Capítulo 2: Se Aproximando

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- Alegria? - Empatia chamou.

- Sim, Empatia? - Ela respondeu, virando-se para elu com um sorriso.

Elu hesitou a princípio, mas logo perguntou:

- Rapidinho. Por que você sempre age assim com a Tristeza?

- Não é óbvio? Não dá pra ela ficar triste o tempo todo!

- Mas é mesmo necessário... Ser feliz o tempo todo? Não pode deixar a Tristeza só sentir?

- Bom, eu sei que você se preocupa com ela, mas é pro bem dela, tá?

- Tá bem, tá bem. Só queria saber - elu suspirou: - Vou parar de te atrapalhar.

Alegria ficou confusa sobre por quê Empatia estava perguntando isso. Ela também teve dificuldade para entender por que elu sempre checava os outros em um espaço isolado no meio do dia. Talvez seja só a sua curiosidade, mas já que não é da conta dela, isso terá que ser deixado para outra hora.

Empatia, por outro lado, ficou desanimade ao ver que Alegria realmente tem esse ponto de vista. Sem emoções "ruins", só as boas. O fato de elu supostamente ser uma emoção positiva parece irônico, especialmente quando a Riley não lhe sentiu ainda. No entanto, elu espera que ela mude de ideia algum dia. Riley deve ter 9 anos agora, mas mesmo que demore muitos anos, elu pode esperar até a hora chegar.

Assim que percebe que suas manchas estavam mudando do seu cinza para um roxo vibrante, elu se vira para o Medo, o melhor amigo do espelho, que veio falar com elu assim que lhe viu. Empatia foi lentamente se animando com sua presença enquanto a conversa prosseguia.  Não foi tão estranho quanto na primeira vez que se encontraram. Com o passar do tempo, ficou mais legal e divertido, o que fez com que ele se sentisse mais seguro do que ele já está, como se elu fosse um abrigo caso ele esteja angustiado.

- Ah! Ãh... Falando da Nojinho... - ele disse, mexendo com os polegares: - Pode me ajudar com uma coisinha?

- Claro! O que é? - Empatia respondeu.

- Valeu! Então... - ele então tirou um cachecol roxo do seu bolso, um rubor subindo pelo seu rosto: - Eu fiz esse cachecol e quero muito, muito, muito dar pra ela. 'Cê acha que ela vai gostar?

Demorou alguns segundos para o espelho perceber sua intenção. Além disso, era fácil perceber apenas pelo formato de sua pequena mecha de cabelo no momento, que era um coração. Elu abriu um sorriso e disse em resposta:

- Bem, a Nojinho gosta de acessórios novos, então tenho certeza que ela vai gostar deste presente!

- Tem certeza mesmo? - Quando Empatia balançou a cabeça como um sim, ele se virou para olhar para Nojinho à distância nervosamente, balbuciando: - M-mas e se ela não gostar mesmo? Assim, ela é tão legal e bonita e eu sou só um...

A emoção prateada e dourada, percebendo o nervosismo do homem lilás, colocou a mão em seu ombro:

- Ei, tudo bem! Você não precisa fazer isso se não está pronto. Você tá nervoso, eu entendo. Eu também estaria se estivesse no seu lugar. Então não se preocupa em esperar um pouco até pegar a coragem pra dar o cachecol pra ela, ok?

Assim que Medo sorri com o que elu dizia, ele concorda e lhe abraça, agradecendo o conselho. Empatia retribuiu o abraço alegremente antes de ês dues se separarem.

Com isso em mente, Empatia lembrou que pretendia pedir um favor a Nojinho. Afinal, elu não se importaria de ter uma mudança em sua aparência.

- Ei, Nojinho? - Empatia caminhou até ela.

- Sim? - Nojinho virou-se para elu enquanto fechava o espelho de bolso que estava usando para aplicar o blush.

- Então, eu preciso de ajuda.

Empatia (1º livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora