Oliva sempre teve uma vida confortável. Nascida em uma família com grande poder aquisitivo, ela nunca precisou se preocupar com nada além dos seus estudos, pois para seu pai era de extrema importância que ela se formasse em publicidade para trabalhar na empresa da família. Mesmo seu sonho sendo artes.
- Se forme em publicidade e quando estiver formada, se ainda quiser poderá seguir seu sonho e fazer artes plásticas. Você está com dezesseis anos, é nova. Preciso te orientar para você não fazer más escolhas. _ seu pai lhe disse quando ela entrou para a faculdade.
Oliva só suportava fazer publicidade, porque sabia que sua mãe iria fazer com que seu pai cumprisse a palavra dele.
Ela aprendeu a amar artes com a mãe, que era uma artista extremamente talentosa.
- Senhorita Bretas!_ chamou o Professor Liu. Quebrando o silêncio na sala onde estava sendo aplicada a última prova do semestre antes da formatura!
- Senhorita Olivia Bretas!_ ele chamou mais uma vez. Fazendo Olivia sair do seu habitual modo de concentração.
- Sim. _ Ela respondeu olhando para o lado imaginando já ter excedido o tempo para entrega da prova.
- Estão esperando por você, agora mesmo na sala do reitor.
Olivia franziu a testa, imaginando qual problema seu pai poderia ter arrumado dessa vez. Seu vício em jogo acabava sempre respingando nela e em sua mãe mas, Olivia ainda queria acreditar que ele não estava mais jogando. Que há um ano e meio, quando ele perdeu a casa de campo e a casa de praia numa mesma noite, tinha sido a última vez que ele tinha jogado. Ele tinha prometido pra ela e para sua mãe.
Olivia estava cansada, era o último dia da semana de provas. Ela está extremamente exausta, pela falta de sono. Ela tinha como objetivo, se formar sendo a melhor da turma.
Quando ela chegou à sala do reitor, a secretária lhe deu um breve sorriso semm olhar em seus olhos, e disse mirando o computador:
- Senhorita Bretas, pode entrar.
Olivia balançou a cabeça em agradecimento e entrou na sala do reitor.
- Gostaria de me ver, senhor Lopes?
- Sim. Sente-se, por favor! _ disse ele parecendo um pouco incomodado.
-... Lamento senhorita Bretas, mas o hospital não conseguiu contato com o seu pai._ Olivia parecia estar ouvindo a voz do reitor a quilômetros de distância. Ela estava vendo a sala girar, enquanto sei cérebro tentava assimilar a informação que ele acabará de lhe passar. As imagens da sua mãe começaram a aparecer na cabeça dela, sorrisos, conversas, as aulas de desenho e pintura enquanto ela ainda era uma criança, os passeios aos museus, as esculturas de argila, as porcelanas feitas em seu ateliê... Sua mãe não poderia estar morta, quando na cabeça dela, ela ainda estava viva. Ela se recusava a aceitar que um assaltante tinha dado um tiro em sua mãe.
Quando ela saiu da sala do reitor, seus olhos percorreram todo aquele lugar, tentando encontrar algum indício de que ela na verdade estava sonhando. Ela queria chorar, mas não conseguia.
"Eu estou sonhando, nada disso é real." Ela pensou enquanto andava em direção a saída da faculdade.
- Vou te levar para o hospital! _ informou sua amiga, Bia. Que já esperava por ela na saída.
A equipe do hospital encaminhou Olivia até o necrotério, para que ela reconhecesse o corpo da sua mãe e assinasse os papeis necessários para liberar o corpo para a funerária.
Quando entro na sala fria, Olivia sentiu suas penas falhando. Ela queria correr daquele lugar, mas sabia que era necessário fazer aquilo. O médico rapidamente puxou uma das gavetas da geladeira e descobriu o rosto de sua mãe.
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Conflito de Interesses
RomanceAugusto Fermi é um jovem empresário, conhecido por seu temperamento difícil, sua frieza e seu controle implacável nos negócios. Ele é enigmático e misterioso, despertando a curiosidade de todos ao seu redor. Olivia Bretas, uma estudante de Artes Plá...