2 ▪ "CACHINHOS DOURADOS "

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》DARLA BLAKE'S POV

      Acordo assustada com o despertador tocando em meus ouvidos. Levanto irritada da cama, indo em direção ao banheiro.

     Uma coisa sobre mim é que eu sou muito organizada: minha roupa está sempre pronta, então não preciso ficar preocupada em me atrasar enquanto procuro, diferente de algumas pessoas, que possuem o mesmo DNA que eu.

     Tomei um banho rápido e me vesti. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e passei uma máscara de cílios no devido local, só pra não parecer um cadáver. Desci e vi Gwen andando de um lado ao outro, murmurando algumas palavras que não consegui decifrar quais eram

- 'Tá tudo bem? - pergunto à garota, fazendo-a virar para mim e negar com a cabeça.

- Não...Nada bem! Eu perdi livro que Susie me emprestou! - ela diz

- Você já procurou nos quartos? - pergunto e ela assente - Na sua mochila?

- Foi o primeiro lugar que eu olhei. Às vezes, eu acho que você possa ter sido adotada, hein. - ela responde,me deixando sozinha na sala, e eu a olho  incrédula, com as sobrancelhas erguidas, formando um perfeito "o" com  a boca.

      Tio Albert, que estava na cozinha, aparece na sala, com um prato de panquecas nas mãos e o põe na mesa, junto à uma garrafinha de mel.

- Seu pai já saiu para trabalhar. Ele disse que você não tem se alimentado direito,  mocinha. - ele diz e eu sento na cadeira,  ponho duas panquecas em outro prato e começo a comer. Ele diz que a culinária é apenas um hobby, mas acho que ele seria um ótimo cheff.

- Obrigada, tio. - agradeço e ele sorri gentil, logo saindo da sala. Como tranquilamente, pois já estava arrumada.
       Termino a simples refeição e bato à porta do quarto de Finney, que diz para eu entrar.

- Vai demorar muito, cachinhos dourados? - sento na beira da cama. Ele estava na frente do espelho, mexendo no cabelo. Vou até ele e arrumo a bagunça capilar que ele estava fazendo.
     
    Ele agradece, pega a mochila e descemos, indo para fora de casa com Gwen. Subimos em nossas bicicletas e começamos a pedalar em direção ao colégio.

     Chegamos e entramos na escola. Eu precisava ir à diretoria, e Gwen me seguiu, indo até o "Achados e Perdidos".
 
      Ela andava rápido, apressada, e acabou batendo os ombros com alguém, fazendo com que a garota caísse sentada no chão.

- Calma aí, miudinha. - Robin diz, ajudando a garota a se levantar.

- Olha só, o único miudinho aqui é você, seu mexicano idiota! - ela rebate irritada. Uma das coisas que a garota mais odeia é que a chamem de baixa ou outras coisas relacionadas à sua altura.

- Eu tento ajudar e ainda sou insultado. O que aconteceu com a empatia?  - ele diz me olhando e eu reviro os olhos. Robin entrega algo na mão da garota, que logo muda de expressão.

- Meu livro! Ah, muito obrigada, Robin. Finn disse que você não era mesmo tão imprestável assim! - ela solta a última frase e sai do corredor, sorrindo e saltitando. Essa garota é bipolar.

- Como você sabia que era dela? - pergunto, voltando a caminhar, e o garoto me acompanha.

- Eu sou observador.

- Você é fofoqueiro. - retruco. - Pode parar de me seguir. - chegamos na diretoria.

- O que é isso? - ele pergunta curioso, quando abro minha mochila e pego um papel, de dentro do bolso menor.

- Não te interessa.

- Se não interessasse, eu não teria perguntado. - diz com um sorrisinho debochado. Eu odeio esse sorriso.

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⏰ Última atualização: Nov 19, 2022 ⏰

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THE DRUG IN ME IS YOU ▪ ROBIN ARELLANOOnde histórias criam vida. Descubra agora