Capítulo 6

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Depois de Kreese sair, Robby ficou mais 1 hora ou 1 hora e meia na cama. Ele não sabia exatamente quanto tempo ficou na cama chorando em silêncio, com a cabeça enfiada no travesseiro sentindo pena de si mesmo, pena por não conseguir fugir daquela situação e ao mesmo tempo não ter ninguém em quem ele possa confiar, obviamente tinha o Diaz mas ele não queria colocar Miguel no meio disso tudo para o latino acabar se machucando pois sabe demais, ele não queria esse peso na consciência. Já bastava o peso que ele já tinha.

Seu corpo doía e ele estava cansado pelo fato do Keene só ter conseguido dormir umas 3 ou 4 da madrugada e o Kreese lhe acordar as 8 da manhã para "aliviar o estresse", e a dor era pelo fato do mais velho não saber o que é calma e usar muita força bruta quando está com Robby. Seu braço doia por causa de Kreese que apertou seu braço quando Robby tentou dizer "não" ao mais velho, claro que isso nem sequer mexeu com Kreese e ele fez o que queria mesmo assim. Mas a questão não era essa agora, a questão agora era que ele tinha que tomar banho, e achar uma roupa que escondesse as marcas dos dedos de Kreese em seu braço, se Miguel visse isso ele iria querer saber quem fez isso e o Keene iria dar outra desculpa a ele e essa teia de mentiras ia aumentar o peso na consciência de Robby.

O Keene olhava suas roupas que era basicamente só roupa branca, o máximo de cores de roupas diferentes que ele tem é algo mais bege então ele não tinha muita opção de roupa e vestiu a primeira que pegou, iria sujar tudo com a terra misturada com grama do cemitério mesmo.

[...]

As 14 horas, Miguel foi até o quarto de Robby batendo na porta, Kreese disse que ele poderia entrar direto no quarto de Robby mas ele achou isso invasão de privacidade e resolveu bater primeiro.

- Pode entrar- Robby achou incomum alguém bater na porta em vez de entrar direto. Ele estava sentado na cama e sorriu quando viu o Diaz entrar

- Oi, esta pronto?- Pergunta educadamente se aproximando do Keene

- Tô sim- Se levanta da cama, soltando um pequeno gemido de dor- Relaxa, eu tô bem- Mente para não preocupar o Diaz- Eu só dormi de mal jeito. Vamos doutor Diaz- Completa indo na frente, fingindo que não sentiu o cheiro de excitação que o Diaz exalava pois senão até o próprio Keene não ia conseguir fingir e pularia no colo do Diaz e com seu cio tão perto se ele liberasse feromônios de excitação ia ser mais intenso que quando ele esta... Vamos dizer apenas, normal

No carro, o caminho da ida foi silencioso com o Keene olhando pela janela do carro parecendo no mundo da lua.

- O que você fazia antes de ir parar naquela clínica?- Miguel quebra o silêncio

- Já disse que isso é um assunto delicado e fora da sua alçada Diaz- Fala sendo simples e rápido, dando uma breve olhada em Miguel

- Eu não perguntei o que você fez para parar lá, eu perguntei o que você fazia da vida antes de parar lá- Explica- Eu não acho isso fora da minha alçada, como seu médico psiquiátrico é bom para mim saber essas coisas, só para ver se o seu eu do passado tem chance de voltar no seu eu do agora e hoje é dia da sua consulta. Então tecnicamente estamos na sua consulta semanal

- A minha infância toda eu vivi com a minha mãe, meu pai nos abandonou e só visitava 1 vez a cada década. Então eu o nunca considerei um pai mesmo, a Shannon abusava no álcool e nas drogas e quando eu tinha 16 ela morreu por causa de uma overdose e eu achei mesmo que conseguia sobreviver sozinho sendo um ômega de casta pura que atraia alfas babacas que acham que ômegas só servem para sexo. Eu descobri minha casta aos 15 e já perdi as contas de quantos "não" já disse a alfas escrotos que se acham. Enfim, eu vivi até os 17 sozinho, não conseguia emprego em lugar nenhum e por meses não conseguia pagar nem o aluguel e por 1 ano eu larguei tudo, larguei minha vida, meus estudos, minha diversão tudo para conseguir sustentar a casa e pagar as contas sozinhos e simplesmente não consegui e então eu fui morar com o meu pai. E dos meus 17 ao 18 fui simplesmente ignorado por ele, mas pelo menos eu tinha um lugar para morar e não tinha que me preocupar com trabalho e dai voltei a escola e me dediquei aos estudos. Então eu estava tão focado que comecei a chegar tarde em casa, pois estava na casa de um amigo estudando e meu pai achou que estava fazendo algo ilegal e me mandou para aquele inferno- Explica, já contando também metade do motivo dele ter parado na clínica, o resto ele ainda vai omitir- Então a resposta para a sua pergunta, eu estudava. Apenas isso e nada além disso

Meu psiquiatra (Kiaz/Robbyguel)- ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora