Capítulo três

12 1 0
                                    

"...        Quando Dean se mudou junto de sua família, ainda não sabiam sobre mim. August foi uma das pessoas responsáveis por vazar meu segredo tão precioso e ainda soltou um boato de que eu vivia dando encima dele. Eu simplesmente não consigo retribuir seu abraço e logo ele me larga com um sorriso em seu rosto. Respondo apenas um ríspido "oi" e me apresso a voltar a ficar com meus irmãos. Rein pergunta se está tudo bem comigo já que voltei com a cara fechada, apenas afirmei que eu estava bem e que meu copo estava vazio".

Depois de vários e vários copos, a noite começou a cair e Rein propôs de irmos para uma festa que diferente de Will que recusou o convite, eu rapidamente aceitei. Entramos no carro e dez minutos depois já estávamos lá junto de uns antigos amigos meus e do Rein, a maioria do fundamental.

Dado uma hora depois que chegamos, a casa em que a festa ocorria já estava completamente lotada de todo o tipo de gente possível. Meu celular estava com quatro por cento de bateria e eu havia me perdido de Rein, se eu estivesse sóbrio eu tenho certeza que estaria completamente desesperado tentando achar meu irmão. Mas não. Eu agora estou completamente tranquilo e totalmente leve de tudo.        É meu sétimo copo desde que eu cheguei aqui e já devo ter dançado com umas dez pessoas diferentes.

Agora que fui perceber que tinha muita gente se beijando por tudo que é quanto, mas o que me chamou MUITA atenção é que há diversas pessoas se beijando sem ligar se são homens ou mulheres. Vejo uma mulher beijando um homem e logo em seguida partindo para um beijo triplo com mais duas mulheres.

É interessante, mas o medo de pegar sapinho é maior.

Me perco pela casa e começo a andar por ela completamente desnorteado enquanto viro mais um copo, me deparo com a sala e nela está um enorme balde com alguma bebida aleatória dentro. Decido encher meu copo com ela e bebo até metade, logo completando novamente meu copo.

Continuo andando pela casa até me esbarrar em um rapaz, não devia ser tão mais novo que eu, mas ele era muito bonito. Peço perdão ao ver que um pouco de bebida voou em sua camiseta que felizmente é preta. Vejo-o rindo e se aproximando de mim.

— Eu te perdoo pela camisa se você me der um beijo — diz ele já quase colado em mim falando em meu ouvido num tom de voz alto, já que a música não contribuía.

— Qual a sua idade? — Pergunto pra ver se não vou ir preso. Sempre bom garantir.

— Vinte e dois — ele diz e no mesmo instante eu coloco meu copo na mesa que estava ao lado e o grudo na parede juntando nossos corpos e rapidamente unindo nossos lábios.

Era um beijo calmo que aos poucos foi se tornando um beijo voraz e com desejo que surgiu do nada. Ele passava suas mãos pelo meu corpo enquanto eu distribuía diversos beijos em seu pescoço. Talvez tenha ficado um chupão, não sei dizer já que a iluminação não era tão clara. Retomei meus lábios aos seus novamente pedindo passagem da minha língua a sua e recebo mais um beijo profundo como resposta. Suas mãos percorriam minhas costas por baixo de minha blusa e eu apertava de leve sua bunda por cima da calça. Interrompemos o beijo quando veio a falta de ar e rapidamente me ajeitei, dei um selinho em seus lábios para finalizar e quando ia virar em direção à mesa para pegar meu copo novamente, vejo um Dean me olhando espantado com seus olhos arregalados. Tento me fingir de doido e saio andando normalmente até seus olhos sumirem de meu alcance e eu começar a acelerar os meus passos.

Caminho até achar uma poltrona vazia e me sento finalizando meu copo novamente. A casa estava toda distribuída de bebidas e enormes baldes com gelo. Andei um pouco para encher meu copo novamente e já o finalizo de beber ali mesmo para montar mais um copo e ir me sentar novamente na poltrona.

Me odeio por te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora