Wendy Darling - Uma continuação de Peter Pan

Capítulo 2

Um pontinho de luz. Parado, em pé na janela de meu quarto, seguido de um barulho quase inaudível de sinos. Fiquei com os olhos semicerrados por alguns segundos, tentando comprovar se aquilo era realmente a fada loira que conheci. Quando a reconheci abri os olhos em espanto.

- Sininho ! – Me levantei antes que de pensar.

Grande erro. Eu a fiz fugir tão veloz quando surgiu.

- Espera. – Corri para a janela. Apoiando minhas mãos na janela. - Volte !

Abaixei minha cabeça, a apoiando em meus braços. Senti uma lagrima escorrer de meus olhos. Pensei que se eu comprovasse que oque vi era real, me sentira feliz, no entanto, eu só sinto um aperto no meu coração.

De repente, ouço um barulho vindo do jardim de traz. Pensei que fosse nosso cachorro, mas logo o vi sair de sua casinha e começar a latir preso em sua corrente. Então pensei "Se não é Náná..."

Corri em direção a porta desesperadamente, se realmente fosse oque eu pensava poderia ir embora a qualquer segundo. Desci as escadas com meu coração batendo tão forte que eu podia sentir meus ouvidos pulsarem. Respirando pesadamente olho ao redor do jardim, infelizmente, não vi nada.

- Se controle Wendy. – Dei um tapa em minha testa, apoiando a mão no corrimão da escada.

Comecei a subi-la, porém, fui enganada por meu próprio corpo e acabei por tropeçar na ponta do degrau e cai. Um grito deixou minha garganta involuntariamente, eu fechei os olhos me preparando psicologicamente para a queda, que nunca veio. Ao invés de sentir o chão duro que me aguardava, meus olhos se abriram quando eu senti um batimento cardíaco que eu conhecia muito bem.

- Wendy, tudo bem ?

Essa voz... Me viro de imediato, e eu encontrei. Peter Pan...

O garoto me colocou em pé no degrau. O olhei de cima a baixo repetidamente.

- Deveria tomar mais cuidado... – Ele parou enquanto arrumava seu chapéu. Me olhou, desviou o olhar e tornou voltou a falar. – Bom, você provavelmente não deve saber quem eu sou então – Peter parou de falar quando o interrompi com um abraço.

Me afastei colocando as mãos em seu rosto. – Você é real. Eu sabia que não era um sonho.

- Você se lembra ? – Ele parecia chocado.

Fiz um sinal positivo com a cabeça, isso tirou dele um sorriso, e eu ganhei um abraço. Era muito bom saber que aquela sensação não era coisa da minha cabeça.