Capítulo 1

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Glr, os acontecimentos são inspirados no que está acontecendo agr na série, mas os n segue tudo que aconteceu na série, até pq eu nem assisti tudo, então muitas coisas vão mudar kkkk

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Cansada e sozinha. Essas são as palavras que me definem nas últimas semanas. É assustador o quanto sua vida pode mudar tão rápido. Parece que foi ontem que Maya e eu nos casamos; ao passo que tenho a impressão de que fazem séculos que já não agimos mais como um casal. E ainda tive a ilusão de que, depois que eu descobrisse estar grávida, ela ia voltar a ser a Maya de sempre. A mulher por quem me apaixonei, que era carinhosa e me apoiava nos momentos difíceis. Mais um engano meu, porque sequer grávida eu estou. Para piorar, passei a noite chorando por conta do que ela me falou: "aprenda a lidar com a sua frustração", ou seja, aparentemente ter um bebê já não é mais uma prioridade para ela. E eu não me sentiria tão mal com isso se ela ao menos fosse sincera comigo e me desse a oportunidade de uma conversa franca. Infelizmente, as coisas já não são como antes.

De qualquer forma, agora, exatamente às sete da manhã desse sábado, tomei minha decisão: vou curar minhas feridas sozinha. Talvez Maya no fundo esteja certa e eu precise aprender a lidar com as minhas emoções do meu jeito. E é exatamente isso que estou fazendo ao arrumar minhas malas. Vou esfriar a cabeça, tentar esquecer essa história de gravidez por um tempo e repensar meu relacionamento. Não quero um divórcio, mas também não posso viver sendo a última na lista de prioridades de Maya para sempre. Posso estar quebrada por dentro, mas sei do meu valor. Assim como sei que fiz de tudo pelo meu casamento, então, se for para termos um final feliz, acredito que ela cairá em si algum dia.

- Pegou tudo que precisa? - Amelia me pergunta, mas sem tirar os olhos de seu celular. - Kai está chegando para nos buscar, me fazendo olhar para ela com indignação.

- Não precisava incomodar ninguém. Já é absurdo demais eu ficar na casa de vocês.

- Absurdo é você achar que sua presença incomoda. - se aproxima de mim e me abraça. - Aliás, ainda vamos fazer uma parada na estação. E não adianta reclamar, sair de casa como uma fugitiva não é do seu perfil. Apesar de tudo, deve ser sincera com a Maya.

- Você tem razão. - suspiro alto, terminando de fechar a mala. No mesmo momento, sinto uma tontura e um aperto no coração.

- Aconteceu alguma coisa? - Amelia questiona.

- Nada, só um mal estar. Quase um mal pressentimento, eu acho. Mas deve ser coisa da minha cabeça.

Depois disso, não falamos mais nada. Apenas cumprimentei Kai, que estava de motorista hoje, e fui silenciosa o resto do caminho até a estação. Chegando ao local, percebo que deveria ser troca de turnos ou estavam em algum chamado, já que eu não via ninguém por lá. Resolvi entrar e procurar juntamente com minha amiga. Não havia uma alma sequer na entrada, tampouco na cozinha. Mas foi chegando na academia que encontrei alguém. Maya. Desmaiada no chão perto da esteira. Com um sangramento na cabeça. Meu coração acelerou e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, embaçando minha visão enquanto eu corria de encontro ao seu corpo.

- Maya... - falei com dificuldade me agachando ao seu lado e tentando descobrir de onde vinha o sangramento, mas não pude dizer mais nada, pois senti braços me levantando e a partir daí tudo que eu lembro da voz de Kai perguntando se eu estava bem e de pedir aos céus que não tirassem Maya de mim, assim como tiraram Andrea, antes de tudo ficar escuro e eu apagar completamente.

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