns guardas da prisão que tentavam conter a revolução iniciada por Alexei.

Vendo que seria inútil tentar lutar com os guardas da prisão, ela, que ainda estava presa por uma corda no helicóptero, disse para suas irmãs através do ponto que havia colocado segundos antes de pular do veículo aéreo:

- Me levem até ele.

E assim elas fizeram, fazendo com que S/N sobrevoasse a prisão até onde Alexei estava.

Enquanto S/N lutava com alguns guardas da prisão para chegar até Alexei, ela ouviu alguns tiros sendo disparados contra o helicóptero em que as irmãs estavam e logo em seguida uma explosão contra uma torre de comando que foi destruída, porém assim que a sua visão focou para cima da torre ela pode ver uma avalanche vindo.

"Por que esse tipo de coisa acontece comigo?" Disse a mesma em pensamento.

E assim que a avalanche começou a se aproximar, o helicóptero fez com que a garota finalmente chegasse até Alexei, enquanto estava pendurada, agarrando a mão do mesmo enquanto o veículo tirava os dois dali segundos antes da neve cobrir toda a área.

S/N focalizou seus olhos na neve abaixo tentando não perceber o peso que ela estava segurando enquanto o homem abaixo dela murmurava alguma coisa que ela deixou passar. A garota tentava ignorar o que ele falava, enquanto imaginava estar em um local totalmente diferente, ela se esforçava para imaginar que eles eram apenas uma família feliz, esses pensamentos tiravam momentâneamente a vontade que ela sentia de simplesmente soltar a mão de Alexei e deixar ele cair lá de cima só para mostrar o ódio profundo que sentia por aquele homem, entretanto ela se conteve.

E depois do que pareceu uma eternidade segurando aquele peso, mas que provavelmente foram só alguns segundos, Yelena finalmente começou a puxar os dois para cima do veículo.

Quando S/N chegou lá em cima ela respirou fundo para não chutar o homem para baixo.

O homem e as garotas comandando o helicóptero conversavam enquanto S/N passava a mão na trança no seu cabelo que seguia intacta desde que ela deixou a sala vermelha em missão, o que pareceu ter sido há anos atrás, apesar de ter acontecido há apenas um dia.

- S/N! - Exclamou Alexei quando se virou para a garota. - Quanto tempo.

- Poderia ser bem mais. - Cortou a garota de forma seca tentando encerrar qualquer chance de ele puxar assunto, mas para a sua infelicidade, Alexei era bastante insistente quanto a isso.

- Por que tão agressiva? Está naquele período do mês? - Questionou Alexei arrancando uma risada debochada de S/N.

- Como eu poderia estar naquele período do mês se eu não tenho um útero, seu idiota? - Disse S/N e completou antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa que chatearia a garota. - Isso é o que acontece quando a Sala vermelha te dá de presente uma histerectomia involuntária, eles entram lá dentro e saem arrancando todos os seus órgãos reprodutores.

- Tá bom, tá legal, não precisa dar detalhes. - O homem respondeu, fazendo S/N voltar a ficar quieta olhando para a imensidão de neve.

Sua cabeça martelando, enquanto ela se esforçava para não ficar chateada com Alexei e toda a situação. De algum lugar em sua cabeça, as poucas memórias que tinha em seu tempo em Ohio voltavam com tudo para atormentar a garota, então ela fez a única coisa que sabia fazer quando situações assim aconteciam, ela enterrou esse sentimento, se esforçando para não sentir.

Com certeza essa não era a maneira mais saudável de lidar com as coisas mas era como ela havia sido ensinada, era desse jeito que a garota havia passado os seus anos na sala vermelha, se negando a sentir qualquer coisa que não fosse raiva.

Pois a raiva era um ótimo combustível que transformava ela em uma grande lutadora, enquanto as outras emoções deixavam ela fraca aos seus olhos.

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⏰ Última atualização: Feb 15 ⏰

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Natasha Romanoff's Little SisterOnde histórias criam vida. Descubra agora