capítulo dois

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Louis

Gostaria de dizer que gosto de Harry Styles. Mas sei que estaria mentindo muito se arriscasse dizer tal coisa. O ômega simplesmente faz de tudo para me irritar. — Não me orgulho em dizer que ele consegue o que quer odas as míseras vezes.

Nós últimos anos que tive aula com Styles, eu fui tomado por ondas e ondas de ódio a cada aula em conjunto com o ômega. Tudo nele me irrita. Sua voz, seu jeito, seus cabelos, suas roupas, seu cheiro. E, sim, claro, a pergunta que possivelmente passa-se na cabeça de algumas pessoas é: Por quê?

Bem, meus caros amigos, eu irei dizer o porquê: Harry Edward Styles é o ômega mais lindo que eu já vi na minha vida, e, particularmente, eu não sabia que isso era possível. Digo, Styles é perfeito e isso me irrita profundamente.

Tenho que ver Styles todos os dias nas aulas e o que me irrita é que eu vejo o seu rosto estupidamente lindo todo dia. Ele não se cansa de sair por aí mostrando essa cara bonita para qualquer um, não? Porque, bem, eu teria, sim, vergonha.

Em todos esses últimos anos que guardei tal ódio e irritação por Styles dentro do meu peito, minha mãe foi obrigada a aguentar os meus resmungos e reclamações sobre o ômega em, quase, todos os almoços que eu tinha com ela. — Durante as tardes, todas as minhas irmãs estão fora de casa e eu sou o único filho que habita a casa durante 14:00 PM à 17:00 PM e eu e minha mãe temos um costume de esperar todos irem embora só para podermos almoçar e conversar sobre nossas reclamações diárias. Bem, infelizmente, nem todos os dias podemos fazer esse almoço, no entanto.

Não gostaria de dizer que a minha mãe fala coisas absurdas sobre eu e Styles. — Como, por exemplo: Você e Harry poderiam formar um casal bonito; um cliché adolescente. Não acha?

E, o pior disso tudo é: com o tempo que eu falara mal de Styles nos nossos almoços, minha mãe falava secretamente com Anne Styles, mãe de Harry Styles. Ou seja, minha mãe fingia não saber de quem eu sempre falava mal. — Ou fingia falar mal. Confesso que isso me deixou com receio de falar de Styles assim na frente da mais velha.

Meus devaneios são interrompidos por uma voz bruta e irritadiça; Sr. Scott, meu professor de álgebra. Alfa velho e barrigudo, o qual todos odiavam. Não têm como gostar do Sr. Scott. Ele e os seus olhares asquerosos para cima dos ômegas deixam todos enjoados.

— Tomlinson, gostaria de compartilhar o que pensa com a turma? — indaga ele, petulantemente. Sua superioridade me deixa doente.

— Não será necessário, senhor.

Ao contrário do que pensei, Sr. Scott continua parado na minha frente, sua barriga enorme quase na minha cara.

— Eu havia perguntado se fez a revisão que passei na aula passada — diz ele. Sua postura se endireita e sei que ele só quer se sentir superior a mim.

Eu desço os olhos ao caderno aberto e vejo os cálculos rabiscados de lápis alí.

— Fiz, sim, senhor.

Seu olhar se volta para alguma figura atrás de mim e eu reprimo a vontade de olhar para trás.

— Styles, gostaria de fazer dupla com Tomlinson? Vejo que não trouxe suas anotações da aula passada.

Ah, não.

Styles não responde e sinto o perfume adocicado — similar a lavanda — se aproximando, me incomodando profundamente. O ômega puxa a cadeira de trás até que esteja ao meu lado e se senta alí, olhando diretamente ao professor.

— Se não trouxeram suas anotações, podem juntar com quem trouxe — resmunga o velho alfa, andando até o meio da sala. Dessa vez, eu havia me sentado na primeira cadeira da fileira encostada na parede

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⏰ Última atualização: Mar 05, 2023 ⏰

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𝙘𝙡𝙞𝙘𝙝𝙚́ (𝗮𝗯𝗼 𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)Onde histórias criam vida. Descubra agora