[Em Revisão] Eu Reencarnei como um Lobo ( Vol.1 )

Capítulo 1: Eu reencarnei como um LOBO!? (Revisado)

   O tempo passa rápido, uma hora estou correndo e saltitando por aí, outro estirado na cama de um hospital... me sinto impotente, um frágil bicho-homem em uma cama que se não fosse o tempo que passo aqui, confortável e macia, estava com dores leves, mas às vezes se intensificaram ao ponto de ser insuportável! Eu não aguento mais... queria sair, brincar com os meus amigos, assim como fazia em meu 8 anos de vida, agora com 15, somente acompanhado de livros de fantasia que minha mãe sempre deixava para mim depois de me visitar.

   Além disso não tinha nada além de depois de ler os livros, olhar pela janelinha do quarto, vendo o céu azul e com poucas nuvens, era doloroso saber que, somente podia ver esse pequeno trecho do mundo, sento falta de minha vida... de meus amigos... da escola... fechando os olhos tento relembrar do que passei quando ainda estava bem de saúde, infelizmente aquele foi o último suspiro e a última palavra: – Quero voltar a ser uma criança, quero não mais ter dor e não mais estar doente... – Uma voz ecoou em minha cabeça: – Habilidade Única, "Juventude", obtida com sucesso... Habilidade Extra, "Anulação de Dor", obtida com sucesso... Habilidade Única, "Anulação de Males", obtida com sucesso... – Eu ignorei a voz de minha cabeça e somente pensei: "Acho que é o meu fim, espero que minha mãe me perdoe por eu tê-la deixado só..." apaguei e jamais falei novamente até alguns minutos.

   Agora via um vazio imenso a frente quando abri os olhos novamente, milhares de luzes iam em direção a algo que parecia ser um portal, eu também comecei a ir em direção ao mesmo, seria este o pós vida? Um vazio imenso, com diversas luzes indo até uma porta, era algo que imaginei ser a famosa luz no fim do túnel, mas que agora eram não só eu, mas sim muitos outras possíveis almas de mortos indo de encontro ao seu último julgamento, logo quando me aproximo do portal eu fecho os olhos por causa da luz intensa e ao abri-lo em seguida eu me vejo em algo similar a uma sala de teto aberto.

   Naquela sala havia uma espécie de trono no meio, nesse trono sentava um ser envolto de uma luz azul, era um brilho lindo de se ver, como se a manifestação de um anjo ou algo do tipo estivesse ali, logo, em uma voz que ecoou pelas paredes de cristal aquilo diz:

   – Me preocupa ter mais jovens morrendo ultimamente, deixa me ver... Kilian Luxemburgo? – A voz tinha uma sonoridade que jamais ouvi, mas que era agradável aos meus ouvidos.

   – Sim, sou eu. – Respondo como um soldado ao seu superior.

   – Morreu por... tumor no coração? Mas é jovem demais para esse tipo de doença! – Ele diz olhando uma espécie de papel com bordas de ouro, algo similar a uma certidão de nascimento.

   – O médico disse que era genético, meu pai morreu disso 13 anos atrás, de lá para cá, minha mãe tem cuidado de mim, até eu adoecer... – Falo com pesso, obviamente agora como um espírito, não sentia a dor que tinha, mas como já disse, algumas vezes era insuportável.

   – É bem trágico algo assim... pelo menos, vejo aqui que ao morrer você obteve duas habilidades únicas e uma extra, ao menos parece ter ainda um bom futuro se reencarnar em um mundo distante da do seu... – Ele fala, com ânimo na esperança de animar-me.